segunda-feira, 25 de junho de 2012

A soberania de Pink. Cuma?





"O homem não tem poder de escolher (livre arbítrio) entre a salvação e a perdição, por que a soberania de Deus anula está decisão, visto que Deus já predestinou todos os seres humanos, ou melhor, já "marcou as cartas"; e, Deus escolheu pessoas para a salvação e outras para a perdição".  (A.W. Pink)


Sendo assim não vou me preocupar mais com esse negocio de evangelho, se tiver que ser salvo, serei; não posso mudar isso; Deus já selecionou seus escolhidos antes da fundação do mundo.

Será que isto procede?



Antes de falar do Pink (rosa), vamos falar do Red (vermelho carmesim).

Como Pink é apenas Red aguado em branco, falemos primeiro o que importa: você e Red.

Você disse:

Sendo assim não vou me preocupar mais com esse negocio de evangelho; se tiver que ser salvo, serei; não posso mudar isso; Deus já selecionou seus escolhidos antes da fundação do mundo.”

Primeiro você declarou que serve ao Evangelho, mas que poderia (em razão de Pink) deixar de servir.

Ora, é o fato é você só serve ao Evangelho legitimamente se antes o Evangelho tiver servido a e para você.

Sim! Você serve ao Evangelho [hoje] porque teme que haja algo como uma perdição a ser evitada, e uma salvação a ser escolhida – e isto na forma da conduta de acordo com as visibilidades morais do que supostamente seria o Evangelho.

Ou seja: salvação pelas obras; obras do livre arbítrio que se estabelece como auto-justificação; e isto pela via moral da boa escolha humana.  

Essa salvação não é Pink, pois é Punk. Punk de “obras punks” e cheias de auto-justiça.

Ora, neste caso, o Evangelho ainda é para você um script de bons papéis, os quais, supostamente, agradariam a Deus para a salvação.

Sendo assim, o Evangelho não seria a Boa Nova, mas sim uma informação que, sendo “crida”, colocaria o dono dela (da informação) de posse de um “roteiro dos salvos”; porém, a chegada ao prêmio dependeria exclusivamente do candidato escolher sempre certo, numa espécie de maratona do saber na televisão.

Já Pink diz: “Fiquem tranqüilos os que sabem a doutrina da predestinação; pois quem a sabe, esse sabe por que é um dos eleitos; afinal, só os eleitos sabem”.

Ora, o bom da Boa Nova é que nela tudo está feito; e não há mais nada a ser feito depois dela; mas apenas há o que é para ser vivido; ou seja: para se ser-sendo.

Predestinação na Boa Nova não é uma especulação, mas apenas uma certeza para si, e como favor imerecido; e não uma doutrina para os outros. Eleição (soberania) e livre arbítrio — cada um saiba para si (em silencio), pois saber tais coisas para os outros é blasfêmia e grave pecado contra o Deus que é.

Assim, a Boa Nova acaba com toda essa especulação, a qual jamais existiu em Jesus como discurso ou explicação. Afinal, para Ele, o que interessava era exclusivamente a fé que atua pelo amor.

Desse modo, ainda esquecendo Pink, devo dizer que sua mente ainda não foi tomada por Red [e seu coração também não]; pois, caso você estivesse tomado pelo espírito da Graça, que é amor grato, o que Pink disse serviria apenas à Pantera do mesmo nome.

Portanto, desconsiderando Pink digo apenas que suas motivações confessadas e relacionadas ao porquê de você seguir supostamente ao Evangelho (digo “supostamente” porque no Evangelho o que não é genuíno, não é) — não são genuínas motivações do Evangelho, mas apenas produto do que a religião inculcou em você, e que hoje ainda põe você nesse estagio de barganha com Deus; ou, na melhor das hipóteses, como aqueles que querem a salvação porque foram eles que escolheram.

Esta é a salvação pelo livre arbítrio; o que também não é estranho, pois, fora a Graça absoluta do Deus que nos amou primeiro e antes de sermos, todas as demais perspectivas de salvação são fundadas no livre arbítrio do homem. O que é simplesmente a religião de Caim em ação no mundo (com seus múltiplos disfarces miméticos); e não é a fé de Abel.

Já a salvação do Pink é diferente; pois, para ele, tal salvação desconsidera o homem como qualquer coisa (até como coisa); só servindo ele [o homem] como jogo dessa divindade caprichosa. Essa salvação depende da escolha de Deus antes de alguém ser alguém; e isto conforme a noção linear de que Deus existiu antes, existe agora e existirá depois; ou seja: conforme a noção do “Deus criado” pelas noções que o homem tem de tempo e espaço.

Assim, discutir Pink é bobagem diante do que você disse. Afinal, quando a gente encontra a Jesus mesmo, não há mais “se é assim... então...”.

Em Jesus só há é. Só há amém. Só há “eu creio”.

Ora, isto só acontece quando a pessoa encontra Jesus, o que torna tudo o mais tolo; pois, no Encontro vem a certeza do que é; e, daí em diante, qualquer Pink é apenas lido como rosa (beleza com espinhos); posto que o coração que teve o Encontro se torna Red Carmesim.

Ou você acha que sirvo a Deus pelo céu, ou por medo do inferno, ou em razão de um premio, ou por curiosidade que busca no final saber tudo, ou por exaltação pessoal sobre os supostamente ignorantes de tema crucial (o que deu status aos teólogos e sacerdotes por milênios)?

Não! Nada disso me importa; embora um dia algumas dessas coisas tenham tido algum valor primitivo em mim; mas faz muito tempo...

Sirvo a Deus por Deus; por o haver conhecido e não ter podido negar; e por ter encontrado Nele, em Jesus, meu céu, minha paz, minha alegria, minha esperança, meu poder e minha fraqueza plena de Graça.

Sirvo a Deus por nada; pois, o Evangelho não tem que me dar nada; embora nele eu tenha tudo pela certeza do amor de Deus por mim, conforme Jesus deu a prova na Cruz.

Não compreendo Deus, embora o conheça cada dia mais. Não entendo Deus, embora Seu entendimento esteja em mim dia a dia. Não sei nada de Deus, exceto tudo — Sua loucura de amor por mim!

Assim, com céu ou sem céu, meu céu existe; pois ele é Jesus em mim; o que é mais que esperança da glória, posto que é glória em esperança já aqui e agora.

Quanto ao Pink e todos os demais rosados da teologia, digo:

Eles precisam estudar pelo menos um pouco de física quântica, a fim de diminuírem as besteiras que falam sobre esse “Deus condicionado ao tempo-espaço”; e que anda como anda o homem; e que entende como entende o homem; e que é limitado em atos e significados de soberania e poder como o é o homem; e que é tão estranho nos seus caprichos, venetas e decisões de salvação e perdição assim como o homem é, e que nada mais é como “Deus” que um contador universal (na melhor hipótese), ou (numa perspectiva pior), “ele” é pior que o próprio diabo.

Deus pior que o diabo sim. Afinal, ninguém jamais disse que o diabo predestinou (cartesiana e retilineamente) alguém para a perdição (ele diria: Quem me dera ter tal poder!); mas esse “deus” teria feito isto como quem distribui as cartas vendo o jogo desde antes e desde cima - na Las Vegas eterna.

Quando o homem diz “predestinou” ele quer dizer destinou antes de existir — e ao declarar isto ele o faz a partir de sua perspectiva de tempo/espaço. Ora, Deus é Deus presente no tempo/espaço, mas o tempo/espaço não o podem conter; daí Ele não caber nos universos todos, mas habitar a atemporalidade do coração.

Todavia, para Aquele que é; não há tempo/espaço como ambiente condicionante. Sim! Nem como linguagem que o comporte; e, muito menos ainda, como corpo de pensamento que o possa conduzir para os meios da percepção e lógica do homem.

Assim, quando se diz que Ele predestinou se está dizendo que Ele [que é] conhece tudo e todos; e que nada que esteja sendo... - já não o fosse Nele.

Daí o Cordeiro ter sido imolado antes da fundação do mundo, não para que o mundo existisse para ser condenado por Deus, mas antes, ser salvo por Ele; pois, quando chegou a plenitude dos tempos, Deus provou o Seu amor para conosco em Cristo, não imputando aos homens as suas transgressões; ao contrário, declarando na Cruz que estava se reconciliando com o mundo mediante a Encarnação e Sacrifício histórico do Cordeiro já oferecido por toda criação antes de haver mundo.

A questão é simples, no entanto.

Você serve a Deus em razão de um conjunto de informações acerca do que Deus é e faz, ou simplesmente porque você o conhece e sabe quem Ele é, e isto por saber que Ele é como Jesus?

Dependendo da resposta a esta questão o que o Pink disse deixa de ser; pois, para quem conhece a Deus e o Seu amor, mesmo não havendo compreensão acerca dos pensamentos de Deus, pela via do amor se tem o entendimento que excede a todo entendimento; e que é revelação incomunicável de Deus ao coração, pondo o espírito do homem para além das palavras e suas reduções, visto que o conhecimento de Deus pela fé é conhecimento experiencial de Deus; sendo, portanto, como a experiência de quem viu o indizível, discerniu para si, mas não tem códigos para contar aos homens.

A teologia só conta coisas de Deus aos homens porque ainda não conheceu Deus; pois, quando o conhecer já não falará Dele senão como amor; e conforme o amor se revelou em Jesus; posto que [para além disso] nada mais há para ser dito; sendo que a tentativa é tão ridícula (tão ridícula nada; infinitamente mais que ridícula!) quanto um micróbio tentar descrever todos os cosmos dimensionais que nos cercam. Tal é a loucura humana. Tal é a loucura de Pink.

Leia aqui no site (vá a Busca) e leia sobre Tempo, Espaço, predestinação, liberdade, soberania, etc. Há muito material aí. Leia e você se esclarecerá.

Espero ter sido útil. E, por favor, reveja as suas motivações em relação ao Evangelho, pois, uma vez em Jesus, todo “sendo assim” remete para “o amarei mais”, ou para “sou dele”, ou ainda para “Nele eu sou!” — e nada mais além disso.

Não busque saber se você tem livre arbítrio. Apenas haja com o melhor de sua consciência. O resto é do diabo. Sim! Do diabo mesmo; pois, olho à volta e só vejo o diabo se beneficiando de tais discussões que não fazem ninguém amar a Deus por Deus, mas, na melhor das hipóteses, por Deus ser conforme o que eles acham que “Deus” deve ser.

Sendo assim... — siga de coração; pois, sem o coração todo “sendo assim” conduz a “nada é assim”, ou, muitas vezes, a “nada vale a pena!”.

Nele, em Quem o passado ainda será; o presente já foi; e futuro acabou faz tempo; pois, Ele é o Deus que é; o Eu sou em quem tempo e espaço são partes das coisas temporárias; e que hoje são, mas amanhã já não serão; posto que o futuro será o mais remoto-eterno antes de antes; antes do tempo, quando o Cordeiro se deu pelo que ainda não havia, para que tudo o que hoje já não é, ainda é, e ainda será, encontrem seu significado na eternidade que faz tudo apenas ser, sem antes, sem depois, e sem será; pois Ele É,


Caio

08/07/08
Manaus
AM

Obs.: Os Pinks não entendem isso. É revelação mediante a iluminação do coração pela Graça que nos abisma no amor de Deus. Isso é Red meu irmão.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Paz ignorada ou desconhecida!


A Paz ignorada ou desconhecida!


                              


O Evangelho nos faz promessas que para a maioria parecem ser apenas poesia existencial, especialmente em tempos de tanta inquietação, angustia, pânico, medo, carências, frustrações, ansiedades, frenesi de alma, medo de solidão, angustia de silencio, crises existenciais, conflitos de identidade sexual, vazio de significado, culpa neurótica, paranoia, desequilíbrio mental e emocional; esburacamento afetivo, superficialidade de sentimentos, fraqueza de decisões, obrigatoriedade de ceder a tentações, dúvidas constantes sobre a fé, confusão acerca do significado de Jesus e do Evangelho —; enfim, tempos de tanto anti-evangelho instalado na alma e na existência; e por cuja Era de Morte afirmações como as que fez Paulo acerca da “paz de Cristo que excede a todo entendimento”, ou da “paz de Deus em nossas mentes e corações”, ou mesmo da “paz de Cristo como o arbitro nos nossos corações”, parecem ser totalmente poéticas, irreais e inalcançáveis.

Isto porque a paz que excede ao entendimento se tornou algo que precisa ser o resultado de tudo o que se entenda em nosso favor e como conforto pessoal; e nunca algo que possa existir para além do entendimento e das lógicas do conforto caprichoso.

Já a paz de Deus em nossas mentes e corações é algo aceito como harmonia de todos os nossos desejos e circunstancias, sem contratempos, doenças, dores ou mínimos desconfortos ou dissabores.

a paz de Cristo como arbitro nos nossos corações tem que ser o conluio de Deus com todas as nossas vontades, apelos, venetas e delírios; do contrário, que paz pode haver?

Sim, nesses dias de angustias supremas e desejos soberanos, paz é algo que não importa, desde que estejamos angustiadamente de posse de tudo o que loucamente sonhamos!

Desse modo, paz é tudo dar certo, conforme o nosso planejamento; é a realização de todos os nossos caprichos; é a expressão de nossa importância, ainda que de modo angustiado; é reconhecimento relacional; é nossa relevância social; é dinheiro; é propriedade; é poder; é ter; é realizar; é ser alguém, ainda que seja no Facebook...

Jesus disse: “Deixo-vos a paz; a minha paz vos dou”; e disse que se tratava de uma paz que o mundo não conhecia e nem poderia conhecer.

Ora, Paulo disse que essa Paz de Deus em nós, e que excede o entendimento, e que arbitra o bem em nossos corações, convive com todas as contradições da existência e não foge do viver jamais. Assim, diz ele, essa paz existe em meio à rejeição, ao aperto financeiro, ao desprezo, às opiniões que nos degradem, às angustias por fora e às lutas por dentro; e até mesmo quando somos considerados espetáculo de morte a homens e principados e potestades.

Sim, é paz que mesmo nada tendo, pois possui tudo; e que mesmo carregando no corpo o morrer, vive para Deus em suprema alegria de ser!

teologia sempre buscou diminuir as implicações de tal paz de Deus em nós; isto quando dicotomizou-a, criando a categoria da paz com Deus como algo inicial, até que se alcance a pazde Deus, o que seria um estágio para os mais elevados na fé. Assim, a paz com Deus é coisa para quem foi basicamente salvo e perdeu o medo do inferno; já a paz de Deus é o bem dos santos superiores, os quais transcenderam a este mundo — coisa rara!

Jesus, entretanto, apenas disse: “Deixo-vos a paz; a minha paz vos dou; não a dou como a dá o mundo!

Desse modo, trata-se de uma mesma e única paz; e que excede ao entendimento mundano; e que é paz de Deus no cerne do ser; e que é o árbitro do que se deve e não se deve ser e fazer segundo Deus!

Tal paz decorre de estar em Cristo; Nele enraizado pela fé; Nele justificado e santificado; Nele tendo nossa advocacia eternamente gratuita; Nele tendo nossa intercessão e Seu sustento como Sumo Sacerdote; Nele provando a glória de Deus como galardão existencial em fé, hoje; Nele permanecendo pela obediência em fé ao mandamento do amor e do perdão; Nele comendo a vontade de Deus também já Nele totalmente revelada; Nele vivendo em gratidão; Nele celebrando a Graça até nos absurdos; Nele provando contentamento em razão de nos sabermos herdeiros de bens superiores; Nele absolvidos; Nele justificados; Nele mortos e ressuscitados; Nele já assentados em lugares celestiais; Nele já mais que vencedores; Nele postos acima de todo principado, potestade e poder; Nele crendo que aquele que Dele se alimenta, por Ele e Nele viverá!
Ora, esta paz pode não ter casa própria, mas tem morada na casa do Pai; pode não saber do pão de amanhã, mas agradece o de hoje; pode não ter nome a ser reconhecido, mas sabe que tem um novo nome, o qual ninguém conhece; pode ter muito, pois não confiará em quantidade; pode não ter nada, pois não temerá a escassez; pode nada poder, pois sabe Quem pode por nós; pode nada possuir, pois já é rico de tudo o que somente se pode carregar no coração!

Sim, esta paz pode sepultar filhos, pois sabe que não os perdeu; pode viajar da sepultura ao casamento, posto que no primeiro celebre as bodas eternas, e no segundo caso a bela alegria da relatividade humana; pode chorar sem tristezas mortais; pode sofrer com doces dores celestiais; pode ser acusado, e ainda assim dormir com anjos; pode ser visto como lixo e escoria, porém, apesar disto, se saber coroado em gloria com apóstolos e profetas.

Tal paz não sente pena de Jó, mas em sua fé se regozija; não lamenta por João Batista, pois sabe que ele foi um dos poucos que nunca perdeu a cabeça; não acha estranho que frequentemente os dias mais felizes sejam os mais destituídos de poder; não inveja nada; não ambiciona; não julga que seja de fora que nos possa vir o nosso bem; não é dono de nada, posto que já seja herdeiro de toda a Terra, e de muitos outros mundos, camadas e dimensões!

Tal paz não morre, pois aquele que por ela é possuído já é herdeiro da vida eterna; não sente fome, pois come o pão dos significados; não sente sede, posto que dele jorre uma fonte que salte para a eternidade; não julga nenhuma tragédia final, pois sabe que a verdadeira vida e felicidade não estão disponíveis aos sentidos mortais.

Sim, essa paz é Deus em nós; é a possessão da loucura divina contra as logicas deste mundo de morte; é poder que passa fome, mas não transforma pedras em pães; é a decisão de descer pela escada do Pináculo, ao invés de dele pular como autoconfiança messiânica; é arbítrio supremo que diz não a Satanás nos lugares mais altos...

Ora, isto não é poesia! Sim, isto não é a sedução evangelizadora do “Cristianismo angustiado” na busca de prosélitos; e não é a “cantada” de Jesus aos incautos!

Esta paz é real; existe; é possível; está ao alcance do coração de qualquer um que creia e se entregue sem medo e sem discussão com Jesus e Sua Palavra!

Esta é a paz de quem morre para as falsas importâncias do tempo/espaço e se entrega apaixonadamente ao amor invisível de Deus!

Todavia, esta paz somente é possível para os que morreram para o mundo; os quais se fizeram vivos para Deus!

Afinal, esta paz não é deste mundo; e este mundo não a pode conhecer e nem mesmo conceber. Ora, como disse Pedro: “Foi por esta razão que o Evangelho foi pregado a mortos, para que, mesmo mortos na carne, vivam para Deus”.

Aquele, porém, que quer ter seu galardão neste mundo, este, então, tome boas doses de ansiolítico e aguente o tranco; pois, a paz de Cristo jamais será uma possibilidade para o cidadão escravizado aos mortais galardões e falsas importâncias deste planetinha de cardos, abrolhos, angustias e recompensas de fumaça, fogo, sangue e fumo de agonia.

Nele, em Quem creio, por isto digo o que provo para mim como possibilidade, caminho, verdade e vida,

Caio
9 de janeiro de 2012
Copacabana
RJ




Música de Raiz


MÚSICA DE RAIZ por @omarcosalmeida do @palavrantiga

Marcos Almeida


Vou falar sobre a diferença entre “raiz cristã” e “raiz brasileira”. Dois pressupostos plantados na nossa cultura musical contemporânea –  verdadeiro campo sem fim.

Até antes do sítio Nossa Brasilidade ser aberto ao público e todo o conteúdo dele começar a ser levado a sério por alguns leitores mais desocupados, nas ruas e nos templos era assim que os cristãos e artistas brasileiros pensavam seu ofício, aqueles que assumiram uma posição de resistência diante do polêmico movimento gospel principalmente: Que beleza, por que a gente não faz uma arte cristã com raízes brasileiras? É hora de valorizar nossa terra! Vamos ficar importando fórmulas estéticas até quando? Esse imperialismo americano, inglês, australiano, anglo-saxônico, qual for,  não pode dominar nossa arte! Vamos fazer um novo cântico que se aproprie dos  ritmos nacionais! Uma hinologia com a cara do Brasil. Esse é um movimento forte representado por nomes como Gerson Borges, Stenio Marcius (inigualável) e Gladir Cabral (poeta de grande calibre).  A ideia de brasilidade era construída assim: o Brasil está aqui, a música cristã deste lado – importando fórmulas do mundo de lá, para acinzentar os cultos daqui – então vamos fechar o cerco, pegar o conteúdo evangélico e dar a ele forma e colorido nacional. Isso mesmo: uma música de adoração com raízes brasileiras. Brasil é a síncope, o lundú, o frevo, o samba, o forró e claro a bossa nova! Como meus amigos amam a bossa nova. Como os reformados, não carismáticos, amam João Gilberto e toda a construção identitária erguida sobre sua batida! Brasil está ali, o cristianismo cá, deixa eu pegar o Brasil e erguer uma adoração tupiniquim.

Ei! Sem guitarras, por favor! Gritam os mais puristas, pré-tropicalistas cristãos – esses que, se estivessem vivos à época, marchariam também contra a guitarra elétrica juntos com Gilberto Gil, Edu Lobo, Jair Rodrigues e Elis Regina, em 1967. Acreditem, ainda hoje, neste movimento que pensa a música de adoração com raízes brazucas, tem gente perguntando qual a brasilidade de uma guitarra Fender. Não me refiro aos mestres citados acima – dois deles conheço mais de perto e sei que não pensam assim. Isso é só um anacrônico parênteses…

Sérvulo Esmeraldo / Duas Árvores 1954
Pobres leitores que me aturam, tive a sorte de perceber uma controvérsia nisso tudo: se existe de fato uma música brasileira de adoração essa é a pentecostal e não existe outra! O que os meus amigos fazem é reutilizar estéticas já construídas pelo nosso povo sem que isso signifique em novo ritmo, novo gênero. Continua a se pensar em MPB, só que santificada e intelectualizada; o mesmo faz alguns ramos nacionalistas do gospel (sem a riqueza intelectual dos reformados, dizem os mais críticos), muda no fim das contas a grife e a poética, mas o projeto é o mesmo. Se alguém criou uma música evangélica brasileira, precisamos dizer quem foi: os pentecostais. Digo outra vez e ainda terei oportunidade para ir mais fundo, mas me interessa agora apenas isso: apontar para uma controvérsia e respeitosamente deixar opinião sobre tal quiproquó.

Aquele entediante debate; gospel, não gospel, secular e sagrado, anda desgastado e cheio de lero-lero. Pastores famosos – a princípio extremamente envolvidos com a música gospel – não aguentam mais os  shows com artistas dessa sigla. Renomados senhores da grife, cantores de grandes platéias, improvisam entre a solidão estrelar e a execução secreta de fêmeas no cio, aumentando a população de filhos bastardos por onde passam – machões da adoração. Maracutaia, falcatrua, perseguição, coronelismo religioso, misticismo e barulho, muito barulho abafado pela “fraqueza” da nossa religião: o perdão e a segunda chance. Isso faz dos que transitam neste mercado, homens céticos, embora complacentes, pragmáticos e sem poesia; pois já há muito tempo não vêm mais a pureza e a simplicidade de uma gente honesta que faz uma arte real. Isso faz, de outros, grandes adversários de tudo que se chama gospel, pois não acreditam que possa existir nesse movimento alguém que sobreviva como não deve ter em Brasília alguém que leve a sério a política…  Não é a toa que vemos a arte desses adversários fincados numa vontade de revidar, de expor a doença do outro, de atacar, de mostrar como se é mais santo e mais tolo.
Fernando Lucchesi / Série Árvore da Vida - 1992

Por isso parei de pensar com essas categorias ( gospel, secular ou adoração com raízes brasileiras)  para enfim pagar o preço de ser livre. Mas tem sido prazeroso! Uma aventura na velocidade do vento que Ele mesmo sopra.  Não sou ingênuo para desdenhar a necessidade dos nomes, dos batismos; toda distinção merece uma palavra. É bem verdade: a proposta desse ensaio desengonçado  carece de melhores verbos e adjetivos, mas a sintaxe taí. Estou falando de uma música brasileira de raízes cristãs. Isso é diferente de uma música cristã de raízes brasileiras. Estou falando de uma música de rua, de rádio, de boteco, de palco, de teatro, uma música de cinema e novela, música do povo, feita por ele, por isso brasileira. Uma arte tecida na Esperança. No viver real e diário de gente que conhece o Deus que intervém – que canta essa vida, do jeito que ela é; milagre, absurdo, dor e gozo.

Quem vai fazer essa música? Que brasilidade existe no viver cristão? Que viagem é essa? Ainda toco nesse assunto. Por enquanto faço apenas uma distinção; reconhecendo a nossa raiz.






Marcos Almeira é integrante da banda Palavrantiga e escreve do Nossa Brasilidade






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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Os perdidos que sabem ou quase sabem...




OS PERDIDOS QUE SABEM OU QUASE SABEM...

Nas parábolas de Lucas 15 e 16 Jesus descreveu em cada uma delas muitos ângulos diferentes da condição humana em sua perdição, tanto quanto também expressou o modo redentivo do Pai agir em relação á alienação humana em cada um desses casos.

Inicialmente temos a Ovelha Perdida. É o ser humano que se atabalhoou no caminho e perdeu a direção, o sentido da vida; ou seja: o caminho do Pastor. Nesse caso, não se trata de rebeldia, mas de distração e tolice; o que frequentemente faz com que homens/ovelhas venham a alienar-se da vereda, do passo, do sentido do Evangelho, da obediência a Jesus; e, também, do vínculo fraterno/humano tão útil a manter-nos andando [...] tendo uns aos outros como admoestadores na caminhada. Trata-se, portanto, da distração que gera o desgarrar fraterno e a comunhão; e isso por razões diversas, muitas delas vinculadas à perda do foco em razão de relacionamentos sem vínculo com a fraternidade da fé; ou, também, pelo envolvimento excessivo com companhias que nos fazem abandonar o interesse pela Palavra e pela comunhão humana em torno da Palavra da fé.

Então, temos a Dracma Perdida. Em tal caso, na maioria das vezes, tem-se a alma humana que se perde em estado de alienação de si mesma, inconscientemente; posto que a dracma, pela sua própria natureza, tenha se “perdido dentro da casa”; e isto por não se conhecer, por não saber de si mesma... É o caso dos que têm grande valor pessoal, mas que desconhecem o significado de sua própria existência; os quais acabam ficando jogados dentro do ambiente familiar da fé, mas sem que se saiba de seu estado de perdição pessoal; e, semelhantemente à inconsciência da “dracma”, tal pessoa não se sabe perdida, posto que não reflita sobre seu próprio estado em razão da inconsciência espiritual. Em geral isto acontece muito com “crentes e seus filhos”; ou seja: com os que se habituaram à “religião como casa”; os quais, depois de um tempo, desaparecem em seu significado espiritual diante de Deus pela impressão de “pertencimento” ao ambiente da “casa”.

Tem-se, então, o Filho Pródigo. Ora, esse tal é aquele que se rebelou contra o amor do Pai, e julgou na sua adolescência espiritual que viver com o Pai é equivalente a “limites e castrações”. Trata-se daquele que se vai por deliberação, que se aliena com a sensação de esperteza, que se distancia a fim de “viver sua liberdade” como expressão de libertinagem contra o amor santo.

Depois aparece o Irmão Mais Velho. Sim, aquele perdido que pensa que está dentro da vontade de Deus pelos seus atos de obediência forçada e legalista, mas que nunca teve vida ou intimidade com o Pai; sendo ele próprio apenas um pecador que habita as proximidades [...], embora sua alma invejosa viaje longe do coração de Deus; ainda que, ele mesmo, jamais tenha a coragem de estabelecer o que habita seu coração como decisão de comportamento. Assim, torna-se magoado, judicioso e extremamente perdido do amor do Pai, especialmente pela sua raiva dos pecadores “sinceros na sua rebelião assumida”.

Por último, tem-se aquele que se dedica aos negócios do reino, mas que é Um Administrador Infiel. Estes equivalem aos pastores, sacerdotes e agentes supostamente explícitos do reino, mas que perderam a fidelidade, e, assim, tornaram-se ladrões e enganadores, fazendo do reino um “negócio” pessoal; e, portanto, explorando o povo e defraudando o Evangelho. Sim; são os pecadores malandros; os quais esquecem que haverá o dia do acerto de contas; embora, eles mesmos, pelo vício administrativo e mistrativo [...] pensem estarem para além do perigo, julgando que exista uma dependência de Deus em relação a eles [...] — portanto, criando tal engano em suas mentes uma espécie de permissão para o ágio, para o adicional de gestão, para a exploração como “direito”; até que chega dia...

Para cada um desses “perdidos” o tratamento de Deus é diferente.

A Ovelha Perdida é “procurada”, pois, perdeu-se pela tolice e pela imaturidade.

A Dracma Perdida precisa ser buscada, posto que não tenha autodeterminação para achar-se.

O Filho Pródigo tem que arrebentar-se antes de tudo [...]; pois, sem que sofra a falência, jamaiscairá em si e voltará; e mais: ele tem que voltar boa parte do caminho sozinho.

O Irmão Mais Velho poderá ser salvo pelo ciúme da Graça; sim, esta será a sua melhor chance; isso se ele aceitar seu estado de perdição [...] embora enganado pela falsa ideia da salvação como profissão e gestão espiritual, moral e legal. Do contrário, morrerá na casa do Pai sem conhecer a Sua Graça jamais.

O Administrador Infiel somente é salvo pela vergonha e pela possibilidade da revelação pública de seu estado de falsidade e infidelidade. São aqueles que somente são salvos pelo escândalo de suas vidas.

Concluo perguntando:
Quem é você em relação aos arquétipos acima mencionados?

A Ovelha Perdida se afastou alienadamente do caminho e o Filho Pródigo deliberou tal ato em estado de revolta.

Os demais [...], a Dracma, o Pródigo, o Irmão Mais Velho e o Administrador Infiel [...], não foram para “longe” de nada; perderam-se dentro da casa; sim, perderam-se sem expressão notória de seus estados de alienação.

É sutil assim o caminho da perdição de quem se julga “pertencendo”!

A Ovelha tinha Pastor...

A Dracma tinha uma dona que a ela atribuía grande valor [...], mas a Dracma existia em estado de inconsciência no ambiente de sua proprietária...

O Pródigo sabia que tinha um Pai bom...

O Mais Velho tinha Pai, mas vivia como um órfão amargurado...

O Administrador Infiel nunca fora a lugar algum, mas jamais se entregará fielmente a nada...

Assim, vemos que tolice/ingênua, alienação, rebeldia, raiva invejosa, malandragem e perspectiva de controle — habitam os casos clássicos de perdição da alma no ambiente do convívio com a Palavra e com o Santo.

Olhe para você mesmo e pergunte-se:
Quem sou eu?


Nele, que deseja dar festas de amor pelo nosso encontro, ou pelo nosso regresso, ou pela nossa esperteza de buscar graça na nossa vergonha flagrada,


Caio
12 de fevereiro de 2012
Lago Norte
Brasília
DF

Os "Estevam Hernandes" da vida são culpa nossa!


Os "Estevam Hernandes" da vida são culpa nossa!

Danilo Fernandes



 Os "Estevam Hernandes" da vida só existem por conta da nossa negligência. Somos seduzidos a não ser diligentes no controle da gestão de dízimos e ofertas e assumimos uma posição que nos é cômoda, mas muito confortável para os meliantes.

Ofertamos para a Obra, sem assumir qualquer responsabilidade sobre o destino dos recursos arrecadados. Transferimos a responsabilidade "espiritual" para o gestor escolhido "se ele errar se entenderá com Deus, eu fiz a minha parte e dei" e nem ao menos oramos pela boa gestão dos recursos.

Errado! Já estamos, por praticidade e liberalidade unilateral, transferindo para os líderes algumas responsabilidades que Cristo nos deu pessoalmente e não coletivamente. Obviamente, há boas razões para nos organizarmos assim  para melhor apoiar a missão da igreja. Contudo, ao fazer isto, não estamos livres da responsabilidade de apoiar espiritual e financeiramente a obra e, nem tão pouco negligenciar o controle sobre os preciosos recursos destinados a esta.

No Brasil, até por uma questão de tradição, dinheiro público é assunto carregado de negligencia, apadrinhamento, malversação, etc. Parece incrível, mas como resultado do desconforto coletivo que varia do "dinheiro de ninguém" ao "eu também quero uma boquinha", muitos assumem a posição de alienação real, ou ao menos para fins práticos.

Dinheiro de igreja é questão igualmente permeada de males crônicos parecidos, somando-se a estes o temor de que o zelo pelo que é para ser gerido segundo as prioridades de Deus venha a ser motivo de desconforto duplamente qualificado para com a liderança da igreja (dinheiro + espiritual). E, para piorar, não faltam no arsenal dos pastores que não gostam de prestar contas dos gastos da igreja versículos "ungidíssimos" dirigidos ás ovelhas rebeldes e intrometidas com complexo de auditor.

Exemplo recorrente

Há pouco mais de um mês noticiamos que Estevam  Hernandes estava vendendo pulseiras que custam R$ 140,00 no varejo por R$ 1.000,00 afim de arrecadar dois milhões de reais para fazer a manutenção da antena da TV Gospel, localizada na rua Consolação, em São Paulo.

Nem um mês depois do início da campanha, que também anda envolvendo uma pressão de torniquete para que seus filhinhos baixem o seu novo lançamento musical no itunes demos a notícia – com exclusividade – que o apostolo ingressara no aeroclube apostólico gospel, sendo o mais novo proprietário de um jatinho de seis milhões.


Ora vejam, meus amigos se não é uma beleza isto: 

- Cai o templo da Renascer, morrem várias pessoas, fica tudo por isto mesmo e o Hernandes vende milhares de chaveirinhos e chapéus em uma campanha de “Nemias” para a reconstrução do templo. Não acontece niente e o camarada aparece meses depois com novas BMWs, passeando de iate e no dolce far niente.

Agora é preciso fazer a manutenção da antena da TV Gospel... Mas não falta grana para avião e para as motos DUCATTI.


No bolso do trabalhador 

Se uma denominação deve ou não ter uma TV aberta,  é  boa discussão.  E se é o caso de teré também o caso de saber se a TV foi comprada com dinheiro de doações carimbadas para este fim, no nome de um fundação de gestão normatizada, transparente e estruturada de forma a garantir que este patrimônio seja sempre usado para os interesses do Reino e não da família "dona da igreja".

Ou teria a mesma sido comprada com o dinheiro de dízimos e ofertas? Isto é cabível?

Mas vamos seguir.

Lá está a TV comprada e funcionando. Uma TV cristã. Você consegue imaginar que direitos legais dos funcionários ali trabalhando não estejam sendo cumpridos à risca?


Pois veja você, meu irmão (ã) o que acontece na TV da Renascer... Segundo o site Renascer Prime os funcionários desta emissora criada para proclamar o evangelho não estão tendo o seu FGTS devidamente depositado. 

Veja o que disse à  reportagem do Renascer Prime a esposa de um dos funcionários lesados: "A nossa tristeza é ver que eles compram avião, trocam piso e não pensam que os funcionários são pais de família. O nosso caso não é excessão, existem funcionários que não recebem o salário do mês. Temos três filhos e estamos em uma situação muito difícil". (sic)
Segundo informações de funcionários, o FGTS é pago esporadicamente pela emissora: "eles depositam (o FGTS) só as vezes" disse. O mesmo site também informa que  o departamento financeiro da Rede Gospel liberou cerca de R$120 mil para troca dos cenários dos programas "De bem com a Vida" e "Renascer em Revista" apresentados pela família Hernandes, além da compra de televisores LCD. O dinheiro gasto vem das doações de membros da Igreja Renascer que a pedido do apóstolo Estevam estão "comprando" uma pulseira idêntica a usada pelo líder no valor de R$1.000,00. A intenção do apóstolo, segundo a Folha de São Paulo, é arrecadar R$2 milhões para manutenção da torre e reforma elétrica e troca de cenários.


Em 2007, lembra o site,  a Justiça bloqueou a torre de TV depois que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) fez um pedido ao Ministério Público dizendo que o dinheiro usado na compra da torre e também do prédio foi desviado das ofertas da igreja. O prédio estaria em nome da FH Comunicações, de propriedade de Sônia Hernandes, a bispa Sônia, e do filho dela, Felipe Hernandes. 



Você é responsável por este tipo de descalabro

Diante de mais um fato envolvendo desvio de dízimos e ofertas de fiéis, me cabe deixar algumas perguntas para a sua reflexão.  Quando você dá seus dízimos a uma denominação que tem um dono, outro que não Jesus– tipo assim: o avô foi o bispo fundador, o bispo primaz atual é o seu filho e o herdeiro eleito é o neto - ou seja, uma capitania hereditária eclesiástica, você procura tomar as seguintes precauções:

- Verifica o DNA do bispo para saber se ele é da tribo de Levi e, portanto, depositário fiel do dízimo junto com o seu clã presente e futuro?

- Procura saber qual é o salário da "família imperial eclesiastica"?

- Verifica se os bens da denominação (terrenos, templos, estações de TV, estações de rádio, etc.) estão no nome da denominação ou da família ou de empresas da "família"?

- Se os bens estão no nome da denominação, já procurou saber qual é o modelo de gestão, o formato da entidade criada e outras questões importantes que garantam que tais bens não serão malversados ou manipulados em favor da "família real"?

- Há transparência nas contas da denominação?

Dinastia religiosa gera monstros com o dinheiro do dízimo.

Queremos o FICHA-LIMPA religioso

Lembre sempre que nas denominações tradicionais estas questões estão, em geral, bem resolvidas e os seus dízimos e ofertas são geridos com temor, muito também em função da estrutura que foi aperfeiçoada nos diversos modelos que se conhece. Da mesma forma, a existência de instâncias de poder superiores à igreja local servem no controle dos descalabros (ou pelo menos deveriam...). Contudo, nas denominações de “dono” o samba-lê-lê corre solto e; entre o desmando total que se vê aqui na Renascer e pequenas e grandes sujeiras jogadas para debaixo do tapete em outras organizações religiosas tabajara, não faltam exemplos de denominações aparentemente idôneas escondendo uma construção de patrimônio de líderes feita às custas de dízimos de fieis e vários escândalos de gestão, veja o exemplo recente da Igreja Maranata. 


Você é responsável pelo sustento da Obra, mas também pelo zelo com que se gere os recursos.


A sua congregação precisa de suas ofertas para fazer a obra de Deus e você, como nova criatura do Reino de Deus tem a oportunidade de, generosamente, segundo o seu coração, e possibilidade, prover o sustento da sua comunidade, afinal, você é um membro da mesma. 

Somos todos responsáveis pelo IDE e, como homens transformados, temos a alegria de colaborar para o Reino de Deus. Contudo, é também sua responsabilidade ficar atento aos recursos confiados e participar da elaboração das linhas gerais de destinação dos mesmos.

Não se trata de colocar o dinheiro em um envelope e ir à frente depositar o recurso no altar, na fogueira, ou sabe lá em que buraco santo te apontem... Não! O tempo do templo e dos sacrifícios já passou. No Caminho da Graça, a gestão dos recursos segue a lógica e a prioridade do próprio Caminho -do Criador do Caminho, dos caminhantes e das necessidades dos que estão à beira do Caminho, pois o Caminho é, por definição, misericordioso.

Você é parte da comunidade e co-responsável por tudo o que dali decorre. Se há organismos, comités, regras de gestão, etc. Procure conhecê-los e destes participar, ou se informar. Se não há nada, se não um baú gerido por uma família de líderes, um pastor e dois gatos pingados que decidem tudo e não oferecem transparência, saia correndo de lá! Deus não está nesta jodada não! Saiba que uma das formas que Deus usa para direcionar os recursos segundo a Sua vontade é através da voz dos irmãos da comunidade. Sim, camarada, juntos, alicerçados  na Palavra, podemos ser profetas econômicos de Deus. (Leia ATOS!)

Faça isto! E o faça com as prioridades de Cristo, que colocou as pessoas em primeiro lugar na missão. A garantia do sustento generoso e aprimoramento dos líderes; o apoio às missões, as ações sociais e a cultura cristã que subverte a cultura mundana; a viabilidade dos serviços da comunidade, o ensino, a formação da juventude, o amparo aos idosos, o auxílio prioritário aos irmãos de casa em dificuldades, as viúvas, etc... Tudo isto é importante. Mas olhe ao seu redor! Olhe para este mundo perverso e lembre-se que VOCÊ foi remido, separado e santificado para ser a luz do mundo! Para fazer a diferença, carregar a chama subversiva do AMOR. Quem precisa do seu amor e da sua caridade?

Tudo faz parte da integralidade da nossa existência cristã e, se esta não for missional, esta simplesmente não é. 

Não é sua responsabilidade dar vida de nababo a líder, comprar veículos de comunicação de massa, aviões e nem tão pouco erigir um império patrimonial que será gerido sabe-se lá em que bases.

Seus recursos devem servir ao Reino e o Reino não está mais nos templos, mas na sinalização do Reino de Deus aqui e agora. Na voz dos profetas, na seara dos discipuladores,   na coragem dos missionários, dos resgatadores de vidas, no acolhimento dos aflitos, nos fomentadores de dignidade, na vocaçao dos professores, na audácia dos verdadeiros pregadores do Evangelho do Reino.

Parem de contribuir para as obras de clubes sociais domingueiros! Se a sua retórica é a de dar dinheiro para Obra de Deus, faça-o em verdade! E pare de achar que Obra é mais um show impactante em sua igreja ou o novo estofamento das cadeiras do templo - isto é "obrinha", conforto e diversão, mais ou menos relevante e necessário. Com que cara de pau gospel irás apresentar estas realizações  ao Seu Pai:

 - Pai, em seu nome dizimei para a nossa igreja possuir uma TV que transmite 'A Fazenda'   E fizemos um templo igual ao de Salomão...  


e bem poderia dizer Deus...


- Homem mau! Não foi este mesmo que Eu derrubei! E ainda colocas este fausto na TV para que Meu povo sofrendo nos mucambos se escandalize em Meu Nome!


Olhe para a verdadeira OBRA. Aquela pela qual Cristo morreu. Será que após suprir as necessidades básicas da existência e propósito da sua congregação tem sobrado recursos para a VERDADEIRA OBRA? Ou pior, quando sobra, este vai para os shows, as cruzadas de egos, os programas de TV, a casa de marajá do bispo, as pedras de Israel no chão do templo, as micaretas gospel, etc.?

Que catzo de cristianismo é este?




Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2012/04/os-estevam-hernandes-da-vida-sao-culpa.html#ixzz1xsrWcgcq
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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Filho de Silas Malafaia trolla o Genizah e depois papai vem defender


Filho de Silas Malafaia trolla o Genizah e depois papai vem defender



No último dia 11 de junho, o Malinha (filho do Malafaia), que me segue no twitter, resolveu argumentar em favor do MalaCHEIA acerca do post abaixo, uma republicação do portal Gospel+




Está no direito dele. Contudo, observem o argumento:

MALINHA diz: da uma olhada  no twitter dele!!


Fui ver.

Lá está o desagravo de grande expressão midiática do senhor Silas Malafaia em razão do protesto de muitos crentes ao uso contumaz pela dramaturgia da Rede Globo de um estereotipo de mulher evangélica feito na medida para ridicularizar as nossas irmãs:

- Uma twittada, um e-mail (cujo teor desconhecemos) e o fato do mesmo ter reproduzido em seu portal A Verdade (dele) Gospel matéria chapa-branca de outro portal sobre o ocorrido. 


Matéria, diga-se, mais neutra do que cor bege, limitando-se a relatar que alguns evangélicos protestaram nas redes sociais contra a caracterização preconceituosa da mulher evangélica nas novelas globais. 

Se estivéssemos falando de uma pessoa comedida, não polemista, piedosa e puritana, esta reação à provocação da TV Globo faria até algum sentido, estaria na medida. Mas não é assim!

Malafaia, como disse o autor do texto, o pastor Marcio de Souza não é um camarada de reações comedidas e, tão pouco um modelo de temperança. Ao contrário, Silas Malafaia usa de qualquer pretexto minimamente relacionado com a comunidade evangélica para buscar a mídia e polemizar. Malafaia vive disto. Polêmica é o negócio dele desde os tempos do programa vigésima quinta hora.

Já o Pastor Paulo Siqueira, em artigo reproduzido no mesmo post desmascara a retórica de Silas Malafaia e aponta os enganos da teologia da prosperidade.


Malafaia, o temperante. Quando interessa!


Ana Paulo Valadão se recusa a participar da campanha malafaiana envolvendo a PL122. Malafaia passa três dias trollando a cantora no twitter, detona Ana Paula no seu programa, faz reprise e detona novamente, dá entrevista esculachando a Lagoinha e vai por ai.

Edir Macedo faz o programa do cai-cai na Record.  Silas dedica três programas inteiros a atacar Macedo, garante que o cai-cai é bíblico, diz que testemunhou, ele mesmo, um estádio inteiro de gospelentos caindo, em viagem que fez com o Jabes Robin Alencar  ao exterior e que,  ele mesmo, só não caiu porque é Batman, mas foi preciso segurar o Robin pelo cinto de utilidades...

Crentes protestam contra o troféu imprensa. Malafaia passa uma semana chamando os que não apoiam o troféu da TV Globo de babacas, burros, santarrões... Faz programa especial e se dedica a defender o prêmio como sendo uma porta aberta por Deus na TV Globo, faz anúncio de página inteira em jornal e mais não sei o que...

Blogueiros. A estes inimigos poderosos, Malafaia já dedicou cinco programas, sendo um inteiro, isto sem contar este último desafio paraguaio. Em um deles, em uma caravana ao Maranhão, deu endereço e tudo. Chamou o Genizah e o Gospel + de filhos do diabo. Em outras oportunidades, foi mais genérico e destratou geral, inclusive pastores que se pronunciaram contra as suas companhas da prosperidade com Cerullo e Murdock de: vagabundos, fracassados, otários, babacas e coisa pior. 

Vereadores Maranhenses Vereadores questionam as motivações da Cruzada para Genézio em São Luís do Maranhão e ainda fazem críticas à homofobia de Silas Malafaia. Silas chama veradores de frouxos, safados, recalcados e outros mimos... Na TV, na rádio, revistas... Uma novela que durou duas semanas.

Funicação. Isto sem falar na gente que ele disse que ia funicar, meter o porrete, descer a marmota e sabe lá mais o que...




Isto tudo e mais alguma coisa só nos últimos meses!


Agora, na hora de protestar contra a TV Globo – que bancou a última micareta para Gizuz no Rio de Janeiro, onde o MalaFAIL foi a estrela – o nosso defensor dos frascos e comprimidos gospel faz o que?

- Manda um e-mail de desagravo e da uma twittada.


O povo grita: -Vai Malacraia, vai!
E o MalaFAIL FALHA!



Fala sério! 

Nem um único comentário sobre o assunto em seus programas de TV.
Nada nas revistas que ele manda para milhares de lares cristãos.
Nada no rádio, no jornal...
Nem mesmo um artigo próprio, uma nota SUA em seu portal.
NADA.

Um e-mail que ninguém sabe e ninguém viu e uma twittada após três dias de constante pressão nas redes sociais, com seus fãs cobrando uma declaração contundente de desagravo e o Malacraia calado e bem pago! 

Já ontem, em função da repercussão desta matéria nas mídias sociais, o Malafaia se manifesta no twitter "contundentemente" reafirmando o que fez: Um e-mail de protesto e a reprodução de um artigo não opinativo e de terceiros!


Silas Malafaia, você não cabe no tamanho do seu ridículo.

Logo em seguida, publica em seu portal mais um artigo atacando os blogueiros. Desta feita, acho que quis tirar uma onda comigo: São pessoas frustradas, recalcadas, invejosas, onde o sucesso dos outros incomoda muito mais do que seu fracasso ou mediocridade. (o de sempre) Gente falando da minha vida, que eu nunca “vi nem mais gordo, nem mais magro”. (Opa!)

Leia aqui o dasagravo de Malafaia. Este sim assinado por ele e no tom que lhe é habitual.


Então, pergunto:

Ô Zé Ruela, porque não faz um destes posts bacanas atacando a TV GLOBO? 

Não faz porque seu “deus” é o dinheiro e ao contrário do está escrito em seu artigo, esteve pastor por 30 anos, mas hoje não tem honra para ser nem um bom vendedor televisivo. Não passas de um camelô. Sua chance de ir para a Globo é arrumar um bico no Shoptime!

Silas, eu quero saber quantas vezes mais vais usar o argumento defendendo que aqueles que te criticam o fazem porque querem aparecer às suas custas e são invejosos do seu dinheiro?

Ontem, depois do artigo de Márcio de Souza,  Malafaia abriu a boca, mais baixinho, pra os Marinho não ouvirem. Psiu! Eu protesto! Leiam meu desagravo no twitter, mas não espalhem... Pelamordedeuuuus!


Será que você não percebeu que todos que o criticam sentem exatamente nojo do dinheiro você amealhou explorando a indústria da fé? Seu dinheiro é podre e a sua fama é comprada. Você diz que é rico por ser dono da segunda maior editora evangélica do país. Só se esquece de lembrar que construiu a base do seu império tal qual Edir Macedo, recolhendo contribuições sem cessar para os seus projetos e empresas. Ou será que você de tanto enganar a outros, acreditou na sua própria mentira e agora enxerga incontáveis talentos devotados a produzir estes panfletos mal escritos cheios de baboseira de  autoajuda que são os seus livros campeões de vendas? 

De todas as ofertas que você já arrecadou, poderia nos informar em que obras sociais as investiu? Quantos missionários o seu ministério sustenta no campo?

Seu conceito de evangelização e discipulado são estas micaretas gospel – shows onde quem brilha é você e Jesus passa longe! Seu investimento em missões é reunir pastores em hotéis de estancias hidrominerais onde você os adestra em seu modelo de negócios, para depois carrega-los para a sua seita. E, por via das dúvidas, trata de levantar uma oferta boa, por lá mesmo, depauperando as finanças de comunidades inteiras.

Silas Malafaia, você vive de mídia! Seu ciclo é criar polemicas em programas de TV e vender muitos livros nos intervalos.
Em menos de 2 horas após o post cobrando a sua reação cair na rede, lá estava você postando e seu portal um desagravo pessoal aos seus perseguidores, os pobres blogueiros endemoniados.

E para a TV GLOBO? Um e-mail. E, agora, uma twittada. Morro de rir.


Para a dramaturgia Global a típica mulher evangélica é a crente da b*** quente: Uma mulher de passado duvidoso. Ex-modelo, manequim, peladona que agora se veste com saias até as canelas, blusa de botão e manga curta, cabelos enormes, sapato fechado, buço, óculos, sem maquiagem, sem desodorante (usa Bibliaxona) e casaco em pleno verão. Só fala chavão e, no intimo, continua uma tremenda sem-vergonha que a primeira oportunidade tira a roupa e pede para ser chamada de lagartixa e ser jogada na parede.


E qual é a origem deste esteriotipo ofensivo? A recorrência de certos padrões em personagens de folhetim é da arte. Não é um fenômeno atormentando somente os evangélicos. Muitos outros grupos sofrem com ataques deste tipo. A diferença é que eles protestam e se há força de representação a coisa muda. E não precisa ser religião não! Eu me lembro de uma personagem de novela, vagabunda toda a vida, que era enfermeira e o sindicato dos enfermeiros foi lá e pregou a TV Globo com um processo. Uma reação a um esteriotipo preconceituoso recorrente. Em toda novela, tinha uma enfermeira que ao menor sinal pulava na cama do doente. Então tem de protestar mesmo! No caso das evangélicas, temos duas origens. A primeira remete a uma série de personagens de Nelson Rodrigues, sempre presentes em suas crônicas – a beata católica que no fundo é uma devassa. Acabaram as católicas devassas, ou melhor, as devassas dissimuladas no papel de beatas e as evangélicas assumiram o posto e, tadinhas, não tem um Malafaia para lhes defender (ironia, heim?). A segunda origem é obra e graça da mais triste realidade da nossa indústria de testemunhos. A ambição midiática de certo perfil de pastores que encontra estimulo extra na evangelização de artistas, jogadores de futebol e modelos famosas. Sempre um processo que dispensa o discipulado e acelera a exposição do “convertido” à comunidade objetivando atrair a atenção da imprensa e a curiosidade dos caçadores de conversões espetaculares. Houve um tempo que se convertiam tantas modelos de revista masculina que se tinha a impressão que havia uma célula da Sara Nossa Terra na Revista Playboy. É ou não é? Hoje, há mais gente se especializando neste “campo missionário”.


Com tanta loura-modelo se convertendo, teve editora que lançou a Bíblia desenhada em cores!

E o crente tem o direito de protestar? 
Claro que tem!

E em outro momento, quando seus interesses não estivessem em jogo o Malafaia protestaria? 

Oooo!



Mas como vai pegar mal, o que Malafaia faz é protestar contra a TV Globo assim:

http://www.verdadegospel.com/sao-goncalo-gospel-reunira-grandes-nomes-da-musica-evangelica/

Ontem mesmo publica matéria de capa em seu portal fazendo propaganda de um eventos Gospel da TV GLOBO!


Protesta assim lá em casa!

Vendido! 











Danilo Fernandes (em dieta) para o Genizah


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