quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Malafaia exposto pela mídia internacional está acuado e estrebucha entre mentiras tolas e xingamentos gerais


Malafaia exposto pela mídia internacional está acuado e estrebucha entre mentiras tolas e xingamentos gerais


Malafaia disse que vai entrar na justiça contra a revista Forbes para “ferrar esses caras”. Não satisfeito,  apresenta justificativas estapafúrdias para o seu imenso patrimônio e completa a farsa defendendo teorias conspiratórias





Na semana passada, Malafaia e outros pastores evangélicos “multimilionários” foram tema de reportagem da publicação norte-americana que listava o patrimônio de cada um e mostrava a fé como um “negócio altamente lucrativo” no Brasil.

Malafaia defende que seus bens somam 6 milhões de reais e não 150, como apontou estimativa da reportagem.

As declarações foram dadas à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Ou seja, segundo o pastor, sua fortuna chegaria a apenas 4% do divulgado pela reportagem, que, por sua vez, alega basear-se em números da imprensa brasileira e, em alguns casos, do Ministério Público e da Polícia Federal.

"Vivo de renda voluntária. Eles me prejudicaram. (O fiel) vê aquilo e pensa, 'ih, não vou (dar o dízimo), tá me roubando", disse ao jornal.

O SILÊNCIO DOS INOCENTES

Malafaia é o único dos 5 pastores mencionados a se posicionar publicamente contra a matéria da Forbes. Edir Macedo, que aparece como o mais rico do Brasil - com patrimônio de quase um bilhão de dólares - além de R.R. Soares, Valdemiro Santiago e o casal Sonia e Estevam Hernandes não divulgaram notas ou se manifestaram nas redes sociais.

No mesmo dia da publicação, Malafaia já havia divulgado resposta em que diz que nunca escondeu nada da imprensa.

Malafaia disse que a maior parte do seu patrimônio é formada por nove imóveis, entre eles, uma  casa na zona oeste do Rio de Janeiro, estimada em R$ 2,5 milhões, apartamentos para os três filhos avaliados em R$ 400 mil cada um, e um apartamento em Boca Raton, na Flórida, no valor de R$ 500 mil. 

Em sua página oficial no Facebook, Malafaia se defendeu postando por várias vezes o link de um comunicado oficial emitido por ele sobre o assunto na sexta-feira (18/01) e publicado no site Verdade Gospel, no qual diz que vai se defender da “safadeza” inescrupulosa da Forbes. 

O texto, assinado por Malafaia, diz que "existe um jogo muito bem organizado para denegrir pastores evangélicos a fim de que a sociedade tenha uma ideia de que pastor é um malandro usurpando dinheiro de imbecis e idiotas.".

Truque velho. Malafaia quer estender a servos fieis as críticas que recebe a fim de ganhar simpatizantes e defensores e, para tanto, apela para a conhecida propensão doentia de muitos evangélicos de produzir teorias conspiratórias.

Que injustiça contigo, Silas Malafaia!  Idi Amin Dada, Imelda Marcos, Pinochet e o barão das drogas Pablo Escobar também foram listados pela Forbes e discordaram dos critérios da revista. Gente perseguida, como você, por conta da bondade e desprendimento. Eu te aconselho a pedir o seu passaporte diplomático e se refugiar na Suiça... 

AS DESCULPAS ESFARRAPADAS DE SILAS MALAFAIA

O pastor diz que nunca negou informação a nenhum veículo de mídia, que todo o seu patrimônio foi constituído de forma legal e que há 25 anos não recebe salário pelo seu trabalho como pastor.

"Se juntarmos a receita da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que não é minha, mais a receita da Associação Vitória em Cristo, que não é minha, com mais o faturamento da Editora Central Gospel, que é minha propriedade, mais as ofertas voluntárias que recebo por palestras dadas, não dá a metade do que eles anunciaram como receita pessoal minha. É só para vocês verem a safadeza e a cachorrada desses inescrupulosos", diz um trecho da carta.

Por fim, Malafaia diz que todo o seu patrimônio foi declarado à Receita Federal e que entrará com processo contra a Forbes para provar a mentira.

Queremos ver esta façanha!

Segundo a Forbes, os dados mostrados na reportagem foram apurados a partir de informações públicas divulgadas em matérias de veículos de imprensa, incluindo dados originalmente divulgados pelo Ministério Público e a  Polícia Federal.

A FORTUNA E AS MARACUTAIAS DE MALAFAIA

O aviao de US$ 12 milhões ficou fora da conta de Malafaia

O Sr. Silas Malafaia pensa que todo mundo é tão estúpido quanto os incautos que colaboram com as suas campanhas. Suas observações são completamente estapafúrdias.

Passando ao largo da súbita crise de humildade de Silas Malafaia ao avaliar seus humildes imóveis, vale a pena lembrar alguns fatos importantes, os quais, certamente, não escaparam da análise dos jornalistas da Forbes:

- A Associação Vitória em Cristo é o destino de todas as doações e “sementes” dos contribuintes do ministério do Silas Malafaia. O telepastor afirma que a associação não lhe pertence. Sob o aspecto formal, o patrimônio da AVEC pode até não ser de sua propriedade pessoal declarada. A AVEC é uma entidade “sem fins lucrativos”. Estas associações são criações visando benefícios fiscais permitidos pela lei e são o formato legal de muitos “ministérios”. O que todo mundo sabe, exceto o néscio, é que, obviamente, o controlador do patrimônio e o beneficiário principal de tais associações não são outros se não os “donos” dos respectivos ministérios associados.


A AVEC é proprietária do avião de 12 milhões de dólares que o Malafaia usa. O avião é da associação, mas quem voa e se aproveita do alto luxo da aeronave é o Silas. Aliás, todo o patrimônio da tal associação serve tão somente ao Silas Malafaia e a sua família. Aí inclusos carros de luxo, imóveis, carretas, utilitários, retiradas vultosas e muito mais! A quem a Revista Forbes atribuiria este patrimônio? Ao Sunda? Ao Mário? Creio que não!

- A Central Gospel, todos sabem, é uma das principais editoras do país. O dono é o Malafaia. O pastor esqueceu de dizer isto a Mônica Bergamo da Folha de São Paulo, quando estimou o seu patrimônio pessoal em pouco mais de 6 milhões de reais. Contudo, em diversos outros momentos quando o contexto era outro, Malafaia fez questão de informar que é o maior vendedor de DVDs e livros evangélicos do Brasil. Lançou aos quatro ventos  os números de suas vendas impressionantes. Não é preciso muito esforço para estimar o valor desta empresa.


Sede do complexo de Malafaia ANTES das melhorias (2006)

Outro dia mesmo, o pastor em um ato de pura vaidade informou vender mais de 1 milhão de DVDs por ano, por isto dispensava o salário de pastor. A Central Gospel vende centenas de títulos. Os DVDs do Malafaia são apenas um dos milhares de produtos do seu catálogo. Se o Malafaia não exagerou nos números, só os seus DVDs (vendidos em média por R$ 20, cada) representam vendas anuais de R$ 20 milhões! Todo sabem que os DVDs do Malafaia são cultos e palestras (mal e porcamente gravados). Nada que dependa de grande produção. Estamos falando de um negócio com uma margem de, no mínimo, R$ 15 milhões ao ano! E este é só um item! Quanto vale uma empresa destas? Com suas muitas lojas, parque industrial ocupando quarteirão na zona leste do Rio de janeiro e a receita espetacular garantindo valor significativo para a empresa?


Contratos milionários. O dono é Gizuz!

Não precisa muita conta não. Vale uma fortuna! Ainda mais agora que temos a gravadora Central Gospel. Malafaia entrou no mercado fonográfico de forma contundente e contratou artistas de peso, como por exemplo: Eyshila, Perla, etc.


Voltemos  à Associação Vitória em Cristo. Malafaia frequentemente divulga seus gastos com a compra de horários de TV, realização de eventos, cruzadas e tal... A conta não fecha! A AVEC é uma máquina de fazer dinheiro e a sua comunicação com o patrimônio pessoal do Malafaia é tão evidente quanto a comunicação da TV Record (patrimônio de Edir Macedo) com a receita da Igreja Universal. No primeiro caso, a compra de espaço a preços inflados garante que o dinheiro dos dízimos escorra para os bolsos de Macedo. No caso de Malafaia, além do uso pessoal do patrimônio da sua associação de estimação (e hereditária, ou alguém imagina que quando o Malafaia morrer o avião será doado aos pobres, risos!), a AVEC compra os espaços na TV para o uso do Malafaia.

E o que o Malafaia faz com seus espaços na TV? Esculacha seus adversários e críticos, apresenta suas heresias e suas campanhas infames e... Vende livros, CDs, bíblias ungidas e DVDs! De quem? Da Central Gospel! A sua editora. Ou seja, a associação com benefícios fiscais financia as propagandas do negócio do Malafaia. As ofertas bancam os anúncios na TV da Central Gospel. Está tudo conectado!

Tá certo Malafaia. Aqui só tem idiota! O único esperto é você!


Opiniões abalizadas. Só que não.

Como se o constrangimento pesando sobre a  comunidade evangélica já não fosse o suficiente, fatos paralelos são somados ao descalabro geral. Levantam-se vozes dissonantes que, ao invés de admoestar os líderes milionários e pontuar o desagravo da sociedade se colocam na posição de defesa dos evangélicos, como se tais críticas feitas aos estelionatários da fé fossem, de alguma forma, dirigidas aos de boa-fé. Já outros, igualmente prejudiciais, se colocam na posição de oferecer justificativas para o descalabro dos seus líderes, desacreditar os números divulgados ou desviar o foco da questão e, ainda, dando fundamento de defesa aos pastores milionários.

E quando o autor do petardo é alguém que deveria ter mais preparo do que a média? Alguém de quem se esperava vigorosa defesa da ética?


Opiniões aleatórias.
Em um conhecido portal cristão (AQUI) encontramos a seguinte declaração de Uziel Santana Dos Santos, presidente da recém criada ANAJURE –Associação Brasileira dos Juristas Evangélicos- levantando suspeita de ilegalidade na realização do levantamento da Forbes: 
“Independentemente do mérito da questão, é grave o fato de que possivelmente houve violação de dados protegidos por sigilo bancário e fiscal. Isso é tão violento, quanto fazer mercancia da fé, enganando os que têm menor discernimento da realidade. Certamente, dois abusos a serem coibidos, inclusive penalmente. Certamente, dois ilícitos que mitigam princípios basilares do Estado Democrático de Direito. Com a palavra, a Polícia Federal e o Ministério Público”.

Que temeridade! Como o presidente de uma associação de juristas que pretende representar os evangélicos oferece um parecer sobre um assunto que pouco conhece e ainda cometendo a imprudência de afirmar que o principal periódico de economia e negócios do mundo pode ter cometido crimes durante a produção da referida matéria? O ilustre jurista deu um parecer em um veículo de imprensa  sobre um tema de repercussão internacional de "orelhada"? Agora, imagine, meu caro leitor, a impressão que fica no exterior acerca dos evangélicos brasileiros com a inclusão de mais  este detalhe na pilha de nossas vergonhas! 

Uziel Santana opina sobre o que desconhece e diz suspeitar que a revista Forbes pode ter se valido de informações protegidas por sigilo bancário ou fiscal. Meu Deus! Será possível que o presidente da ANAJURE não se dá ao menos ao trabalho de ler a matéria original em inglês antes de produzir uma declaração tão maliciosa? Eu até entendo que o ilustre jurista desconheça a tradição da revista Forbes na produção de listas de estimativas patrimoniais, mas dai a emitir opinião sem se inteirar dos fatos é lamentável!

A Forbes foi fundada em 1917. Está presente em dezenas de países e é a revista de negócios mais respeitada do mundo. Suas listas são famosas e os critérios para a sua elaboração são amplamente respeitados. A metodologia adotada varia segundo o perfil da lista, mas é sempre sólida e sujeita a checagens múltiplas. As fontes são sempre públicas e confiáveis e as avaliações seguem critérios conhecidos e adotados pelos mercados de arte, valores e imobiliário.

No caso da lista dos pastores, a revista deixou claro que se trata de uma estimativa baseada em informações públicas divulgadas pela imprensa ou pelo Ministério Público e Polícia Federal. Pode se reclamar da acuidade desta avaliação preliminar baseada em fontes secundárias, em comparação com os critérios mais estritos das listas tradicionais da revista, mas não tem qualquer cabimento desviar a discussão para uma eventual quebra de sigilo bancário e fiscal. Em todos os casos, as informações para a elaboração das listas são fontes primárias e secundárias de domínio público. Isto é um fato conhecido pelo mercado e que não poderia escapar a alguém que se apresenta como presidente de uma associação de juristas.

Relativamente aos dados do Ministério Público e Polícia Federal, a Forbes é franca ao afirmar que se está a tratar de fontes secundárias e/ou documentos divulgados na imprensa originados de informações apuradas nestes órgãos. Acreditamos que o exemplo a seguir ilustra bem a hipótese: Todos sabem que o casal Hernandes respondeu a processo no MP. Na ocasião, dados relativos ao seu patrimônio foram amplamente divulgados, sendo a origem dos mesmos, o MP de São Paulo. Informação de domínio público e dentro dos critérios da revista. Simples assim.

A criação da ANAJURE gerou expectativas positivas. Há questões da mais alta importância na pauta legislativa federal e estadual e a possibilidade de se poder contar com uma associação capaz de produzir pareceres jurídicos sobre temas afetando a agenda institucional da igreja seria muito bem-vinda. O mesmo vale para as questões locais da administração das comunidades que têm demandado a atenção dos pastores e, neste aspecto, um serviço de orientação jurídica encontraria muita utilidade e apreciação.

Contudo, a ANAJURE, até o momento não apresentou nenhum projeto na direção da prestação de um serviço útil a igreja, já o seu presidente, tem se valido de sua assessoria de imprensa para emitir opiniões aleatórias sobre assuntos diversos, sempre sob o manto institucional da associação. Ou seja, o meio evangélico ganhou mais um palpiteiro “ungido”. Fica a nítida impressão que a ANAJURE é mais uma daquelas associações criadas por compadres, que não representam ninguém, visando dar peso institucional a um projeto político ou profissional de ilustres desconhecidos.


Com informações de Exame/Época Negócios/Folha/Forbes




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Pastor da Assembléia de Deus filmado em motel com fiel no maior desfrute


Pastor da Assembléia de Deus filmado em motel com fiel no maior desfrute

As cenas picantes aconteceram em um motel da cidade.

Um vídeo se espalhou rapidamente em celulares e computadores da cidade de Canindé de São Francisco/SE, gerando repercussão em todo o Estado e na internet. As imagens filmadas em um motel da cidade mostram cenas picantes entre o pastor da Igreja Assembléia de Deus do povoado Capim Grosso, Manoel Macambira de Brito, conhecido como Dedé, e uma fiel de 35 anos, cujo nome foi preservado.

O vídeo foi gravado em 15 minutos pelo próprio religioso que registrou o momento íntimo entre ele e a fiel. Após o vazamento, o pastor foi imediatamente excluído da congregação, perdeu suas credenciais e foi impedido de exercer o cargo.

Consta no histórico do pastor que na década de 90, ele havia sido preso por tráfico de drogas em uma cidade de Alagoas. Após ter ganhado a liberdade, ele teria resolvido ingressar na Igreja Evangélica onde mais tarde foi promovido a pastor.

Populares da comunidade informaram ao Portal Minuto Sertão que a mulher era casada e tinha quatro filhos. Até o momento a Igreja não se pronunciou sobre o caso.

O vídeo da performance sexual do pastor visto pela congregação está AQUI.



Minuto Sertão - via Notícias Cristãs



GENIZAH COMENTA



É bom tornar publico este tipo de comportamento tão corriqueiro. Para isto, a internet vêm prestando grande serviço em prol do fim do império dos hipócritas escondidos na capa do ungido e do silêncio do falso piedoso.

Serve de aviso para quem gosta de idolatrar santo vivo. 

Ou pior ainda, para os idólatras dos usos e costumes, das regras e regrinhas da santidade falsa, da piedade das aparências, tão comum nas igrejas de TODAS AS DENOMINAÇÕES. 

A Palavra nos adverte sobre isto, mas fazemos questão de escolher as passagens bíblicas que mais nos convém, contudo, Aquele que governa não deixa nada escondido e alerta:



Já que vocês morreram com Cristo para os princípios elementares deste mundo, por que é que vocês, então, como se ainda pertencessem a ele, se submetem a regras:"Não manuseie! " "Não prove! " "Não toque! "?Todas essas coisas estão destinadas a perecer pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos humanos.Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne.Colossenses 2:20-23



Então, enquanto alguns se submetem às regras humanas acerca do que vestir, fazer, comer ou beber, os legisladores da causa dos bons costumes, apenas para os outros, pegam as meninhas da igreja nos motéis e no gabinete pastoral enquanto o néscio fica se perguntando se crente em Deus pode comer churros?  Chapéu de otário é marreta!

Vamos viver uma santidade digna? Voltada para a necessidade do outro? Para além das aparências e da fofoca de banco de igreja?


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A Igreja Evangélica é legitimadora da corrupção


A Igreja Evangélica é legitimadora da corrupção



Henrique Moraes Ziller




A afirmação que se faz no título desse artigo fundamenta-se em cinco percepções acerca da presença da Igreja Evangélica na nação brasileira, relativamente a sua atuação.

Em primeiro lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque não a denuncia. Não concebe que deva encarnar a função profética, relega ao segundo plano as questões sócio-políticas, e não se manifesta sobre aquela que é a maior manifestação do mal nas terras brasileiras: a corrupção. Não há denúncia.

Em segundo lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque sua ação social substitui a ação do Estado, não denuncia a situação e não exige que o Poder Público desempenhe suas obrigações. Se por um breve momento a Igreja Evangélica Brasileira deixasse de realizar suas ações de assistência social, o País se tornaria um caos, imediatamente. A distribuição da renda, consubstanciada na distribuição de cestas básicas e demais ações similares, a recuperação e inserção social, consubstanciadas nos trabalhos das inúmeras casas de recuperação, a promoção do ensino, por intermédio de milhares de escolas confessionais, o cuidado com a criança, realizado por creches e pela própria Escola Dominical, tudo isso, são funções do Estado negligente que não as realiza. Na medida em que a Igreja Evangélica faz tudo isso – e jamais deve deixar de fazer – sem a devida e obrigatória participação do Estado, e não denuncia a gravidade do fato, está sendo cúmplice de governantes e parlamentares criminosos, que utilizam em benefício próprio os recursos que deveriam ser destinados a essas atividades.

Em terceiro lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque se associa ao Poder Público sem a crítica adequada. Seus líderes sobem nos palanques políticos, impõem as mãos sobre as cabeças de gente cujo pensamento está voltado apenas para seus próprios interesses e para o crime, dá e recebe condecorações de e para gente sem a menor credencial ética para isso, cede os púlpitos a bandidos, enfim, associa-se a gente que deveria estar presa, mas que usufrui da liberdade que o seu poder lhes permite adquirir. Aqueles que deveriam ser alvo de denúncia e profetismo por parte da Igreja são seus grandes amigos e aliados.

Em quarto lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque não desenvolve ações consistentes de combate à corrupção. E nem poderia ser diferente, visto que ela nem mesmo a denuncia. Enfrentar esse mal é obrigação, mas nada faz a respeito.

Em quinto lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque a pratica desavergonhadamente.

À denúncia acima pronunciada segue-se, necessariamente, a proposta de ação.
1. Para denunciar a corrupção nos púlpitos, e perante a nação, obrigação inadiável da Igreja Evangélica Brasileira, é necessário colocar ordem dentro de casa: transparência das contas. Igrejas precisam publicar seus balancetes e prestar contas do que fazem com os dinheiros de seus membros, se quiserem ter credibilidade e autoridade para profetizar contra o mau uso dos recursos pelo Poder Público. Os líderes de igreja não podem submeter-se apenas à prestação de contas – inevitável e certa – diante de Deus. Precisam entender o momento em que o País se encontra e dar o exemplo. Transparência, eis a exigência.

2. A Igreja não pode deixar de fazer ação social,
 mas tem que cobrar a ação do Governo, o emprego das verbas públicas nos programas sociais e as ações que promovam a distribuição de renda. Precisa-se, antes de mais nada, de informações acerca de todo o esforço que a Igreja Evangélica Brasileira está fazendo para amenizar a situação de dificuldade em que vive grande parte da nação. O Governo tem que conhecer a enorme dimensão dessas ações, e seu alcance. Trabalho que dá credibilidade para cobrar do Governo que faça a sua parte, em particular impedindo que o dinheiro público seja desviado para atender a interesses privados. A Igreja não pode substituir a ação do Estado, como ocorre hoje; esse esforço tem que ser complementar. O Estado tem a obrigação de zelar por seus cidadãos, a Igreja, de amar o próximo. O trabalho da Igreja não exime o Estado de sua responsabilidade. No entanto, a última coisa que se deve pleitear é a parceria na qual as igrejas recebam mais verbas públicas para a realização de ações de cunho social. Há generosidade e recursos suficientes para contribuir com as obras das Igrejas. Não se rejeitam parcerias com o Poder Público, mas elas só podem se estabelecer fundamentadas em sólidos sistemas de controle e transparência. Em parceria com o Poder Público, a Igreja tem demonstrado que é engolida pelo mesmo mal que assola a Nação.

3. Não há outra possibilidade, nesse momento, senão o rompimento radical com as práticas que a Igreja Evangélica Brasileira tem adotado em relação aos seus representantes no Poder Executivo e no Poder Legislativo. Se eles querem ir às igrejas, ou se mesmo já são membros, que se assentem nos bancos e ouçam, em silêncio. Se quiserem conversar com esse povo sobre política, que se marquem reuniões específicas para isso, e que nunca se tratem tais assuntos em cultos. Não se pode mais chamá-los aos púlpitos e impor sobre eles as mãos, manipulando a compreensão dos membros. Se querem oração que recebam-na nos gabinetes, pois o Deus que ouve em secreto em secreto os responderá. Pastores não devem receber condecorações das mãos de criminosos travestidos de prefeitos e parlamentares, há que se ter o mínimo de decência e discernimento.

4. A Igreja precisa adentrar o espaço público aberto a ela e a toda a comunidade. Participar dos Conselhos Municipais de Políticas Públicas criados por lei para exercer o controle das ações públicas em áreas como a educação, a saúde e a assistência social, entre outras. Pastores devem incentivar seus membros a participar, promover treinamento para eles, e facilitar-lhes o acesso a estas instâncias de participação política. Fazendo isso, a Igreja estará garantindo a merenda escolar para seus próprios filhos – e demais crianças de suas cidades, o salário adequado para os professores, os recursos para as entidades de assistência social, os programas de enfrentamento de moléstias, o dinheiro para a farmácia básica, entre tantas outras possibilidades. A legislação brasileira tem criado esses conselhos, dos quais devem fazer parte representantes da sociedade civil organizada. Espaço absolutamente adequado para a ação consistente da entidade que mais faz ação social nesse País, a Igreja Evangélica Brasileira.

5. Quanto à participação na corrupção desenfreada nesse País, já conhecida há tanto tempo, e vergonhosamente evidenciada, por exemplo, na CPMI dos Sanguessugas, é necessário, em arrependimento e quebrantamento, pedir perdão. Pedir perdão a Deus e à Nação, pois esperava-se muito mais da Igreja Evangélica Brasileira.

Sobre ela pesa duro juízo, por suas ações, por sua acomodação, por sua omissão cúmplice. Pois, ao invés de destruir as obras do diabo, tornou-se partícipe delas.




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Enviado por e-mail para divulgação no GenizahHenrique Moraes Ziller é membro da Igreja Metodista da Asa Sul, em Brasília – DF, é Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União e Presidente do Instituto de Fiscalização e Controle http://www.adoteummunicipio.org.br/.


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