Elucubrações Aleatórias do Manuel DC
MANOEL SILVA FILHO
1.Se as Escrituras afirmam que o justo pode cair até sete vezes, e de todas as quedas o Senhor o levanta, e valendo-se do fato de que o número sete na interpretação judaica signifique perfeição, plenitude e infinitude, o que indica que Deus levantará o seu justo ad infinitum, porque certos segmentos da fé não aguentam nem a primeira queda, quanto mais sete?
Pense...
2. Se a graça comum, doutrina reformada que defende que existe a imago dei impressa na humanidade caída, e que Deus ama a todos os homens indistintamente, reconhecendo suas habilidades, sua capacidade de dominar a matéria, de emprender, criar e fazer obras de arte, como sendo estas provenientes Dele, e se aceita também que toda verdade sempre é provinda de Deus, não importando de que fonte venha, quem, como e onde é que se inventou essa esquisofrenia dicotômica que nega sumariamente a habilidade, a capacidade, as obras de arte realizadas por pessoas que não são declaradamente “gospel” e se afasta diametralmente dos que não fazem parte do seu gueto confessional?
Pense...
3. Vou lhes dizer uma coisa. Deus não faz “cavalo de batalha” em certos assuntos que muitos só faltam se descabelar em defesa deles. Crente pode beber? Pode ouvir música secular? Pode ter amigos fora da igreja? Tudo isso é luta extenuante contra moinhos de vento. É fabricação de assepsias desnecessárias em nome de uma santidade farisáica e não é a santidade produzida pela verdadeira espiritualidade nem de longe.
A verdadeira espiritualidade é a de Cristo e sua total identificação com a vida humana convivendo com párias, conversando com mulheres de vida duvidosa, tocando o coração dos indesejáveis e recusados pela religião, se aproximando de amigos suspeitosos em rodadas de vinho, com muita comida e boa conversa.
Jesus, (Aquele que é apaixonado pela vida) concebia a vida mais como uma alegre celebração do que como um poço escuro hermeticamente fechado de cobranças e falsas culpas.
Sabe porque? Por que Jesus olha para a vida como um todo, como um monobloco sem fissuras ou divisões. Ele não pensava: casa do publicano, profano, templo santo. Beber vinho na Pascoa, santo, beber vinho com amigos, profano. Não. Ele vivia sua existência sem departamentalizações, mas plena de integridade.
E mais. Sua exigência no discipulado com seus seguidores não apela para esteriótipos, mas para a maturidade que é o resultado natural de quem anda com Ele. Mais importa nisso tudo o equilíbrio de uma mente madura, do que regras de quem não saiu da creche espiritual e do cercadinho das proibições intimidadoras.
Essa é a ênfase do NT. Liberdade que gera escolhas acertadas. A liberdade cristã produz equilíbrio maduro. Moderação. Temperança. Domínio Próprio. A mente de Cristo.
Na comida. Na bebida. No dormir. No tempo gasto. No dinheiro gasto. No trabalho. No lazer. No sexo. Na música. Em tudo. Para a glória exclusiva de Deus.
Pense...
4. Você já reparou que a maioria das igrejas de hoje tem uma mensagem essencialmente escapista?
Ensaio aqui algumas possíveis respostas:
Ela se tornou escapista quando começou a proclamar um evangelho contemplativo voltado para o céu, e esqueceu de seu papel redentor aqui na terra. Alguns desses até dizem: “Eu vou para o céu e eu quero é que esse mundo exploda!”.
A igreja se tornou escapista quando não atendeu à exortação de Paulo para que cada discípulo fosse acima de tudo um cidadão digno do Evangelho de Jesus, ou seja, alguém que cumpre seus deveres civis, conhece e vive enfronhado na vida de sua cidade.
A igreja se tornou escapista quando decidiu cair fora das grandes questões mundiais e do cenário social, político (falo não de política partidária, mas consciência de cidadania) e econômico brasileiro, se alienando no mundo no qual está inserida.
A igreja se tornou escapista quando colocou uma espessa venda nos olhos para não atender ao clamor dos milhares de miseráveis que perambulam nas ruas de nossas cidades todos os dias.
A igreja se tornou escapista quando diluiu a mensagem do Evangelho tornando-a reducionista, medíocre e alienante, sem qualquer relevância para o mundo.
A igreja se tornou escapista quando trocou a mensagem salvadora do Evangelho que proclama o senhorio de Cristo sobre todos os âmbitos da vida, como o resultado de confissão e arrependimento genuínos, por uma mensagem consumista de auto-ajuda fajuta sem conteúdo teológico consistente.
Essa idéia me ocorreu depois de ouvir um cantor gospel muito famoso cuja letra de uma de suas músicas versava sobre a miséria do mundo, o avanço do pecado e as catástrofes do tempo do fim, então vinha o refrão: “ainda bem que eu vou morar no céu!”
AO CONTRÁRIO, É EXATAMENTE DIANTE DA ESPECTATIVA DO FIM, QUE A IGREJA DEVE SE ESFORÇAR PARA FAZER DESSA TERRA UM LUGAR MELHOR, E LUTAR PARA PRESERVÁ-LA ATRAVÉS DE UMA CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA COMPROMETIDA COM OS VALORES E PRINCÍPIOS DO REINO DE DEUS.
- AINDA BEM QUE AINDA ESTOU MORANDO AQUI NESSA CIDADE PARA FAZER ALGUMA DIFERENÇA.
O CÉU PODE ESPERAR...
Pense...
MANOEL SILVA FILHO, CONSPIRADOR DO REINO, LÍDER DA COMUNIDADE ABRIGO R15
Pense...
2. Se a graça comum, doutrina reformada que defende que existe a imago dei impressa na humanidade caída, e que Deus ama a todos os homens indistintamente, reconhecendo suas habilidades, sua capacidade de dominar a matéria, de emprender, criar e fazer obras de arte, como sendo estas provenientes Dele, e se aceita também que toda verdade sempre é provinda de Deus, não importando de que fonte venha, quem, como e onde é que se inventou essa esquisofrenia dicotômica que nega sumariamente a habilidade, a capacidade, as obras de arte realizadas por pessoas que não são declaradamente “gospel” e se afasta diametralmente dos que não fazem parte do seu gueto confessional?
Pense...
3. Vou lhes dizer uma coisa. Deus não faz “cavalo de batalha” em certos assuntos que muitos só faltam se descabelar em defesa deles. Crente pode beber? Pode ouvir música secular? Pode ter amigos fora da igreja? Tudo isso é luta extenuante contra moinhos de vento. É fabricação de assepsias desnecessárias em nome de uma santidade farisáica e não é a santidade produzida pela verdadeira espiritualidade nem de longe.
A verdadeira espiritualidade é a de Cristo e sua total identificação com a vida humana convivendo com párias, conversando com mulheres de vida duvidosa, tocando o coração dos indesejáveis e recusados pela religião, se aproximando de amigos suspeitosos em rodadas de vinho, com muita comida e boa conversa.
Jesus, (Aquele que é apaixonado pela vida) concebia a vida mais como uma alegre celebração do que como um poço escuro hermeticamente fechado de cobranças e falsas culpas.
Sabe porque? Por que Jesus olha para a vida como um todo, como um monobloco sem fissuras ou divisões. Ele não pensava: casa do publicano, profano, templo santo. Beber vinho na Pascoa, santo, beber vinho com amigos, profano. Não. Ele vivia sua existência sem departamentalizações, mas plena de integridade.
E mais. Sua exigência no discipulado com seus seguidores não apela para esteriótipos, mas para a maturidade que é o resultado natural de quem anda com Ele. Mais importa nisso tudo o equilíbrio de uma mente madura, do que regras de quem não saiu da creche espiritual e do cercadinho das proibições intimidadoras.
Essa é a ênfase do NT. Liberdade que gera escolhas acertadas. A liberdade cristã produz equilíbrio maduro. Moderação. Temperança. Domínio Próprio. A mente de Cristo.
Na comida. Na bebida. No dormir. No tempo gasto. No dinheiro gasto. No trabalho. No lazer. No sexo. Na música. Em tudo. Para a glória exclusiva de Deus.
Pense...
4. Você já reparou que a maioria das igrejas de hoje tem uma mensagem essencialmente escapista?
Ensaio aqui algumas possíveis respostas:
Ela se tornou escapista quando começou a proclamar um evangelho contemplativo voltado para o céu, e esqueceu de seu papel redentor aqui na terra. Alguns desses até dizem: “Eu vou para o céu e eu quero é que esse mundo exploda!”.
A igreja se tornou escapista quando não atendeu à exortação de Paulo para que cada discípulo fosse acima de tudo um cidadão digno do Evangelho de Jesus, ou seja, alguém que cumpre seus deveres civis, conhece e vive enfronhado na vida de sua cidade.
A igreja se tornou escapista quando decidiu cair fora das grandes questões mundiais e do cenário social, político (falo não de política partidária, mas consciência de cidadania) e econômico brasileiro, se alienando no mundo no qual está inserida.
A igreja se tornou escapista quando colocou uma espessa venda nos olhos para não atender ao clamor dos milhares de miseráveis que perambulam nas ruas de nossas cidades todos os dias.
A igreja se tornou escapista quando diluiu a mensagem do Evangelho tornando-a reducionista, medíocre e alienante, sem qualquer relevância para o mundo.
A igreja se tornou escapista quando trocou a mensagem salvadora do Evangelho que proclama o senhorio de Cristo sobre todos os âmbitos da vida, como o resultado de confissão e arrependimento genuínos, por uma mensagem consumista de auto-ajuda fajuta sem conteúdo teológico consistente.
Essa idéia me ocorreu depois de ouvir um cantor gospel muito famoso cuja letra de uma de suas músicas versava sobre a miséria do mundo, o avanço do pecado e as catástrofes do tempo do fim, então vinha o refrão: “ainda bem que eu vou morar no céu!”
AO CONTRÁRIO, É EXATAMENTE DIANTE DA ESPECTATIVA DO FIM, QUE A IGREJA DEVE SE ESFORÇAR PARA FAZER DESSA TERRA UM LUGAR MELHOR, E LUTAR PARA PRESERVÁ-LA ATRAVÉS DE UMA CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA COMPROMETIDA COM OS VALORES E PRINCÍPIOS DO REINO DE DEUS.
- AINDA BEM QUE AINDA ESTOU MORANDO AQUI NESSA CIDADE PARA FAZER ALGUMA DIFERENÇA.
O CÉU PODE ESPERAR...
Pense...
MANOEL SILVA FILHO, CONSPIRADOR DO REINO, LÍDER DA COMUNIDADE ABRIGO R15
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