terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ed René Kivitz - Talmidim 239 - Kierkegaard


Para que serve a Igreja?

Por Ed René Kivitz

O mundo religioso tem seu mais novo personagem: o evangélico não praticante. A informação aparece nos resultados das últimas pesquisas realizadas pelo Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais (Ceris) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas pela reportagem O novo retrato da fé no Brasil, publicada na edição 2180 da revista ISTOÉ, de agosto último. Os evangélicos não praticantes são definidos como “os fiéis que creem mas não pertencem a nenhuma denominação”, sendo cada vez maior o número de pessoas que “nascem em berço evangélico – e, como muitos católicos, não praticam sua fé”. Os dados revelam que “os evangélicos de origem que não mantém vínculos com a crença saltaram, em seis anos, de 0,7% para 2,9%. Em números absolutos, são mais de 4 milhões de pessoas nessa condição”. As pesquisas apenas confirmaram uma tendência há muito identificada, a saber, o crescente número de pessoas que buscam espiritualidade sem religião, e deseja a experiência da fé sem a necessidade de submissão às instituições religiosas. É o fenômeno da fé privatizada, em que cada um escolhe livremente o que crer, retirando ingredientes das prateleiras disponíveis no mercado religioso. O novo cenário faz surgir perguntas que exigem respostas urgentes: Para que serve a igreja? Qual a função da comunidade cristã na sociedade e na experiência pessoal de peregrinação espiritual? A experiência dos cristãos no primeiro século, no dia seguinte ao Pentecostes, narrada no livro dos Atos dos Apóstolos [2.42-47; 4.32-35], serve de referência para a relevância da vivência em comunidade. Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a memória da pessoa e obra de nosso senhor Jesus Cristo: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos”. Em tempos chamados pós modernos, quando as crenças são desvalorizadas e as verdades se tornam subjetivas e particulares, é importante saber não apenas em quem se crê, e os cristãos compreendem a fé como confiar em uma pessoa, Jesus Cristo, mas também saber o que se crê, e por isso os cristãos chamam de fé também um conjunto de crenças e afirmações a respeito do Deus em quem crêem–confiam. O Evangelho é uma boa notícia, e os cristãos devem saber qual é essa notícia. A igreja é a comunidade que preserva a memória de Jesus, sua pessoa e obra. Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a esperança que se fundamenta na abertura para o mistério divino: “Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos [...] com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus”. Em tempos de banalização do sagrado, as pessoas perdem a noção do que Rudolf Otto chama “mysterium tremendum”, isto é, já não têm na alma o temor que coloca o homem de joelhos diante da manifestação do divino e nem mesmo esperam que tal aconteça. A igreja é a comunidade que preserva a expectativa de que o céu se abra, de que o favor divino se derrame sobre a terra. Enquanto o mundo vai se tornando cada vez mais frio e fechado, condenado às estreitas possibilidades da racionalidade e dos limites do poder humano, a igreja fala do milagre como possibilidade real e os cristãos se dedicam às orações. Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a oferta do amor de Deus em resposta à solidão humana: “Eles se dedicavam à comunhão, ao partir do pão [...] Todos os que criam mantinham se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade [...] Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham. Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um”. Em tempos de individualismo, egoísmo, segregação, e competição darwinista, a igreja é a comunidade da fraternidade, da partilha, da solidariedade e da generosidade. A igreja é a comunidade da aceitação, do perdão e da reconciliação. É na igreja que se concretiza a oração de Jesus a respeito de Deus e os homens: “que sejam um”. Para que serve a igreja? A igreja serve para manter vivos os sinais do reino de Deus na história: “grandiosa graça estava sobre todos eles”. Conforme Jung Mo Sung, “a igreja é o povo de Deus a serviço do testemunho da presença do Reino de Deus”, que se completa com a afirmação de Ariovaldo Ramos: “a igreja deve viver o que prega para poder pregar o que vive”. A igreja é a comunidade em que o anúncio da presença do Reino de Deus entre os homens é seguido do convite desafio: “Vem e vê”, pois o Evangelho de Jesus Cristo não é apenas uma mensagem em que se deve crer, mas principalmente um novo tempo em que se deve viver. Para que serve a igreja? A igreja serve para manter viva a esperança da ressurreição: “Com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus”. Quando o lacre romano do túmulo de Jesus foi rompido no domingo da ressurreição, a vida afirmou sua vitória sobre os agentes promotores e mantenedores da morte, sobre os processos de morte, que serão enfrentados pela esperança de que um dia a própria morte, último inimigo, cairá de joelhos diante do Senhor da vida. A igreja é a comunidade dos que se rebelam contra a morte em todos os lugares e todas as dimensões, e contra ela lutam com todas as forças que recebem do doador da vida. A igreja é a comunidade dos que já não vivem com medo da morte (Hebreus 2.14), dos que anunciam e vivem dimensões da vida, e dos que profetizam a ressurreição até o dia quando, aos pés do Cristo de Deus, celebrarão a vitória daquele que no Apocalipse diz: “Não tenham medo. Eu tenho as chaves da morte e do inferno”, pois “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último. Sou aquele que vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre!”. Amém.

sábado, 26 de novembro de 2011

A grande falha lógica de Calvino



Jones F. Mendonça

Lecionar teologia da Reforma me obrigou a ler as Institutas, obra magistral do reformador francês João Calvino. Sua teologia, apresentada em quatro livros e 80 capítulos, é desenvolvida em torno da crença na absoluta soberania divina. Ainda que sua teologia não me agrade, é preciso reconhecer, Calvino é lógico, honesto e coerente em quase tudo o que afirma. Em minha opinião, sua grande falha lógica está aqui:
Onde ouves menção da glória de Deus, aí deves pensar em sua justiça. Ora, o que merece louvor tem de ser justo. Portanto, o homem cai porque assim o ordenou a providência de Deus; no entanto, cai por falha sua. [...] Logo, por sua própria malignidade o homem corrompeu a natureza pura que havia recebido do Senhor, e em sua ruína arrastou consigo à ruína toda a posteridade (As Institutas, Livro III, cap. XXIII, sessão 8)
Para Calvino o homem peca porque Deus assim decretou, mas ainda assim é responsável por seus atos maus. Tal "decreto espantoso" não possui explicação, e não cabe ao homem questioná-lo. Surge uma nova pergunta: e Adão, o primeiro homem, também agiu de acordo com os propósitos divinos? Calvino explica: 
O primeiro homem, pois, caiu porque o Senhor assim julgara ser conveniente. Por que ele assim o julgou nos é oculto. Entretanto, é certo que ele não o julgou de outro modo, senão porque via daí ser, com razão, iluminada a glória de seu nome (As Institutas, Livro III, cap. XXIII, sessão 8).
Para fechar, uma última declaração de Calvino (prepare-se): 
Eu concedo mais: os ladrões e os homicidas, e os demais malfeitores, são instrumentos da divina providênciados quais o próprio Senhor se utiliza para executar os juízos que ele mesmo determinou. Nego, no entanto, que daí se deva permitir-lhes qualquer escusa por seus maus feitos (As Institutas, Livro I, Capítulo XVII, seção 5).

Você entende isso?



Em Numinoson Teologia. Divulgação Genizah


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2011/11/grande-falha-logica-de-calvino.html#ixzz1eqfkaidx
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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Crianças Bruxas - Fruto da desgraçada e adoecida Teologia (LIXOLOGIA) da Prosperidade [Parte 2]

A ignorância faz o ser humano cometer atos horríveis como o que você vai ver neste vídeo.

Pastores de igrejas evangélicas na Nigéria estão acusando crianças do país de serem bruxas e levando-as ao abuso e crueldade. O motivo de tal ato parte de suposições de que as crianças estejam enfeitiçadas e sejam "bruxas". 

Os pastores do país prometem um exorcismo que irá livrá-las da maldição, isso tudo mediante pagamento dos familiares. O tratamento leva de três a quatro meses.

As crianças estão sendo abandonadas pelos pais que não possuem dinheiro para a cura, ficando à deriva esperando a morte, isso quando não são espancadas, queimadas, envenenadas, enterradas vivas, amarradas em árvores ou sofrem outros tipos de crueldade.

Estima-se que cerca de 5.000 crianças foram abandonadas desde 1998, e que de cada cinco crianças abandonadas, uma acaba morrendo. As que sobrevivem à punição ficam em estado de choque.



Fonte: http://www.sobrenatural.org/video/detal ... a_nigeria/

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Crianças Bruxas - Fruto da desgraçada e adoecida Teologia (LIXOLOGIA) da Prosperidade [Parte 1]

O ÚLTIMO RELATÓRIO DO LEONARDO, ENVIADO DO CAMINHO À ÁFRICA, PARA QUEM NÃO O RECEBEU:



CAOS NO NIGER DELTA



Apesar de escrever relatórios quase diários do que vem acontecendo aqui na Nigéria sempre tenho em mim um verdadeiro receio de dar muitos detalhes e mesmo assim não conseguir expressar a realidade e complexidade do problema.

Mas, hoje, requer um pouco mais de detalhes para que vocês sintam ou pelo menos percebam o que está acontecendo por aqui.

O desemprego na região é algo alarmante. Não se ouve estatística, mas em toda direção que vou vejo pessoas desesperadas por um trocado que seja para que possam comprar pelo menos um pão;

Policiais fortemente armados pelas estradas dobram o tempo de qualquer percurso com tantas paradas e tantas complicações que arranjam para pedir uma propina e pasmem eu vi uma propina de 200 Nairas (equivalente a R$2,00) deixar dois policiais extremamente satisfeitos. E não pensem que isso aqui vale muito, um cacho de bananas custa 250 Nairas.

Na última terça-feira, a caminho do orfanato James 1:27, vi um homem morto abandonado na beira da rua com seu corpo inteiramente queimado. O odor de carne queimada na rua me causava enjôo. Mais tarde vi quatro rapazes, talvez seus algozes,  que riam enquanto o enterravam a dois metros adentro daquele terreno baldio.

Cheguei ao orfanato James 1:27 para rever as crianças e ver como vai a obra dos dois quartos que pagamos recentemente para serem acabados. É neste orfanato que mantemos a Esther que resgatamos na minha última vinda. Encontrei a maioria das 50 crianças subnutridas vivendo de uma pequena porção diária de farelo de mandioca com água ou às vezes um bocado de feijão. A pequenina Vitória de aproximadamente 4 anos nos implorou por um pedaço de pão. Todas as crianças lá estão sofrendo com uma espécie de sarna na pele e eles não acham a causa do problema.

Suspeita-se dos colchões e/ou pequenos cobertores que não podem ser trocados por falta de condições. A situação é muito triste e carece muito de nosso cuidado. Fiz promessa no nome do Caminho de os ajudarmos mais.

Dois meses atrás a Esther, talvez pela falta de condições no orfanato fugiu de lá e tentou voltar para sua vila.

Nosso time foi tentar encontrá-la e seu padrasto disse que ela havia aparecido por lá mas que lá não estava mais. A Diana entendeu que ela havia sido abandonada novamente e foi procurá-la pelas ruas, a reencontrou aos trapos e a trouxe de volta ao orfanato.  Segundo o pastor do orfanato quando ela chegou e foram dar banho nela viram que ela tinha sido seriamente abusada e sua genitália estava toda desfigurada.

Depois fui rever  as 12 crianças (10 meninos e 2 meninas) que se refugiaram nos cômodos abandonados do antigo orfanato CRARN das quais temos cuidado com alimentos, roupas e ajuda escolar desde junho deste ano através de uma família local que se dispôs a cuidar deles.


Ali também no antigo orfanato encontrei também e pra minha surpresa o escritório reativado com duas ONGs trabalhando em parceria e dizendo que desde setembro tem também cuidado das mesmas crianças dando lhes duas refeições por dia.

Minutos mais tardes as crianças vieram me dizer que elas quase nada recebem daquelas ONGs além de esporadicamente uma porção de farelo de mandioca e percebi que ali não passavam de um grupo de 5 ou 6 funcionários do antigo orfanato desempregados a muito tempo, usando o lugar de fachada para levantar alguns fundos para si próprios. Todas as crianças me pediram que continuasse ajudando elas através da família do Godwin e no fim os meninos literalmente me imploraram por mais uma bola de futebol pois a deles já havia furado a vários dias. No dia seguinte quando retornei com uma bola novinha que havia trazido da Inglaterra a alegria deles foi tão grande que parecia que eu havia lhes realizado um grande sonho.

Depois fui até o orfanato da Salvation Army  (Exército da Salvação) onde mantemos o pequeno Samuel um menininho muito especial que também resgatamos das ruas e pagamos pelo seu cuidado.

Embora eles tenham uma construção invejável com quartos, casas, templo e muita área ao redor hoje só cuidam de 15 crianças e só contam com 4 funcionários por falta de fundos também.

De lá fui procurar a família da dona Mabel que já a mais de uma semana entrou em contato conosco pedindo ajuda. Pediram que fossemos buscar duas crianças que nos espaço de cinco dias foram encontradas  na estrada e que eles não tinham nenhuma condição financeira de cuidar delas.

Chegando lá os conheci. O primeiro que eles haviam encontrado sentado no mato à beira da estrada era o Bassey, um menino de 9 anos bem tímido que não sabe nem exatamente o nome de onde ele morava além do nome da região.


Segundo ele o pai o trouxe e o abandonou na rua. Quando o encontrei ele estava vestindo uma camisa do senhor que o resgatou e estava sem shorts, sem cueca, sem nada. Segundo dona Mabel quando ele foi encontrado estava usando uma roupa literalmente podre, estava extremamente faminto e não fazia idéia de para onde deveria caminhar e por isso sentou ali na estrada e ali ficou.

A segunda criança foi a Favour, aproximadamente 5 aninhos, uma gracinha de menina que não faz idéia do nome do lugar onde ela morava.

Foi também encontrada na beira da estrada com o corpo todo ferido. As marcas estavam espalhadas nas costas e cabeça e se assemelhavam a chicotadas mas ela tentando explicar a causa dizia que foi uma máquina grande e o pessoal acha que ela foi atropelada por algum caminhão e se machucou no asfalto. Por causa da situação em que ela foi encontrada a dona Mabel e seu marido chamaram a polícia que a levou e pelo dialeto dela tentou localizar sua vila, mas não conseguiram e simplesmente a trouxeram de volta. No caso do Bassey na próxima terça-feira a Uduak que trabalha conosco vai passar o dia com ele rodando as vilas de Oron tentando localizar sua vila e família para tentarmos um processo de reconciliação. Mas no caso da pequena Favour não cremos que vamos achar sua família e preciso ainda este fim de semana arranjar um orfanato onde possamos colocá-la e cuidar dela.

Visitei também o que eles chamam de “grande construção da Stepping Stones” e tudo o que vi foi um alicerce realmente bom mas já com muito mato crescendo mostrando a falta de trabalho por ali. Segundo os próprios membros da SSN eles estão com escassez de fundos e isso me disapontou, pois desde o começo do ano os vi deixando as “criancinhas bruxas” meio de lado devido a tanto conflito político com que se envolveram e começaram a desenvolver outros projetos em outros estados e em Gana.

Nas últimas três semanas nosso time resgatou e cuidou do caso de quatro meninos, Samuel (8 anos), Michael (8 anos), David (8 anos) e Israel (6 anos). Samuel está na Salvation Army aos nossos cuidados como já mencionei;  David foi encaminhado ao Ministério do Bem estar da Mulher e Criança; Michael e Israel tiveram suas famílias localizadas e foram ambos reconciliados.

Mas hoje, três horas atrás recebi daqui de Eket más notícias lá de Oron. Michael apareceu quase desmaiando na casa do Chief Medekong com a roupa toda suja de sangue. Quando olharam para ele viram que ele tinha um corte enorme na cabeça.


Rapidamente levaram ele para receber algum socorro, chamaram a polícia e os conduziram até a casa de Michael. Chegando lá abordaram seu pai o qual alegou que seu irmão, tio de Michael, bateu na cabeça dele com uma barra. A polícia encontrou seu tio e ele foi detido aproximadamente uma hora atrás.

Ainda a caminho da base nosso time recebeu uma ligação de Joy , uma funcionária da Stepping Stones, pedindo por ajuda. A mãe dela havia encontrado uma menina de 13 anos chamada Glory  num terreno baldio atrás de um campo de futebol. Ela disse que foi abandonada lá por sua família mas que mora em outra vila. Glory acaba de ser resgatada e vai ficar na nossa base até arranjarmos um orfanato para ela, enquanto tentaremos localizar sua família.

Também visitei as 200 crianças em Uyo ainda no abrigo temporário em que o governo as colocou depois de tê-las retirado do orfanato CRARN. Depois de nossa última visita lá em Julho e das fortes críticas que fizemos ao governo através da mídia eles aparentemente resolveram agir e contrataram mais pessoas para cuidar das crianças, colocaram quase todas em escolas na região, lhe deram uniformes de escola e colocaram uma enfermeira também no abrigo. Assisti as crianças chegarem num ônibus e vi também a cozinheira preparando um caldeirão de sopa de folhas para elas. Foi muito bom revê-las mas certamente ainda falta o mais importante no lugar, amor. As crianças estão mais carentes do que nunca e carecem de tratamento emocional.

No meio e em volta de todo este caos estão as (LITERALMENTE) milhares de “igrejas” pregando a prosperidade e adorando a mamom. Espalhando em cada canto que você olha seus cartazes e folhetos de campanhas cheios de promessas, quase todas ligadas a prosperidade e libertação dos poderes da bruxaria. Outros prometem o milagre do casamento.  A Apóstola Helen  que fez aquele filme desgraçado que infernizou a mente dos nigerianos esta com mais uma campanha prometendo vários milagres entre eles a defesa contra ataques de bruxaria, libertação de pesadelos, falta de promoção no trabalho e impotência financeira.

Enquanto isso os valores familiares e qualquer coisa que se assemelhe ao evangelho de Cristo vão desaparecendo. O inferno vai se instalando. Todo lugar que se olha nas ruas vê-se brigas ou a corrupção do ser. E as crianças continuam a ser consideradas o primeiro fardo a ser abandonado quando a situação fica fora de controle numa família. E são rejeitadas, abusadas e abandonadas o mais distante o possível de casa.

Não tenho perdido uma chance de sentar com pastores aqui tendo longas conversas sobre o EVANGELHO e tenho tido momentos muito bons e marcantes. Com a graça de Deus, a partir de fevereiro vamos colocar o Caio na TV local. Finalmente hoje consegui sentar com a direção de um canal e comecei a acertar os detalhes. Devido ao custo estou encomendando somente meia horinha por semana mas tenho certeza que vai fazer toda a diferença na vida de quem essa mensagem alcançar, assim como tem feito na minha e na sua vida.

Nestes dois anos a única coisa que vi melhorar por aqui

e mesmo assim muito lentamente

foi uma  estrada que liga um caos a outro caos

e a empresa de petróleo ao aeroporto.

Que permaneçamos todos juntos e firmes nessa batalha.

Beijo em todos.

Leo Santos

Eket, Niger Delta - Nigéria

18/11/2011

Um convite à doce Revolução ... Vem e Vê!!!



O Evangelho é a certeza de que Deus, em Cristo, se reconciliou com o mundo!

O REINO É SIMPLES!

O Evangelho é a certeza de que Deus, em Cristo, se reconciliou com o mundo!

Um convite à Doce Revolução... Vem e vê!


Artigo 1 – Fica decretado que agora não há mais nenhuma condenação para quem está em Jesus, pois, o Espírito da Vida em Cristo, livra o homem de toda culpa para sempre.

Artigo 2 – Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive os Sábados e Domingos, carregam consigo o amanhecer do Dia Chamado Hoje, por isso qualquer homem terá sempre mais valor que as obrigações de qualquer religião.

Artigo 3 – Fica decretado que a partir deste momento haverá videiras, e que seus vinhos podem ser bebidos; olivais, e que com seus azeites todos podem ser ungidos; mangueiras e mangas de todos os tipos, e que com elas todo homem pode se lambuzar.

Parágrafo do Momento: Todas as flores serão de esperança; pois que todas as cores, inclusive o preto, serão cores de esperança ante o olhar de quem souber apreciar. Nenhuma cor simbolizará mais o bem ou o mal, mas apenas seu próprio tom, pois, o que daí passar estará sempre no olhar de quem vê.

Artigo 4 – Fica decretado que o homem não julgará mais o homem, e que cada um respeitará seu próximo como o Rio Negro respeita suas diferenças com o Solimões, visto que com ele se encontra para correrem juntos o mesmo curso até o encontro com o Mar.

Parágrafo que nada pára: O homem dará liberdade ao homem assim como a águia dá liberdade para seu filhote voar.

Artigo 5 – Fica decretado que os homens estão livres e que nunca mais nenhum homem será diferente de outro homem por causa de qualquer Causa. Todas as mordaças serão transformadas em ataduras para que sejam curadas as feridas provocadas pela tirania do silencio. A alegria do homem será o prazer de ser quem é para Aquele que o fez, e para todo aquele que encontre em seu caminhar.

Artigo 6 – Fica ordenado, por mais tempo que o tempo possa medir, que todos os povos da Terra serão um só povo, e que todos trarão as oferendas da Gratidão para a Praça da Nova Jerusalém.

Artigo 7 – Pelas virtudes da Cruz fica estabelecido que mesmo o mais injusto dos homens que se arrependa de seus maus caminhos, terá acesso à Arvore da Vida, por suas folhas será curado, e dela se alimentará por toda a eternidade.

Artigo 8 – Está decretado que pela força da Ressurreição nunca mais nenhum homem apresentará a Deus a culpa de outro homem, rogando com ódio as bênçãos da maldição. Pois todo escrito de dívidas que havia contra o homem foi rasgado, e assustados para sempre ficaram os acusadores da maldade.

Parágrafo único: Cada um aprenderá a cuidar em paz de seu próprio coração.

Artigo 9 – Fica permanentemente esclarecido, com a Luz do Sol da Justiça, que somente Deus sabe o que se passa na alma de um homem. Portanto, cada consciência saiba de si mesma diante de Deus, pois para sempre todas as coisas são lícitas, e a sabedoria será sempre saber o que convém.

Artigo 10 – Fica avisado ao mundo que os únicos trajes que vestem bem o homem diante de Deus não são feitos com pano, mas com Sangue; e que os que se vestem com as Roupas do Sangue estão cobertos mesmo quando andam nus.

Parágrafo certo: A única nudez que será castigada será a da presunção daquele que se pensa por si mesmo vestido.

Artigo 11 – Fica para sempre discernido como verdade que nada é belo sem amor, e que o olhar de quem não ama jamais enxergará qualquer beleza em nenhum lugar, nem mesmo no Paraíso ou no fundo do Mar.

Artigo 12 – Está permanentemente decretado o convívio entre todos os seres, por isso, nada é feio, nem mesmo fazer amizades com gorilas ou chamar de minha amiga a sucuri dos igapós. Até a “comigo ninguém pode” está liberta para ser somente a bela planta que é.

Parágrafo da vida: Uma única coisa está para sempre proibida: tentar ser quem não se é.

Artigo 13 – Fica ordenado que nunca mais se oferecerá nenhuma Graça em troca de nada, e que o dinheiro perderá qualquer importância nos cultos do homem. Os gasofilácios se transformarão em baús de boas recordações; e todo dinheiro em circulação será passado com tanta leveza e bondade que a mão esquerda não ficará sabendo o que a direita fez com ele.

Artigo 14 – Fica estabelecido que todo aquele que mentir em nome de Deus vomitará suas próprias mentiras, e delas se alimentará como o camelo, até que decida apenas glorificar a Deus com a verdade do coração.

Artigo 15 – Nunca mais ninguém usará a frase “Deus pensa”, pois, de uma vez e para sempre, está estabelecido que o homem não sabe o que Deus pensa.

Artigo 16 – Estabelecido está que a Palavra de Deus não pode ser nem comprada e nem vendida, pois cada um aprenderá que a Palavra é livre como o Vento e poderosa como o Mar.

Artigo 17 – Permite-se para sempre que onde quer que dois ou três invoquem o Nome em harmonia, nesse lugar nasça uma Catedral, mesmo que esteja coberta pelas folhas de um bananal.

Artigo 18 – Fica proibido o uso do Nome de Jesus por qualquer homem que o faça para exercer poder sobre seu próximo; e que melhor que a insinceridade é o silencio. Daqui para frente nenhum homem dirá “o Senhor me falou para dizer isto a ti”, pois, Deus mesmo falará à consciência de cada um. Todos os homens e mulheres que crêem serão iguais, e ninguém jamais demandará do próximo submissão, mas apenas reconhecerá o seu direito de livremente ser e amar.

Artigo 19 – Fica permitido o delírio dos profetas e todas as utopias estão agora instituídas como a mais pura realidade.

Artigo 20 – Amém!

Caio e tantos quantos creiam que uma revolução não precisa ser sem poesia.

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Amados, “nossa tentativa é de experimentar, provar e viver o eterno Vinho Novo em Odres Novos! Isso porque existem muitos Odres Antigos, que são só odres, são só ‘containers’, eles não fazem parte do conteúdo do Evangelho.

O Evangelho é o Vinho, o resto é apenas, generacional, tem a ver com o tempo, com a hora, com a ocasião. Só que nós, cristãos, acabamos institucionalizando o Odre, e o Odre ganhou uma importância tão grande, que a gente briga, mata e morre pelo Odre, mas não tem ninguém interessado com a qualidade do Vinho! E se é assim, nós não estamos aqui para repetir os modelos de Odres que existem, mas estamos pedindo a Deus que não nos falte o conteúdo do Vinho Novo do Evangelho para pacificar o coração de cada um, em nome de Jesus.”

Agora é com todo aquele que crê!

Não adianta brigar contra a Potestade da Religião. Ela se alimenta da briga contra ela. Sim! O ódio a alimenta e a rejeição a fortalece em seus ódios. Assim, é deixá-la! Pois, a única coisa que pode ajudá-la é justamente o ser deixada só.

Quem ama o Senhor, que ame os irmãos; e que não fique reclamando da “igreja”, nem perdendo tempo com ela e sua brigas sem fim, mas, dedique-se a pastorear as ovelhas e cordeiros de Jesus, conforme Ele disse a Pedro que fizesse.

Sim! Quem ama o Senhor e Sua Palavra, reúna os parentes e amigos e comece a adorar a Deus com eles, estudando e crendo na Palavra, orando uns pelos outros, não se intrometendo nas vidas uns dos outros, mas também não permitindo abusos de uns para com os outros, posto que o Caminho é de Graça, Amor e Perdão; e não a espinhenta vereda da disputa, da supremacia e do abuso; posto que a Graça jamais será a Graxa dos descomprometidos.

Se alguém ouvir e crer; e levantar-se para a Vida em nome de Jesus, esse é membro da Doce Revolução.

Ora, só não vê quem não quer. Pois a Figueira está dando todos os sinais de que o Verão está às portas.

Nele, que nos chama a nada que não transforme segundo o Evangelho.

Em amor.

Caio Fábio

terça-feira, 22 de novembro de 2011

John Piper - Deus é melhor do que sexo!!!


Uma das razões porque a igreja e a sociedade estão cobertas em luxúria, pornografia e todo tipo de perversão sexual é porque estamos intelectualmente e emocionalmente desconectados da chocante, deslumbrante, divina e absolutamente impressionante Grandeza.




Por John Piper. © Desiring God. Website:desiringGod.org
Tradução e Legenda: voltemosaoevangelho.com
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Origem do termo Intelligentsia

Bem, este post destina-se a definição do meu do meu blog, aos críticos ignorantes como a comentarista, crente alienada Patty Gold, este é específico para ela e também para quem tem curiosidade a origem do termo.
Inicialmente, o termo intelligentsia ou intelligentzia, não tem a se relaciona diretamente com o vocábulo inteligência. Pronuncia-se “IntelligenTSÍA”.
Este vocábulo conheci no livro Ortodoxia de G. K. Chesterton, referindo a definição de Isaiah Berlin.
Bem, o texto abaixo pode elucidar uma maior clareza sobre a origem e definição do termo.
Origem do termo Intelligentsía
O termo intelligentsia ou intelligentzia (do russo:[1][2] интеллигенция, do latim: intelligentia) usualmente refere-se a uma categoria ou grupo de pessoas engajadas em trabalho intelectual complexo e criativo direcionado ao desenvolvimento e disseminação da cultura, abrangendo trabalhadores intelectuais.
A origem do termo é controversa, tendo sido usado para a identificação de intelectuais que aparecem simultaneamente em contextos políticos distintos (na Rússia, na Polônia e na Alemanha), no século XIX. Em geral, atribui-se a invenção do termo a Piotr Boborykin, por volta de 1860. Mas Richard Pipes constata o uso do termo intelligentz na Alemanha, em 1849, para designar o mesmo fenômeno, isto é, um grupo distinto do resto da sociedade por sua educação e atitudes progressistas.[3] Já segundo Wacław Lednicki, o termo foi usado na literatura russa, por Belinsky (ele próprio um dos membros da intelligentsia russa) já utilizara o termo em 1846. Na Rússia, o movimento da intelligentsia teve início em 1840, e pretendia a reconstrução da sociedade sobre bases racionais: substituição do absolutismo dos czares por um sistema político constitucional, o fim da servidão e a defesa dos direitos fundamentais do homem.[4]
Alexander Gella, por seu turno, afirma que o termo teria sido empregado pela primeira vez na literatura polonesa, pelo filósofo e ativista Karol Libelt, em 1844, [5] em um de seus livros (Filozofia i krytyka, "Filosofia e Crítica").
A princípio, a palavra tinha um sentido restrito, baseado na autodefinição de uma certa categoria de intelectuais. Posteriormente, passou a ser empregada para designar coisas diferentes: tanto o conjunto dos intelectuais de um dado país, como os grupos mais restritos de intelectuais que se fazem notar por sua capacidade de fornecer uma visão compreensiva do mundo, por sua criatividade ou por suas atividades direta ou indiretamente políticas[6].
Isaiah Berlin refere-se à intelligentsia como um grupo de pensadores que se vêm a si próprios em oposição direta a um regime irracional e opressivo e que se unem, não apenas pela oposição a tal regime, mas por um comprometimento com o pensamento racional e com o progresso social e intelectual, pela profunda crença em valores tais como liberdade individual, as liberdades civis e a busca da verdade - e portanto oposição ao governo estabelecido, às igrejas estabelecidas, à tradição e a todo tipo que se acredite como irracionalidade. [7].


Referências

  1. Intelligentsia. Merriam-Webster Online
  2. Etymological definition of words derived from Latin word "intelligentia"
  3. PIPES, Richard (ed.). The Russian Intelligentsia. New York, Columbia University Press, 1961.
  4. Help - "Sistema de consulta interativa - Estadão", p. 157. Editora Klick. São Paulo (1995).
  5. GELLA, Alexander (ed.). The Intelligentsia and the Intellectuals - Theory, Method and Case Study. Londres, Sage Studies in International Sociology, 1976, p. 12, apud PODGÓRECKI, Adam e ŁOS, Maria. Multi-dimensional sociology. London: Routledge, Taylor & Francis Group, 1979.
  6. MANNHEIM, Karl. Ideology and Utopia. New York, Harvest Books, 1936; LIPSET, Seymor M. & DOBSON, Richard. "The Intellectual as Critical and Rebel". Daedalus, summer, 1972; SHILS, Edward. The Intellectuals and the Powers - and Other Essays. Chicago, The University of Chicago Press, 1972.
  7. Carta de Isaiah Berlin a Adam Podgórecki. In PODGÓRECKI, Adam e e ŁOS, Maria op. cit., p. 315 

Fonte: Wikipedia

sábado, 19 de novembro de 2011

Cristo, nossa Vitória!

Em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.  (Romanos 8:37)
Você não se sente encorajado ao ler estas palavras de vitória? Provavelmente, não existe texto bíblico melhor para falar disto do que Romanos 8. Vamos ver um pouco do que Paulo fala. Ele primeiro pergunta: “Quem nos separará do amor de Cristo?” e até dá algumas possíveis respostas: “Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?” (v. 35). Ele chega a declarar que os crentes, por amor a Jesus, enfrentam “a morte todos os dias”, sendo “considerados como ovelhas destinadas ao matadouro” (v. 36). Depois destas fortes declarações sobre sofrimento, Paulo vem com a bombástica declaração: “em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou [Jesus]” (v. 37). Por meio de Jesus, somos mais que vencedores “em todas estas coisas”. Preste atenção! Em todas estas coisas e não “por cima dessas coisas”. Ou seja, Paulo está falando que em Cristo Jesus somos mais que vencedores mesmo passando por tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, ou morte por espada.
“Calma aí? Como assim? Pensei que ser mais que vencedor era ter uma fé tão forte ao ponto de não passar fome, mas ter a abundância do Senhor; não ter angústia, mas viver uma vida confortável. Como assim Paulo? Isso parece mais derrota. Como somos vitoriosos em meio a tanta aparente derrota?”
Paulo declara que isso é “por que… nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (v. 38,39). Nossa vitória está no fato de o sofrimento de todos os dias não serem capazes de nos separar de Cristo, e não por estarmos isentos de aflições. Pelo contrário, Paulo nos diz que por amor a Jesus enfrentamos a morte diariamente.
“Mas… mas… Eu tenho ouvido pregações sobre vitória, cantado músicas que falam de sucesso e lido livros sobre ser um campeão que não vive uma vida sofrida. Me disseram que se eu tivesse fé suficiente eu ia ser rico e nunca ficar doente. Eu sei, eu não sou rico e fico doente, mas isso é porque eu não tenho uma fé tão forte como a do profeta.”
Bom, eu acho que você vai concordar comigo que Paulo provavelmente era um homem de fé. Se você ler 2 Coríntios 11 verá ele contando sobre a vida dele e dos sofrimentos que passou. Ele diz que levou varadas e pedradas, passou por três naufrágios, passou fome e sede e muitas vezes sentiu frio e estava nu. Será que Paulo se esqueceu de declarar que ele era mais que vencedor? Será que ele não teve fé para profetizar riquezas? Será que ele não seguiu algum princípio bíblico para uma vida plena? É óbvio que o problema não era em Paulo.
“Tudo bem. Mas Paulo era um apóstolo. Eu não preciso sofrer por Cristo, preciso?”
Lembra que Paulo disse: “Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias”. Será que você ama a Jesus ao ponto de considerar Ele como seu Tesouro mais preciso e abandonar tudo por Ele? Será que você valoriza Cristo como mais precioso que saúde e riquezas? O autor de Hebreus nos faz o seguinte convite: “Saiamos até ele, fora do acampamento [do conforto], suportando a desonra que ele suportou”.
Você está pronto, a por amor a Jesus, enfrentar a morte todos os dias, desprezando as riquezas deste mundo? Ou você vai, por amor ao dinheiro, usar Jesus como seu cheque em branco?
Quero convidá-lo a ser verdadeiramente mais que vencedor em Cristo Jesus, passando por todo tipo de sofrimento por amor a Ele, sabendo que nada jamais irá separá-lo do seu verdadeiro Tesouro: Jesus.

Por www.voltemosaoevangelho.com/blog

A Inconveniência de Encarnar o Evangelho numa Sociedade Baseada na Conveniência

Fé Self-Service

Carlos Moreira

"Estamos acostumados ao sacrifício do ideal sobre o altar da conveniência e do ganho imediato". Stuart Holden.

Introdução

Você já imaginou como seria a vida humana sem algumas invenções surgidas, sobretudo, a partir da modernidade? Você conseguiria, por exemplo, imaginar viver sem energia elétrica? Sem água encanada? Sem refrigerador? O que seria de nós se vivêssemos sem ar-condicionado, carro ou elevador?

Tenho absoluta certeza de que, para muitos, a vida seria insustentável se não houvesse telefone celular, internet, shopping center, televisão ou CD player? Na verdade, a lista de indispensáveis que são supérfluos é interminável. E por que digo isto? Por que toda a civilização humana que viveu antes de nós não tinha nenhumas destas coisas.

O sociólogo francês Alain Touraine, afirma que nós "vivemos numa sociedade de consumo, onde as mercadorias passaram a mediar nossas relações formando uma sociedade que vive a "modernidade triunfante". A emergência dessa sociedade de consumo é fruto dos avanços e das mudanças que o mundo sofreu, principalmente, no século XX. Neste contexto, afirma, é possível se experimentar a satisfação imediata de quaisquer que sejam as nossas necessidades, desde que se pague por isso.

Um dos teóricos que influenciou Touraine foi Karl Marx que, por sua vez, já afirmava em suas análises sobre o que designou chamar de materialismo dialético, ainda no século XIX, que "a produção é, pois, imediatamente consumo; o consumo é, imediatamente, produção...". Pois bem, o resultado de todo este avanço tecnológico e científico provocou o surgimento do fenômeno que está sendo denominado de: “sociedade da conveniência”.

A Vida Baseada na Conveniência

Viver nos grandes centros urbanos tornou-se tarefa extremamente difícil. Convivemos diariamente com engarrafamentos, violência, poluição, serviços governamentais de péssima qualidade, dentre outras questões insuportáveis. Em busca do lucro, empresas almejam fazer mais com menos. As pessoas estão assoberbadas, com agendas intermináveis, reuniões, metas a serem batidas, busca pela qualificação, concorrência. São tantas demandas que cada vez mais aumentam os casos dos que, sem estrutura emocional e psíquica para suportar tais pressões, acabam adoecendo.

Fato é que nos tornamos, além da sociedade do consumo, a sociedade da depressão, da ansiedade, do pânico, das doenças psicossomáticas. Ganhamos dinheiro para gastá-lo no consultório do analista; vivemos anestesiados por diasepínicos e ansiolíticos. Sobre isto, bem citou George Calim, escritor americano, "temos acrescentado anos a nossa vida e não vida aos nossos anos".

Supostamente, para minimizar – ou seria melhor dizer anestesiar – todos estes impactos, surgiu o conceito da conveniência. A conveniência existe para você se sentir único, exclusivo, singular. Ela exalta o conforto, a facilidade, a praticidade. Seu alvo é fazer você economizar tempo, evitar transtornos, fugir de desgastes desnecessários.

Viver na sociedade da conveniência é possuir tudo a mão: a comida solicitada por telefone com entrega imediata, a loja aberta 24 horas com produtos de utilidade doméstica, serviços prestados com hora marcada, manobrista no restaurante, pet shop para o seu cão, banco pela internet, TV por assinatura, quiosques dos bancos em lugares de fácil acesso, até flores você pede por telefone e paga com cartão de crédito!
Conseqüências e Desdobramentos Inevitáveis

O problema de se viver numa cultura que minimiza o esforço, que dilui a perseverança, que nos dá a falsa sensação de que o mundo gira em torno de nós, é o surgimento de uma geração de pessoas acomodadas, letárgicas, preguiçosas, descompromissadas, que vivem na zona de conforto, que não se mobilizam, que não protestam, não se sentem responsáveis por nada nem ninguém que não esteja diretamente ligado a si.

Pouco importa o destino do planeta, ou a dor dos necessitados. Pouco importa a miséria, a opressão, a injustiça, pois, a única coisa que importa, é que meu conforto e as minhas conveniências sejam supridos.

Como pastor, ouvindo pessoas todos os dias, observo que este estilo de vida, que vicia e produz dependência, moveu-se das questões econômicas e acabou por instalar-se nas dinâmicas da espiritualidade humana. Vivemos hoje o que posso denominar de uma “espiritualidade baseada na conveniência”.

A igreja de nossos dias tem dificuldade de entender a proposta de Jesus. “Vinho novo em odres novos”, ou seja, uma consciência ressignificada em busca de construir uma espiritualidade consciente, conseqüente e sustentável!

As igrejas estão cheias de pessoas vazias! A religião, bem afirmou Marx, tornou-se alienação. Nietzsche estava certo ao afirmar, ainda no século XIX, que nós matamos Deus! Sim, sepultamos o sagrado em nossas liturgias ocas, em nossos ritos de ocasião, tentamos aprisionar Deus com nossos dogmas, transformamos a fé em um discurso desassociado da prática, cauterizamos nossa consciência e, como conseqüência, nosso coração petrificou-se.

Os Fenômenos Surgidos a Partir da Espiritualidade Baseada na Conveniência

Na minha percepção, existem pelo menos três fenômenos produzidos a partir deste modelo de espiritualidade baseada na conveniência.

O primeiro é a possibilidade de construção de uma “fé self-service”. A quantidade de informação disponível em nossos dias é algo sem precedentes. As pessoas, em sua ânsia e desespero de ter suas necessidades atendidas, buscam satisfazer seus desejos em qualquer lugar, ouvindo qualquer pessoa, desde que isto vá de encontro as suas necessidades. Elas não se fixam em uma comunidade, sob orientação de um pastor, mas vivem pulando de “galho em galho” atrás de algo que seja “inusitado”, “diferente”.
É assim que surge a “fé self-service”. Ela nada mais é do que a “costura” de um conjunto de doutrinas desconexas, sincretizadas a partir da teologia pregada por várias denominações. O “fiel” vai juntando as partes do “quebra-cabeça” a partir daquilo que entende, e não daquilo que, na verdade, as Escrituras afirmam. Ele vai hoje aqui, amanhã ali, depois acolá; é um “culto de poder”, um “profeta famoso”, um “missionário de sucesso”, é a leitura de um livro “poderoso”, o programa de TV “ungido” e, com tanta informação desencontrada em sua mente, acaba criando uma “fé Frankenstein”, um monstro que tomou vida a partir de conteúdos “enxertados, cortados e costurados” em sua consciência.

A “fé self-service”, todavia, possui uma grande “vantagem”: o indivíduo pode fazer aquilo que deseja, pois sua vida passa a ser regida por uma “sopa” de doutrinas exercitadas de tal forma a lhe satisfazer os desejos. Com a consciência anestesiada, e sem qualquer discernimento espiritual, ele vai levando, como diria o Chico, só não sei onde vai parar...!

O segundo fenômeno que percebo é o surgimento da “Igreja Commoditizada”. Do que se trata? Bem, segundo o Wikipédia, “uma commmodity é algo relacionado aos produtos de base em estado bruto (matérias-primas)... de qualidade quase uniforme, produzidos em grandes quantidades e por diferentes produtores”.
E como isso se aplica as igrejas? É simples! As igrejas, apesar das inúmeras denominações (produtores), tornaram-se lugares muito parecidos, uniformizados, com cultos e programas muito semelhantes (matérias-primas). Desta forma, o “crente” acaba não tendo muitas opções, fica obrigado a “beber” o “sopão” que está sendo oferecido. Mas lembre-se: estas pessoas estão acostumadas à conveniência, a serem tratadas de forma singular, exclusiva, diferenciada. E é aí que o “bicho pega”!...

Na intenção de atrair o “crente-cliente”, as igrejas buscam diferenciar-se uma das outras através de estratégias as mais bizarras possíveis. São cultos de catarse, exorcismo com direito a entrevista com o capeta, “curas e milagres” ao vivo, louvor com “cantores gospel”, “pregadores famosos”, e tudo o mais que possa diferenciar uma “loja religiosa” da outra. Sim, porque nestes lugares, o que se tem é um “balcão de prestação de serviço”, não uma comunidade de fé! Quanto mais “atrativa” for à programação, tanto maior será a possibilidade de atrair os “fiéis”, afinal, não esqueçamos, eles estão atrás de conveniência!        
Finalmente, o terceiro fenômeno que observo é aquele que produz uma relação com Deus no modelo “on-demand”. O conceito de on-demandsurgiu a partir do mundo da tecnologia para permitir a contratação de produtos e serviços conforme a demanda das pessoas, ou seja, você adquire algo na medida certa, que se adéque a sua necessidade. Um exemplo disto são os pacotes oferecidos pelas operadoras de telefonia celular, com opções das mais diversas para os clientes.

Uma relação com Deus baseada no modelo on-demand é aquela na qual a divindade está a serviço da criatura. Deus passa a ser uma espécie de gênio da lâmpada e é acionado sempre que surge uma crise ou quando se quer resolver algo. Deus torna-se um office- boy, ele existe para dar conta de nossas demandas existenciais, por em ordem nossas desordens, aplacar nossas culpas, aliviar nossas dores, perdoar nossos pecados, abrir portas fechadas, tudo conforme a demanda, tudo conforme aquilo que precisamos.  

Conclusão

Num tempo onde a espiritualidade humana se desenvolve baseada em uma fé self-service, as igrejas, commoditizadas, buscam promover “atrações” e “efeitos especiais” par atrair os “fiéis”, e a relação pessoal com Deus está baseada num modelo on-demand, o que podemos esperar?
Conversando com o ministro de música de nossa comunidade, ele me falou do Cristão 3"S". Você conhece este tipo? Os 3"S" significam: salvo, sentado e satisfeito! Triste, mas real. Na sociedade da conveniência, quem está salvo não precisa fazer mais nada, por isso pode ficar sentado, apenas assistindo, e quem está sentado, numa igreja que transformou o culto num espetáculo do Cirque Du Soleil, tem é que estar mais do que satisfeito!

Por tudo isto, constatamos o quão inconveniente é encarnar o Evangelho numa sociedade que está baseada na conveniência. A questão central é que a mensagem de Jesus exige, justamente, a renúncia, a abnegação, o compromisso, o negar-se a si mesmo, o tomar a sua cruz. Isto, obviamente, requer o abrir a consciência para os conteúdos da mensagem do Nazareno, permitir que o caráter de Cristo seja esculpido em nosso caráter. Em resumo, dá trabalho, e leva tempo, ou seja, não é conveniente...   

Diante de tudo isto, só tenho uma coisa a dizer: Maranata! Vem Senhor Jesus!    

O bobó pentecostal de Silas Malafaia e o cai - cai




O vídeo é mais do mesmo: 

Silas Malafaia entortando a lógica, a Palavra e os fatos a seu favor. 

Não vou comentar o seu ataque às barbaridades declaradas pelo Edir Macedo, até porque seria chover noencharcado. Malafaia só está repetindo a mesma canção batida que muitos – incluindo este editor – já cantaram esta semana. Macedo está abaixo da crítica. 

Uma coisa boa, contudo, deriva das declarações de Malafaia. A proposição do direito do crente de ser defensor da sã doutrina e julgar o que diz o seu irmão, segundo a reta justiça. Malafaia, enfim, entendeu que o cristão não apenas pode refutar heresias defendidas por líderes como, de fato, somos mesmo obrigados a apontar o erro e elucidar nossos irmãos evitando que os mesmos se desviem da sã doutrina. Ou como está dito em Tito 1 “encorajar outros pela sã doutrina e refutar os que se opõem a ela.

Valendo esta orientação, inclusive, para as trapaças perpetradas pelo próprio Silas Malafaia na TV, baseadas na maldita confissão positiva. Ou ainda como fez o próprio Lutero, quando a igreja católica aplicava os seus golpes nos plebeus desde muito antes do raiar do século XVI, quando a turma começou a se coçar com a situação de exploração econômica da fé. 

Vamos guardar esta fita Malafaia!




Agora, vamos tocar no nervo pseudo pentecostal:

Malafaia perdeu o norte de vez. Para atacar Edir Macedo, Silas decide enterrar o resto da sua teologia e sair em defesa do ”cair no espirito” , do reteté importado do falso profeta Benny Hinn.

Defender o "cair no espírito" com a argumentação do experimentalismo paraguaio do Benny Hinn; jogar camarão e ensaboar tudo em dendê e confissão positiva; incorporar bíblia de 911,00 reais e amendoim; saltear com unção financeira, maldição hereditária, mandioca e demônios territoriais; e deixar ferver com quiabo e coentro; e depois chamar isto de pentecostalismo?!?!

Faça-me o favor Malafaia! 
Respeite a teologia pentecostal!

Joga logo uma pá de pimenta dedo-de-moça e chama a gororoba de bobó teológico quente!

Uma vergonha para os pentecostais!

Pois agora o paletó entrou na Bíblia e o argumento “se cai e levanta curado, então é de Deus” está valendo?

Lá na sua igreja você deixa esta baderna? Só se for agora, antes não era assim não!

O dominó ungido canadense

Malafaia começa contando a estorinha de quando conheceu o fenômeno do “caimento” e dizendo que este negócio de ser derrubado pelo "espirito de deus" era uma coisa nova para ele.

Definitivamente, nova.

Para alguém com grande conhecimento bíblico, como ele e, na época, com mais de 20 anos de ministério pastoral pentecostal, o novo bem merecia outro nome: modismo.

Contudo, mesmo conhecendo a Palavra, resolveu fazer um passeio ao circo do Benny Hinn em Toronto – já provado fraude de hipnose, diga-se – e neste estádio conhecer o tal “espirito derrubativo”.

E lá tendo visto milhares de pessoas “caírem no espirito” ao comando de Hinn, se convenceu de que isto era de “deus”. Ato contínuo, jogou no lixo a primeira carta do apóstolo Paulo aos Coríntios, onde no capítulo 12, esta dito que as manifestações do Espírito são para aquilo que for útil para a igreja e discerniu que a sua diversão e a de Jabes Alencar eram a utilidade necessária para vaticinar o fenômeno como sendo santo.

Pergunta: Alguém pode me oferecer alguma utilidade do Reino para o tal dominó humano? Não vos parece que este povo já saiu de casa com o intuito de presenciar e quem sabe participar desta experiência espiritual? Seria da natureza do Espirito Santo fazer algazarra com o intuito de divertir a igreja? Alguém em sã consciência pode comparar o que se vê no vídeo desta matéria com o santo relato de pentecoste das Sagradas Escrituras?

Veja a seguir o vídeo da rave que Malafaia e Alencar foram conhecer e julguem vocês mesmos: 





A Teologia de Tim Maiafaia 

Argumento brilhante de Malafaia:

- Não me pergunte por que alguém cai. Basta saber que cai e se levanta curado, restaurado, falando em línguas estranhas... É de Deus. 

- Muito bereano, não é mesmo? 

Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Gálatas 1:8

Como se o demônio também não andasse fazendo os seus milagres nos centros de umbanda, nas operações espirituais e pelas mãos dos feiticeiros, vindos diretos da raiz de Balaão...

Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. 1 João 4:1

Como se a Bíblia não nos alertasse disto e ainda nos dissesse que isto tudo acontece com a permissão do próprio Deus

Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça. [2Ts.2:10-12]

O grande argumento de Malafaia:

- O vento sopra para onde quer. Ninguém segura o Espírito Santo.

Veio daqui, não foi Malafaia?

O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. João 3:8

- E o contexto e a orientação são estas mesmas?! Exejegue! Virou festa no AP, Malafaia?! 
Dai por diante, entendido da sua forma , está aberta a temporada de caça à sã doutrina.

Vale tudo!
Vale o que vier.
Vale o que quiser.
Só não vale cair homem com homem.
(Olha a Pl 122 ai!)
E nem deixar de ser meu patrocinador!
O resto vale!
Murdock!


Pois se nem mesmo o Senhor Jesus retirou uma linha sequer das Sagradas Escrituras e, Ele mesmo, cumpriu todas as profecias... 

E se fomos orientados a ter nas Sagradas Escrituras a nossa bússola... Foi-se o eixo da terra? 

A agulha virou biruta, a bússola é ventilador?! 

Vamos semear na horta do Malafaia que ele é profeta de Deus, rasgou a Bíblia e esta escrevendo a sua própria, em um canto escuro de um teatro de revista em Toronto, em meio ao show de um mágico hipnotizador! 

Então, senhor Malafaia. Vamos fazer diferente: Ao invés de soltar impropérios pela TV e jogar versículos fora de contexto no ventilador, que tal verificar episódios de queda nas Sagradas Escrituras e comparar com as meninices do senhor Hinn? Vejamos:


Para início de conversa, até onde eu sei, todos os que caiam diante da Gloria de Deus, sempre que mencionado, caiam em adoração. De costas, como vemos no vídeo ai do Tio Benny, temos os caídos por juízo.Ou seja: Eis ai um estádio cheio de zombadores, gente caída, que deve se arrepender por suas iniquidades.

Seguindo o enterro e lembrando de ti, o primeiro boa noite cinderela bíblico que me ocorre foi o dado em Judas e seu cortejo (quando vinham buscar o Senhor Jesus). E quem deu o foi o próprio Senhor:

João 18 3 Tendo, pois, Judas tomado a coorte e uns guardas da parte dos principais sacerdotes e fariseus, chegou ali com lanternas archotes e armas. 4 Sabendo, pois, Jesus tudo o que lhe havia de suceder, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais? 5 Responderam-lhe: A Jesus, o nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, também estava com eles. 6 Quando Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra.

Queda santa esta, não Malafaia? Igual a queda destas picaretas traidores do Evangelho que derrubam com paletó em meio a idólatras analfabetos e caçadores de pequenas emoções! Vendedores da Verdade por 911 moedas de real.


Você falou no vídeo de pessoas caindo transformadas... Você pode ver vidas transformadas pelo Espírito Santo nestas ridículas demonstrações, senhor Malafaia?

Vou te falar de uma queda bíblica que realmente transformou alguém:

Saulo caiu. Na estrada para Damasco. Caiu com trovão, clarão, terremoto e o escambau. Quase morreu. Ficou até cego e acordou outro, regenerado. Caiu para ser digno do Senhor e servi-lo como Paulo, o apóstolo dos gentios.

Malafaia, eu tenho nas Sagradas Escrituras a minha única fonte de orientação e lá, quando o Senhor dos Exércitos decide derrubar alguém para transformá-lo, é para usá-lo. É radical! Não é para darshowzinho em reteté não, meu filho! 



Agora, meu caro teólogo macarrônico, o que eu posso ler muito nas Sagradas Escrituras é o Senhor derrubando por juízo:

Saul caiu. Nem podia se mexer. Nada de música inebriante tocando, ou lenço ungido para cobri-lo. Caiu por justiça de Deus, para que não pudesse matar David (1 Sm 19). Ficou detonado um dia e uma noite e peladão!

Outro que caiu foi Balaão (Nm 24:4), grande feiticeiro da antiguidade de quem você e Edir Macedo são descendentes. Um cabra ruim TODO, que foi tão arredio ao que era o bem que Deus teve de usar a mula dele para fazê-lo ver que não podia fazer um super despacho contra o povo de Deus. 

Outros dois que caíram feio por juízo de Deus foram Ananias e Safira. Foram querer roubar a Deus e ainda dar testemunho diante de uma igreja cheia do Espirito Santo. Pronto! Caíram mortinhos da silva.

Estas pessoas caíram estateladas, de costas para o chão. Igual ao tolos ai do video! 

Então, me diga Malacraia: O que mais estes episódios têm em comum com estas “quedinhas” de paletó e bafo de gringo? 
Também se pode ler sobre muita gente caindo diante de manifestações da Glória de Deus, que se diga, não era na queda em si, mas a queda ocorria porque as pessoas não se aquentavam de pé diante do poder que se manifestava em grande eloquência e maravilhas visíveis nestes momentos. (2 Crônicas 5:14, Ex 40:34 Ezequiel (1:28; 44:4; 3:23) e mais umas três ou quatro passagens. 

E sabe do melhor Malafaia: O povo caia prostrado em tremor e temor. Quem podia, ralava peito, caia fora! (Dn 10:7). Não faziam fila para cair em estádios canadenses para experimentar quedinhas em meio ao delírio coletivo orquestrado por um mágico Elimas moderno. Não era programinha de fim de semana não! Os que caiam, malandro, também não caiam para trás feitos estes palhações que você defende. Davam com seu rosto no chão (Daniel 8:17), no pó. 


Tu já foi melhor Malafaia! Tu tá fraco cara! 


Danilo Fernandes, para o Genizah