Atenção seguidores do twitter, irmãos da Igreja e amigos do Facebook, vamos combinar uma coisa:
Eu faço de conta que não pedi nada a vocês, e vocês fazem de conta que não ouviram nada.
Vocês fazem de conta que foi iniciativa espontânea e acessam o site do Troféu Promessas. Aí vocês votam tipo 50 ou 100 vezes cada um pra fazer de conta que foram muitas pessoas diferentes que votaram em mim.
O Comitê Organizador fica satisfeito porque fez de conta que seu Troféu mobilizou votos de milhões de pessoas, e todo mundo fica feliz!
Eu faço de conta que estou ansioso pelo resultado, mesmo sabendo que outros artistas fazem o mesmo.
Não se esqueçam, todos nós estamos fazendo de conta que nada disso está acontecendo.
Vocês podem, tipo assim, fazer de conta que estão preocupados com minha ansiedade, e até podem mobilizar uma campanha de oração por mim, e Deus...bom...não posso afirmar que Deus faz de conta que ouve...mas tudo bem vai...
Aí então eu recebo o Troféu de "faz de conta", e tento fazer de conta que minha mediocridade nunca existiu.
Aliás posso concorrer com uma música americana, tipo versão em português, e receber o troféu no Brasil fazendo de conta que o compositor americano é tonto...bom...vá lá...americano é tudo tonto mesmo...
Vocês fazem de conta que ficaram espantados com a minha vitória, e fazem de conta que sou uma bênção.
Daí eu dou testemunho dizendo que Deus me honrou, fazendo de conta que eu nunca soube que tudo foi combinado, tipo Lula, e até deixo cair umas lágrimas de "faz de conta".
A Mídia Gospel faz de conta que sou um sucesso, e publica o fato, e eu faço de conta que acredito que sou incrível.
Quem sabe até um programa de auditório me convide pra mostrar o Troféu fazendo de conta que a gravadora não pagou jabá pra eu estar lá...já pensou?
Aí eu digo que até os ímpios estão reconhecendo o valor da música evangélica, e eu faço de conta que foi a minha "unção" a responsável por tal feito.
Coitado só do povo né...que consumirá o meu CD, sem saber do "faz de conta", mas tudo bem...eles são café com leite.
Meu Deus! Vai ser demais!!!!
Nós todos fazemos de conta que nosso mundico gospel é poderoso e que nosso mercado é sério.
Podemos ainda fazer de conta que isso não é idiotice.
Podemos fazer de conta que somos felizes e que isso é um avanço...
Depois fazemos de conta que foi bênção vinda dos céus, e louvamos a Deus em agradecimento, cantando minha música é claro...aquela americana que eu fiz uma versão em português pra concorrer como melhor canção gospel no Brasil, lembra?
Deus, que por sua vez não teve nenhuma participação nisso, não consegue fazer de conta que não viu nossa infantilidade...paciência...
Mas nós que vivemos no mundo de "faz de conta", fazemos de conta que tá tudo certo, afinal de contas esse reino que inventamos é o país das Maravilhas, e nós??...nós somos Alice, é lógico...quer dizer, fazemos de conta que somos, é claro.
Na premiação todos estarão lá; o Coelho branco de colete a Lagarta azul, a Duquesa, a Rainha de copas e o Gato de Cheshire.
O Chapeleiro maluco nos avisará quando for a hora do chá, e a Lebre de março e o Arganaz vão ajudá-lo no cerimonial.
Todos sabem que a Tartaruga é falsa, mas dançam assim mesmo na quadrilha da Lagosta.
Ai meu Deus...será que conseguiremos algum dia correr o risco da simplicidade?
"...difícil é viver a vida assim sem aventura, deixar ser pelo coração...se é loucura, então melhor não ter razão..."
Amigos cantores e artistas, não se ofendam com o humor ácido das palavras de um pobre maluco como eu que faz de conta que é pensador.
Se fiz mal, é fácil resolver o problema...afinal, depois de tanto "faz de conta", basta fazer de conta que eu nunca escrevi nada, e tá tudo certo.
Zé Bruno é vocalista da Banda Resgate e pastor da Casa da Rocha. Publicou este texto ontem no Facebook e a coisa virou uma bola de neve, no bom sentido, rss.
E para não terminar sem música, curtam o último ovo dos dinossauros do Rock Cristão. O single - Eu estou aqui - é a primeira faixa divulgada do novo trabalho da banda. Geeeeenteeee é bom demais! Proclamação com altíssima dose de subversividade reinista! Apertem o play e me digam se não é `pedra rolando e clamando`? Os caras estão FORA DA LEI, soltos na Graça!
De alguns anos para cá, fala-se muito de “moveres” supostamente protagonizados pelo Espírito Santo com o objetivo de despertar a fé dos crentes. Já vivenciei alguns deles, ainda que não tenha me envolvido diretamente.
Antigamente, falava-se de avivamento, e isso mantinha nos crentes certa expectativa sobre a intervenção soberana de Deus na história. Países como o de Gales foram cenários desses despertamentos espirituais, que resultaram em conversões em massa e transformações sociais profundas. Diz-se que graças ao avivamento metodista, a Inglaterra não teria mergulhado numa revolução sangrenta semelhante à vivida pela França na mesma época.
Agora a moda é falar de “moveres”. Segundo seus defensores, seriam “ondas” geradas pelo Espírito, visando o crescimento da igreja.
Tal expectativa nos remete à crença nutrida pelos judeus contemporâneos de Jesus de que um anjo vinha de tempo em tempo agitar as águas de um tanque chamado Betesda. Multidões se reuniam ao redor dele em busca de curas milagrosas. Bastava que as águas fossem agitadas.
Tenho a impressão de que alguns pregadores postulam o lugar de tal anjo. Querem reproduzir artificialmente um “mover” que resulte nos mesmos frutos daquilo que originalmente fora provocado pelo próprio Deus.
Pelo menos já não se atrevem a apelidar tais movimentos de “avivamento”. Embora a nomenclatura seja outra, a expectativa é a mesma. Mas agora, em vez de esperarem por um anjo, esperam por uma campanha, por um encontro face a face com Deus, por uma nova estratégia evangelística, por um modelo eclesiástico adotado por alguma megaigreja, ou mesmo uma revelação inédita.
Lembro-me de ter lido no livro “Igreja com Propósitos” de Rick Warren que os pregadores deveriam ser como surfistas à espera de ondas. Segundo ele, não nos compete produzir as ondas, mas simplesmente surfar sobre elas. Embora seu posicionamento pareça mais razoável do que aqueles que defendem os “moveres” produzidos artificialmente, atrevo-me a discordar dele.
Toda “onda” tem um começo discreto, um ápice fugaz, e um desfecho fatídico. Quem decide estar onde elas começam, aproveita melhor o momento, participando do seu surgimento, desfrutando do seu apogeu, e acabando na sua quebrada na areia. Porém, a maioria entra na onda quando esta está no auge, sem darem-se conta de que quanto mais alta ela estiver, mais próxima estará de quebrar.
Assisti in loco à emergência e ocaso de muitos movimentos. Poderia citar alguns deles aqui, mas não quero ferir os escrúpulos de ninguém. É sempre a mesma estória... Um vai-e-vem que se repete exaustivamente. Para os pregadores surfistas, o importante é aderir à moda, isto é, àquilo que dá certo, que atrai multidões, e, por conseguinte, os recursos para a manutenção da máquina eclesiástica.
O problema é que, semelhante aos moribundos do tanque de Betesda, ficamos com nossas atenções tão voltadas para o tal “mover das águas”, que não percebemos a presença de Cristo entre nós.
Que tal se avançarmos um pouco mais na direção do oceano, para além de onde as ondas começam? Não foi lá que Jesus ordenou que Pedro lançasse suas redes?
Saiamos das águas rasas e da espiritualidade superficial proporcionada por tais moveres, e avancemos na direção do que é permanente, constante, eterno.
No dizer de Paulo, deixemos as coisas de meninos, dentre as quais a inconstância típica da adolescência, e sigamos a verdade em amor, a fim de que alcancemos um crescimento não apenas numérico, mas, sobretudo, qualitativo.
Vocês se lembram daquele personagem do Chico Anysio que vivia a ostentar um crachá da TV GLOBO para ser respeitado pelas pessoas, ou se aproveitar destas? Era o famoso “Você sabe com quem está falando? Eu trabalho na Globo”. Bozó, um perfeito Zé Ruela, mas GLOBAL.
Pois Malafaia resolveu assumir o papel do personagem. É incrível a capacidade deste cidadão de querer se aproveitar de qualquer brecha para levar alguma vantagem ou conseguir alguma exposição. Para tal, Malafaia não poupa estupidez ou heresia. Este é o caso de sua mais recente polêmica envolvendo o fracasso de público da gravação do Festival Promessas, correndo o risco de o mesmo destino na sua exibição, neste domingo dia 18/12/2011.
Entre os evangélicos, as opiniões acerca do mesmo estão divididas, ainda mais após o primeiro fracasso. Não vou nem entrar muito neste mérito, já disse o que tinha de dizer sobre este projeto, seja como cristão, apologista e até mesmo como profissional de marketing (neste texto aqui). E, diga-se, nem sequer fui muito efusivo em relação à escolha dos nomes, slogans e tudo o mais o que permeou a claudicante estratégia de “marketing espiritual” atrelada ao evento, o que trucidou qualquer hipótese de alguém, com a mínimo verniz teológico ou bom senso, vir a não se sentir profundamente incomodado com tudo aquilo.
Vamos ser claros: Não tenho nada, nada mesmo, contra a música gospel, os seus cantores, shows e tudo o mais. Ao contrário, sou eclético e até gosto de uns poucos artistas que se enquadram (ou são enquadrados) neste estilo musical. De outros, detesto de dar coceira. Mas sou observador atento do segmento, por dever de profissão. Seja como for, o gosto pessoal é privado. Respeite-se (ainda que com lamento) o gosto alheio.
Nossa luta não é contra gostos musicais, mas contra potestades eclesiásticas e suas falsas doutrinas... Risos.
Minha birra é contra é o uso do espiritual no marketing dos produtos e das canções com mensagens descoladas do Evangelho, quando não antagônicas. De resto, observo as coisas como elas são: conteúdo musical à venda. Uns bons, uns ótimos, outros péssimos. Gostar de música gospel, cristã, cristã de raiz, cristã de caule, etc. não torna ninguém mais crente e desgostar também não. Adoração é outra coisa.
Voltado ao "Promessas", a Globo falhou ao não buscar interagir com a liderança da igreja na busca de subsídios e apoio ao seu evento. Este é um erro que faz parte do DNA da emissora e é da herança genética do seu fundador, Dr. Roberto Marinho. A TV Globo sofre de uma empáfia que sempre a faz ignorar as instituições da sociedade organizada e partir direto para influenciar o público final. É um resquício da ditadura e do tempo em que a Globo reinava na audiência da massa. Contudo, volta e meia a Globo quebra a sua cara platinada, como foi quando ignorou o eleitorado fluminense na eleição de Brizola, o povo nas Diretas Já, as associações de moradores das comunidades cariocas em inúmeras de suas iniciativas na cidade do Rio de Janeiro, os professores e bombeiros em algumas de suas greves justas, o gosto peculiar do telespectador paulistano (por décadas), o eleitorado de Lula, quando editou de forma criminosa o resumo do debate eleitoral 4que elegeu Collor e por ai vai.
Silas Malafaia viu uma oportunidade: Apoiar o evento Global e dar mostra de seu poder de fogo para a TV Globo.
É um tipo de dança de acasalamento, destas que fazem os pássaros e peixes. No caso, a ave emplumada é a Globo e Malafaia rebola seu corpicho e sacode suas pulseiras e relógios dourados para agradar o macho alfa. Malafaia está atrás de umacobertura, jornalística. Bem-dito, heim? Risos!
Eu disse que Malafaia viu uma oportunidade, mas não foi visto como tal e nem será! A TV Globo sofre de soberba, não de burrice. Colar a sua imagem ao Malafaia, duvido que a emissora o faça. No dia que isto acontecer, além da venda de briba de 900 contos de Cerullo e Malacraia, também veremos, nas madrugadas da Globo: a Polishop, a terceirona do brasileirão, o campeonato gaúcho de bocha e as reprises de Perdidos no Espaço e Nacional Kid.
Isto qualquer um vê, menos o camarada Silas, tamanha a sua vontade de ser “Global”. Malafaia não carece apenas de um verniz acetinado e um banho de loja, como foi o caso de Ana Maria Braga, quando deixou de ser sacoleira na TV Record para virar Global, com papagaio e tudo! Para Malafaia, só uma lobotomia seguida de implante de bom senso. O máximo que Malafaia emplaca são umas entrevistas na Globo News (de tarde), uma matéria noticiosa em uma Marcha para Genésioda vida", ou um “esta é sua história” lá no Faustão. Isto pode até ser: “De menino pobre do subúrbio da Penha a cafetão do “altíssimo”. Isto com take de seus olhos marejados e fade para a imagem de seu jato de 12 milhões de dólares decolando ao som da melodia de "Meu Milagre vai chegar". Oh grória meu deuzi!
Mas o que Malafaia disse no twitter?
E, logo na sequência, tomou pancada da galera que não aprovou a sua posição de tiete da Globo, e alegou que este é um evento oportunista é comercial. Ao que, de pronto, Malafaia respondeu no microblog:
“Por algum acaso as editoras, e gravadoras evangélicas não tem interesse comercial? Oramos muito por este momento, e os críticos de plantão falando asneira! Isso é dor de cotovelo! Deus estará sendo louvado em rede nacional!”.
Gerundismo ungido à parte, o evento é comercial, não tenha dúvidas! E dai? Nada! Evento com patrocinador é sempre comercial. Malafaia está certíssimo. Aliás, como evento comercial, eu mesmo dou o maior apoio... Para outro, claro, um bem conduzido, sem apelações espirituais, talvez até com a oportunidade de proclamação, uma seleção melhor de artistas e, olha que legal: com renda destinada aos necessitados... Enfim, muito mais.... Não esta joça ûber brega.
Já as editoras evangélicas, na maioria dos casos, são um negócio comercial, como qualquer outro. Algumas, muito responsáveis e atentas à qualidade teológica do que publicam fazem a diferença em nossas vidas, outras nem tanto. Ao contrário, provocam estragos.
Mas não poderia ser diferente, é assim mesmo que a banda toca. E é bom que haja lucro para as que publicam coisas boas, pois haverá recursos para investir em boas obras, bons profissionais, tecnologia e tudo o mais que contribua para a qualidade do conteúdo à nossa disposição.
Contudo, vamos com calma. Fuçinho de porco não é tomada:
- Vender conteúdo cristão de qualidade é uma louvável e santa iniciativa.
- Vender heresias enganadoras, como a confissão positiva é coisa terrível.
- Há muitas editoras que são ministérios, sem fim lucrativos, e também dão sustento a missionários e seminaristas. Outras, objetivam lucro, mas também estão financiando bons projetos e investindo em gente e conteúdo de qualidade e são benção para todos.
- Vender autoajuda, com rótulo de autoajuda é comercio, dá emprego. Maravilha. Compra quem quer, vende quem tem competência.
- Vender autoajuda, como rótulo espiritual e dizer que é evangelho é falso profetismo. Paulada na moleira.
- Vender música cristã de qualidade e bibliocentrica é santa iniciativa.
- Vender música gospel de todos os estilos, segundo as tendências e o gosto dos grupos de crentes, e de não crentes, é uma atividade comercial legítima e dá emprego a milhares de músicos cristãos, técnicos, artistas gráficos, etc.
- Vender música gospel cantada por gurus espirituais que se apresentam como pregadores do Evangelho e pregam algo totalmente distinto é lamentável e um grande risco, tanto mais se a gravadora tiver uma reputação a perder e uma imagem a preservar. Não vale a pena colar uma boa imagem institucional a um guru de quarta categoria. Ainda mais quando estes começam a “ministrar” suas doutrinas novaeristas e a praticar rituais estranhos em seus shows.
Bons profissionais do ramo fonográfico passam ao largo destas tentativas de "divinizar" e espiritualizar produtos musicais. Vamos entender uma coisa: Música é música e cada um gosta do que gosta. Adoração e proclamação são outra coisa. Ministério é uma coisa, carreira musical é outra. Carreira musical é coisa para ser administrada por consultores especializados, gravadoras, etc. Ministério é chamado. Não é meio de vida. E levita... Bom, levita é personagem de ficção evangélica.
O senhor Malafaia tem todo o direito de apoiar, ou boicotar qualquer evento evangélico. Cada um decida conforme o Espirito Santo apontar-lhe a conveniência. O que não dá para engolir é se gloriar no fato de que Deus será exaltado em rede nacional. Que mamóm se alegre com isto, pois trocaria a TV Band pela TV Globo e é lucro, mas Deus não depende de rede alguma, nacional, continental ou global para ser qualquer coisa. Deus é!
Deus não é exaltado nestes sonhos de cinderela dos telepastores. Mas Malafaia continua:
“Vamos deixar de ser trouxa! A Bíblia diz que onde pisarmos o lugar será nosso. Vamos assistir o programa. Vamos tomar conta desta “potroca”. Glória a Deus!
E depois emendou em seu site “A Verdade Gospel” (no caso a dele, risos):
“Será uma hora de louvor e adoração, uma oportunidade escancarada para falar de Cristo. Mas eu queria entender algumas pessoas do meio evangélico que criticam ferozmente o evento da Globo por acharem que há interesses comerciais. Acho que quem pensa assim está precisando ler mais a Bíblia, que enfatiza que importa que o Evangelho seja pregado, seja por escândalo, seja por briga. E quem falou isso foi o apóstolo Paulo, não eu”.
Malafaia já não é mais o mesmo. Sua exejegue está ladeira abaixo. Coisa de botequim mesmo. Deve ser a idade ou o mito do bigode. Mas antes de seguir, pausa para dar uns pulinhos, tomando posse, numa foto de um belo iate recheado com uma varoa de primeiro time... Pronto! Já posso seguir e analisar esta bobajada toda, mas vamos por pontos:
1) Declarações vazias, clichês triunfalistas. Proclamação de uma vitória pela conquista de espaço, pela exibição de poder.
Malafaia acorda! A vitória de Cristo é derrota para o mundo. Não é exibição de audiência! O triunfo de Jesus foi a Cruz! E ele ali ficou só, sem a sua audiência, que se birulitou, como diria o Mussum. Nosso triunfo é poder estar de joelhos aos pés da Cruz. Nossa vitória se deu pela misericórdia Dele em nos resgatar. Fomos salvos para ser a luz do mundo para a Glória do nosso Deus e não para conquistar a programação da TV Globo. Poder por poder, a igreja tem e teve “seus altos lugares corrompidos”, como o Vaticano e todo o seu fausto e nem estes principados glorificam a Deus em nada! Tanto mais este programinha mequetrefe, de meio de tarde, numa emissora tupiniquim! Plim, plim!
Todas estas coisas são permitidas por Deus, servem eventualmente ao Reino, outras vezes O desservem. Ora escandalizam, nos frutos de homens ruins. Outros momentos são usadas para grandes proezas em Deus sustentando o esforço amoroso de uns poucos. Mas, por fim, são todas coisas sob o controle de Deus e independem de audiência. Deus Se basta. Todos os dias o sol nasce e se deita em espetáculos maravilhosos, que acontecem independentemente de haver, ou não uma alma para contemplar a sua beleza e, se há quem veja tais maravilhas e não outras zilhões ocorrendo a cada bilisegundo em todo o universo. Que descansem no infinito Amor do Pai os privilegiados convidados a cada um destes espetáculos. Agradecemos somente Àquele que nos permite participar de tais coisas!
Nós somos meros convidados no Show do Senhor e nos regozijamos Dele e o Senhor ainda nos trata como filhos. Mas o show é para a Glória e gozo Dele, não nossos e, em nada, Ele depende de nós. Se Deus nos permite assistir ou participar de Sua Obra (sermos usados) é também para a Glória Dele e a nossa gratidão eterna.
Quer assistir ao show gospel da TV Globo, assista. Tem gente boa ali também. Divirta-se, ou não. Vá a praia. Mas tira Cristo desta jogada, pois o triunfo do cristão não é conquistar o mundo com o seu gosto musical, mas levar a mensagem de salvação, o amor pelo próximo, os valores do alto, etc. E, de preferência, calado.
2) Quanto ao Evangelho ser pregado, “seja por escândalo, seja por briga”.
Paulo nunca preconizou uma guerra ao estilo cruzada, um tipo de arrastão de Gizuzou qualquer forma de imposição brutal das Boas Novas ao mundo . Meu Deus quanta tolice!
O Evangelho não desce goela abaixo. Nã invade lares pela tela da TV e penetra nas pessoas, segundo a nossa vontade, ou apenas porque estamos assistindo ao programa em posição de sentido gospel, com a mão no coração! Nossa obrigação é pregar (para o) e amar o próximo, deixando o Espirito de Deus fazer a Sua Obra. Música gospel não evangeliza ninguém. Quem consome música gospel e gosta desta já é crente, (ou levita, risos).
O escândalo para o mundo é o testemunho de vida do cristão que enxerga a Cruz e escandaliza os que não conseguem entender a lógica dos dons de Espirito na vida do crente, mesmo diante das lutas do mundo. Aquela lógica que nos faz sair do conforto de nossas casas para pregar o evangelho aos aflitos nos confins da terra, acolher os que necessitam, amar os quem ninguém ama, desatar laços carnais em prol dos objetivos do Reino, glorificar e agradecer a Deus na desgraça. Sim! Na desgraça, principalmente.
Citando Paulo, corretamente e apropriadamente:
Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus. E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho; De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana, e por todos os demais lugares; E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor. Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda. Filipenses 1:10-18
Por acaso aqui há quem entenda que Paulo está a exortar a outros que preguem o Evangelho com fingimento? Claro que não! Fora do contexto o significado é um. Mas quando lemos o capítulo todo, verificamos que o São Paulo está falando das consequências de sua prisão na motivação dos seus discípulos a proclamar o Evangelho:
Alguns, pregam com cautela e contenção por temer eventuais retaliações contra a vida de Paulo, outros o fazem por medo e na defesa de sua própria segurança; outros, ainda, pregam com coragem e ousadia, pois sabem que a morte para São Paulo é lucro e a prisão dele é parte dos planos de Deus. Já outros, pregam porque ambicionam a posição de poder disponível com a sua ausência forçada. São ardilosos. E havia ainda os religiosos judeus, que acusavam Paulo de pregar a morte e ressureição de Cristo, Sua divindade em desafio à autoridade do deus César. Fingidos e malévolos, estes desejavam apressar a sua a morte pela justiça romana, mas ao acusarem São Paulo contribuíam para proclamação da verdade entre a elite do poder mundial.
Ao testemunharem contra Paulo nos tribunais de Roma, os religiosos afirmavam a sua "blasfêmia": - Este Paulo diz que Jesus morreu e ressuscitou que Ele é o Salvador. E repetiam esta acusação diante dos romanos que tinham no imperador o "seu" Deus. Ou seja, Jesus era proclamado, ainda que na porfia, na discussão, visando o mal (de Paulo). No fim das contas, a prisão e o sofrimento de Paulo servem ao propósito de Cristo e o apóstolo se alegra muito nisto.
Ou seja, meus irmãos: Não é qualquer “evangelho” pregado que glorifica a Deus.
Se o Evangelho for O Verdadeiro, até pouco importa a motivação de quem O prega, pois a carne é a roupa que nos veste e os homens sempre serão irão nos decepcionar. Mas a Mensagem, esta sim, não pode ser outra que não a que foi anunciada por Cristo e os apóstolos e nos chegou para ser proclamada e defendida. Se não for assim, que seja anátema.
Um programa musical, seja qual for, e com o artista e a música que for, é música e só. De boa qualidade, ou não. Bibliocêntrica, ou não. Própria para ser usada no culto ao Senhor, ou não. Edificante, ou não. É música. Nós não oferecemos música ao Senhor. Nós oferecemos a nossa adoração (com ou sem música) e O louvamos pelo que Ele é e por Suas maravilhosas obras. Nos alegramos no Amor Dele e na Sua misericórdia para conosco. Podemos até cantar sobre o amor que temos por Ele, mas isto não é digno de ser apresentado como louvor. Nosso amor é pequeno, furtivo, egoísta, limitado.
Se cantamos na adoração, há de ser a Verdade. E a Verdade cantada em espirito e em verdade. De coração. Sem hipocrisia, pois do contrário é o que sempre foi: música. Para o chuveiro, para a igreja. Só música.
O Senhor não precisa de nossa audiência a um programa de TV para ser glorificado. As nossas boas obras, para quais fomos chamados e para com as quais o nome do Senhor será Glorificado pelo mundo são outras. O mundo não glorificará o Senhor porque irá ouvir “nosso” estilo de música neste dia 18 de dezembro. Assim como não se glorificou a Deus porque fizemos uma marcha contra a lei A, protestamos contra o livro B, condenamos o comportamento C.
O mundo não será transformado se for informado acerca dos nossos valores, preferências, gostos, restrições e costumes. Isto tudo, como disse o Mark Hall, da banda Casting Crowns (tá vendo, tem gente boa!), em vídeo recentemente publicado neste site, o mundo está careca de saber. O que o mundo desconhece é O Amor de Deus e a nossa verdadeira missão neste mundo, o nosso papel de imitadores de Cristo. Pelo primeiro, e por Sua bondade em nos usar, o mundo será transformado e o nome do Senhor será glorificado.
Quando começarmos a pregar o Evangelho e a construir um mundo mais justo. Ai Deus nos usará. A tela de TV é só mais um grande saleiro. O mundo nos espera.
Balaão era um profeta que não tinha lá muita ética.
Um dia ele estava tranquilo em sua casa quando chegaram uns homens a mando do rei Balaque pedindo que ele os acompanhasse, pois este queria que Balaão amaldiçoasse um povo por ele.
Só que o povo era Israel. A nação escolhida pelo Senhor. O mesmo a quem Balaão consultaria.
Balaão vendeu seu dom pela promessa de ouro e prata. Justamente aquilo que pertence a Deus, conforme lemos em Ageu 2.8. Ele não teve problemas em colocar à disposição dos inimigos de Deus um dom que Deus concedeu para a glória Dele mesmo.
E o que acontece nos dias de hoje? Músicos, pastores e ministros que não saem de casa sem saber que receberão uma “oferta” (e ainda confundem oferta com cachê, os “abençoados”) gorda, dormirão em camas de hotéis confortáveis, comerão das delícias de restaurantes caros. Geralmente churrascarias. Engraçado que quando Balaão chegou a Moabe, foi recebido justamente por um belo churrasco. Pode conferir: Números 22.40.
Em tempo: eu também gosto de churrascarias. Só achei engraçada a referência.
Eu já soube de muitas histórias de estrelas gospel. Mais até do que gostaria. Gente da antiga e gente que mal chegou aos holofotes e já banca de estrela. Querem o brilho para si próprias, querem a glória que não pertence a eles. Desconheço exemplos bíblicos para o que fazem: lucrar com o serviço a Deus.
Na verdade, o que conheço na Bíblia, é que o poder de Deus é mais explicitado e grandioso na falta que na abundância. Quer exemplos? Eu lhe mostro exemplos. O povo que, saído do Egito, não teve falta de comida, nem água, nem roupas, pois Deus tudo provia a eles. Maná dos céus, as águas de Meribá, tecidos e sandálias que o atrito com a areia não podiam puir ou desgastar.
A viúva, que não tendo com o quê se sustentar endividada e correndo o risco de perder seus filhos para os credores, teve abundância de azeite – suficiente para pagar suas dívidas e sustentar a si mesma e a seus dois filhos (2 Reis 4.1-7). O coxo de nascença que recebeu cura de Deus através de Pedro e João, quando Pedro lhe disse: “Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.” (Atos 3.1-10).
Muitos (a maioria, na verdade) certamente discordam comigo. Creem que estão certos em cobrar, pois chegaram em um determinado “patamar”. Bom, eu creio que se a pessoa colocou a mão no arado, ela deve confiar no Senhor da colheita. Se quer servir a igreja, deve confiar que Deus dará seu sustento digno e merecido. Creio que ao estabelecer valores (qualquer valor na verdade) ela está confiando em homens, como quem diz: “por menos de determinado valor eu não posso nem sair de casa, pois tenho gastos…” e assim por diante. Besteira. Seria melhor que a igreja que convidou não aceitasse e deixasse o “ministro” em casa. E pior que estabelecer valores, é estabelecer valores altos.
Bandas que pedem de “oferta” 20, 30 mil reais por uma noite de evento (claro que há as “boazinhas” que fazem promoção: 15 mil por três dias de evento, mas tocando, no máximo, 1 hora e meia por noite), enquanto há membros da mesma igreja, pais de família, que não ganham este valor nem em um ano de trabalho. Igrejas que aprovam salários de 25, 30 mil reais por mês aos seus pastores e que têm em seus bancos membros que há 2 ou 3 meses não conseguem emprego e estão atrasados com suas contas.
A estes, não eu, mas o próprio Deus, fala através do apóstolo Pedro em sua segunda carta. São palavras para os que conhecem a Deus e preferem o caminho perverso. O caminho de Balaão. Eis o texto de 2 Pedro 2.1-22
“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente; E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis (Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas); Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados; Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades; Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça; Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta. Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva. Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo. Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.”
O Senhor tenha misericórdia de nós e envie jumentos, já que a Bíblia, infelizmente, alguns insistem em deixar de lado.
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Os homens parecem nos dizer: "Não há qualquer utilidade em seguirmos o velho método, arrebatando um aqui e outro ali da grande multidão. Queremos um método mais eficaz. Esperar até que as pessoas sejam nascidas de novo e se tornem seguidores de Cristo é um processo demorado. Vamos abolir a separação que existe entre os regenerados e os não-regenerados. Venham à igreja, todos vocês, convertidos ou não-convertidos. Vocês têm bons desejos e boas resoluções: isto é suficiente; não se preocupem com mais nada. É verdade que vocês não crêem no evangelho, mas nós também não cremos nele. Se vocês crêem em alguma coisa, venham. Se vocês não crêem em nada, não se preocupem; a 'dúvida sincera' de vocês é muito melhor do que a fé".
Talvez o leitor diga: "Mas ninguém fala desta maneira".
É provável que eles não usem esta linguagem, porem este é o verdadeiro significado do cristianismo de nossos dias. Esta é a tendência de nossa época. Posso justificar a afirmação abrangente que acabei de fazer, utilizando a atitude de certos pastores que estão traindo astuciosamente nosso sagrado evangelho sob o pretexto de adaptá-lo a esta época progressista.
O novo método consiste em incorporar o mundo à igreja e, deste modo, incluir grandes áreas em seus limites. Por meio de apresentações dramatizadas, os pastores fazem com que as casas de oração se assemelhem a teatros; transformam o culto em shows musicais e os sermões, em arengas políticas ou ensaios filosóficos. Na verdade, eles transformam o templo em teatro e os servos de Deus, em atores cujo objetivo é entreter os homens. Não é verdade que o Dia do Senhor está se tornando, cada vez mais, um dia de recreação e de ociosidade; e a Casa do Senhor, um templo pagão cheio de ídolos ou um clube social onde existe mais entusiasmo por divertimento do que o zelo de Deus?
Ai de mim! Os limites estão destruídos, e as paredes, arrasadas; e para muitas pessoas não existe igreja nenhuma, exceto aquela que é uma parte do mundo; e nenhum Deus, exceto aquela força desconhecida por meio da qual operam as forças da natureza. Não me demorarei mais falando a respeito desta proposta tão deplorável.
Havia apenas vagos rumores lá fora, quando o pastor entrou no seu quarto, após o culto. Olhou-se demoradamente no espelho. Viu que a sua indumentária de ministro não mais lhe causava impressão prazerosa. Olhou mais uma vez para o espelho e chocou-se ao notar as inúmeras rugas que o tempo imprimira em seu rosto, antes jovem, e agora débil, sem brilho e encarquilhado. A velhice chegara com todas as suas marcas indeléveis. Quis então esboçar um sorriso, mas nada conseguiu.
Absorto, mergulhou agora no escuro e pequeno mundo de sua meninice. A frase dita e predita por sua mãe reverberava com força nas cordas de seu coração: “Um dia Deus vai lhe usar para mudar o mundo!”. Na verdade, o que a sua velha mãe, hoje falecida, se referia, era o mundo do seu pequeno vilarejo, do qual nunca saíra em toda a sua vida. Ele parecia, agora, estar vendo a alegria estampada na face de sua genitora, quando dizia para suas amigas: “Esse menino vai longe!”.
Aos vinte e quatro anos foi consagrado pastor, e por dez anos a tônica de suas orações era essa: “Meu Deus, ajuda-me a mudar esse mundo tão mau e corrupto!”
A roda do tempo girou, girou por mais dez anos, e o mundo apesar das reformas e revoluções, permanecia perverso, não dando sinal de mudança. E o que deixava o pastor mais transtornado, era o fato de ver que a sua própria família não queria assimilar o bem que ele tanto apregoava. Foi por esse tempo que a sua fé começou a fraquejar, à medida que a sua impaciência crescia.
Uma noite se surpreendeu orando assim: “Meu Deus ajuda-me a mudar a minha esposa e os meus filhos!” Ele pedia a Deus como se fosse a última cartada, como se dissesse: “Senhor, muda pelo menos a minha família, já que o mundo continua o mesmo!”.
Já beirando os setenta anos de idade, encontrava-se o velho pastor em seu leito, olhando pela janela aberta, o céu límpido e estrelado. Ele via que cada estrela tinha o seu brilho peculiar, e que não conseguia ver uma estrela igual a outra em luminosidade. Nessa noite ele ouvia, vindo de longe, uma música suave, tirada das teclas de um dolente piano. Quando o mais duro fardo do seu íntimo parecia querer romper em prantos, eis que surgiu dentro de si uma centelha de esperança. Foi aí então, que dos recessos de sua alma brotou tremulante como as estrelas do céu, essa oração: “Meu Deus ajuda-me a mudar-me!”.
Após essa oração, o velho pastor, conseguiu enfim sorrir. Mesmo sentindo apertar o círculo conclusivo da vida, ele estava ali, desta feita, absolutamente tranqüilo. Após essa oração dizia de si para si: “chega de querer mudar o mundo, meu Deus. Mesmo que as dores venham me assaltar, mesmo que não haja músicas para me consolar, e ao contrário dessa belíssima noite, vierem negras nuvens, eu não cessarei de rezar essa prece por toda a minha vida”.
Durante muitos anos o pastor tinha lutado como um gigante para mudar o mundo, mas finalmente, mesmo velho e desfigurado, mesmo sem ninguém por perto para elogiá-lo e cobri-lo de louros, tivera o privilégio de alcançar a graça para ver o mundo com outros olhos. Fora enfim curado de uma miopia espiritual, que à distância, o fazia enxergar as pessoas tão feias e deformadas.
“A lâmpada do corpo são os olhos. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luz”(Mateus 6: 22)
Ensaios & Prosas Ensaio por Levi B. Santos Guarabira, 06 de outubro de 2009
Geração de Davi? Geração de adoradores? Que nada! Estamos na geração Fast Food Gospel…. Pedro, não querem mais o puro leite! Paulo, não querem mais o alimento sólido! Querem só um McLanche Feliz e um brinquedo!
O que quero dizer é que a geração de Davi existe. A geração de adoradores existe. Entretanto, como bem disse o nosso Mestre, pelos frutos se conhece a árvore. E os frutos que vemos na Igreja nos dias de hoje não são os encontrados em Davi, ou nos adoradores que Jesus disse à samaritana que Deus buscava. Confundimos “resultados” com “frutos”, damos glória a Deus porque o IBGE aponta para o crescimento da “igreja evangélica”, e confundimos inchaço com crescimento. Esquecemos que esta multidão nem sempre é aceita por Cristo. Foi Ele mesmo quem proferiu um discurso tão duro que a multidão foi embora. Ficou só a minoria. Só doze, e um deles era diabo!!
Temos uma geração que quer pôr Deus no canto da parede, vociferando arrogantemente: “- Restitui, eu quero de volta o que é meu!”, como se tivesse direito a alguma coisa, senão condenação. Deus não é Senhor nesta geração, e sim servo. É a geração que não se contenta com a pura graça de Deus. Quer mais, e mais, e mais! Quer reinar!! Quer ser cabeça a todo custo!
Temos uma geração que afirma categoricamente que “o melhor de Deus ainda está por vir”, esquecendo-se (ou desprezando o fato) de que Jesus Cristo, o Filho, o melhor que havia no céu ao lado do Pai, já veio. Queremos mais, pois Jesus não é suficiente!
Temos uma geração que fomenta no povo um terrível sentimento íntimo, que prefere estar no alto do palco, olhando arrogantemente para os seus inimigos boquiabertos na platéia e sentindo o sabor de mel da vingança na boca, do que observando o que Jesus disse a respeito dos nossos inimigos: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão havereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os publicanos também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5:43-48). Geração esquizofrênica, que se sente rodeada de inimigos, incapaz de orar por eles. Geração rancorosa, que não perdoa, que quer se sobressair e até ser adorada pelos supostos inimigos.
Temos uma geração aonde o caráter cristão é espezinhado, e se vive um “evangelho” de aparências, e não de conduta e princípios. A geração que ora pedindo um milagre: que apareça misteriosamente em sua conta bancária alguns milhares de reais, e que agradece a Deus quando isso acontece. Geração que não compreende o Deus justo, mas se alegra com a injustiça, achando que Deus foi o Autor deste “depósito” milagroso e salvador…
Temos uma geração que está sendo guiada por “pastores” e outros “títulos eclesiásticos”, por homens e mulheres que preferem os títulos e as prebendas, que para satisfazerem-se primeiramente a si mesmos já rebaixaram a Bíblia e seus preceitos imutáveis à quarta ou quinta posição em suas vidas e em suas doutrinas e profissões de fé. Pastores que não se dão conta que prestarão contas um dia ao Sumo Pastor…
Geração de Davi uma ova!! Esta é, na verdade, a Geração Laodicéia, a geração da igreja rica, poderosa e diferenciada, mas cega, pobre, miserável e nua! É a Igreja que ocupa a grade da programação das principais emissoras de tevê, mas não usa esta programação para pregar o VERDADEIRO EVANGELHO. É a Igreja que avança triunfante no mercado fonográfico, mas que não canta para o louvor de Deus, e sim para enriquecer, usando MÚSICAS DE TRABALHO, e não músicas de evangelismo! É a Igreja que abraça o Ecumenismo… É a Igreja que é noiva do Cordeiro, mas amante do mundo. Quem quiser ter a DIMENSÃO EXATA desta frase, leia o capítulo 16 do livro do profeta Ezequiel. Não há melhor exemplo que este!
Sabem qual seria a geração de Davi? E qual é a geração de adoradores que Deus espera? Uma geração que O adore pelo que Ele é, e não pelo que ele pode nos proporcionar. A geração que abraça a cruz para a morte, e não a que senta no trono para reinar! A geração de uma igreja pobre financeiramente, mas riquíssima em poder, em comunhão, em observação das Escrituras e em defesa da sã doutrina, contrária aos lobos vorazes que estão invadindo o aprisco e degolando o rebanho! Uma geração que olharia mais para Jesus, e menos para os homens, que aceitaria mais as palavras da Escritura do que as supostas “revelações” humanas, sem base bíblica. Que teria mais prazer nas Escrituras do que nas novidades!
Sinto-me enojado com a geração de hoje. Geração morna, que provoca ânsia de vômito no Senhor Jesus e em todo aquele que ama a Verdade do Evangelho puro e simples, que Ele e seus apóstolos pregaram e revolucionaram o mundo no 1º Século! É claro que não estou generalizando! Sete mil joelhos são sempre estrategicamente deixados por Deus para não se dobrarem a Baal, a Laodiceia e a Mamom! E estou lutando para fazer parte desta MINORIA, pois já observei que a maioria sempre prefere voltar ao Egito, e sempre escolhe Barrabás.
Se Jesus chamava a geração em que viveu de “geração má e perversa”, de que estará chamando esta nossa??
Perdoem-me o desabafo. Mas se eu, pó e cinza, estou me sentindo assim, o que não sente o Senhor que deu Sua vida por esta Igreja?
Dar dinheiro na igreja tem sido uma prática cada vez mais questionada. Certamente em virtude dos abusos de lideranças religiosas de caráter duvidoso, e a suspeita de que os recursos destinados à causa acabam no bolso dos apóstolos, bispos e pastores, não são poucas as pessoas que se sentem desestimuladas à contribuição financeira. Outras tantas se sentem enganadas, e algumas o foram de fato. Há ainda os que preferem fazer o bem sem a intermediação institucional. Mas o fato é que as igrejas e suas respectivas ações de solidariedade vivem das ofertas financeiras de seus frequentadores e fiéis. Entre as instituições que mais recebem doações, as igrejas ocupam de longe o primeiro lugar na lista de valores arrecadados. Por que, então, as pessoas contribuem financeiramente nas igrejas?
Não são poucas as pessoas que tratam suas contribuições financeiras comoinvestimento. Contribuem na perspectiva da negociação: dou 10% da minha renda e sou abençoado com 100% de retorno. Tentar fazer negócios com Deus é um contra-senso, pois quem negocia sua doação está preocupado com o benefício próprio, doa por motivação egoísta, imaginando levar vantagem na transação. É fato que quem muito semeia, muito colhe. Mas essa não é a melhor motivação para a contribuição financeira na igreja.
Há quem contribua por obrigação. É verdade que a Bíblia ensina que a contribuição financeira é um dever de todo cristão. A prática do dízimo, instituída no Antigo Testamento na relação de Deus com seu povo Israel foi referida por Jesus aos seus discípulos, que deveriam não apenas dar o dízimo, mas ir além, doando medida maior, excedendo em justiça. A medida maior era na verdade muito maior. Os religiosos doam 10%, os cristãos abrem mão de tudo, pois crêem que não apenas o dízimo pertence a Deus, mas todos os recursos e riquezas que têm em mãos pertencem a deus e estão apenas sob seus cuidados.
Alguns mais nobres doam por gratidão. Pensam, “estou recebendo tanto de Deus, que devo retribuir contribuindo de alguma maneira”. Nesse caso, correm o risco de doar apenas enquanto têm, ou apenas enquanto estão sendo abençoados. A gratidão é uma motivação legítima, mas ainda não é a melhor motivação para a contribuição financeira.
Existem também os que contribuem em razão de seu compromisso com a causa, com a visão, acreditam em uma instituição e querem por seu dinheiro em algo significativo. Muito bom. Devem continuar fazendo isso. Quem diz que acredita em alguma coisa, mas não mete a mão no bolso, no fundo, não acredita. Mas essa motivação está ainda aquém do espírito cristão. Aliás, não são apenas os cristãos que patrocinam o que acreditam.
Muitos são os que doam por compaixão. Não conseguem não se identificar com o sofrimento alheio, não conseguem viver de modo indiferente ao sofrimento alheio, sentem as dores do próximo como se fossem dores próprias. Seu coração se comove e suas mãos se apressam em serviço. A compaixão mobiliza, exige ação prática. Isso é cristão. Mas ainda não é suficiente.
Poucos contribuem por generosidade. Fazem o bem sem ver a quem. Doam porque não vivem para acumular ou entesourar para si mesmos. Não precisam ter muito. Não precisam ver alguém sofrendo, não perguntam se a causa é digna, não querem saber se o destinatário da doação é merecedor de ajuda. Eles doam porque doar faz parte do seu caráter. Simplesmente são generosos. Gente rara, mas existe. O relacionamento com Jesus gera esse tipo de gente.
Finalmente, há os que contribuem por piedade. Piedade, não no sentido de pena ou dó. Piedade como devoção, gesto de adoração, ato que visa apenas e tão somente manifestar a graça de Deus no mundo. Financiam causas, mantém instituições, ajudam pessoas, tratam suas posses como dádivas de Deus, e por isso são gratos, e são generosos. Mas o dinheiro que doam aos outros, na verdade entregam nas mãos de Deus. Para essas pessoas,contribuir é adorar.
Senhoras e senhores, com vocês, Adriano Gospel Funk em “Dízimo e Oferta”, mais um sucesso da Gospel ou Engole?, selo evangélico que não tem medo de queimar no mármore do inferno da Vergonha Alheia Records…
Em tempo: reparem na alegria contagiante de quem vai pagar o dízimo no cara de camisa social escura “dançando” em 1:52.
Ah! Para melhorar – ou piorar – a situação, Adriano Gospel Funk é candidato a vereadorem Mesquita (RJ) pelo PSC na Coligacao Crista Progressista…
“Eu posso esta paralítico, mas a palavra não, eu posso estar cego, mas a palavra não, por tanto eu não tenho desculpa diante de Deus, porque na verdade eu sou apenas um instrumento de Deus” (Francisco Zapata)
Faleceu no dia 12, o pastor Francisco Zapata. O pastor e blogueiro (do excelente blog apologético Púlpito Cristão) Leonardo Gonçalvez, escreveu uma postagem em homenagem a esse “homem sem limites“. Transcrevemos abaixo.
Amados irmãos,
É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do nosso irmão Francisco Zapata, um homem de Deus.
O pastor Zapata ficou conhecido no Brasil após a divulgação de um vídeo no Youtube, onde ele exorta os crentes a se envolverem mais na obra de Deus. Seria um vídeo comum, com uma mensagem corriqueira, não fosse o fato do pastor Zapata ser um homem cego e tetraplégico que apesar das dificuldades da sua doença, iniciou sozinho duas igrejas nos últimos 10 anos. Evangelista incansável, o pastor Zapata é um exemplo de que, quando nos rendemos totalmente a Deus, ele pode usar-nos tremendamente para sua gloria, sem importar o quão limitados sejamos.
O mais triste é saber que, apesar de muitas pessoas se comoveram e replicaram seus vídeos na internet de forma viral, pouco esforço concreto foi feito para ajudar a este servo. Apenas algumas poucas pessoas, além dos próprios criadores do vídeo que teve repercussão em todo país, se envolveram de fato com o ministério deste servo incansável. A maioria apenas usou os vídeos para se promover e ganhar alguns acessos, como certamente acontecerá agora com a sua morte.
Hoje pela manha estive com a família no velório, que aconteceu na pequena igreja iniciada por ele, que congrega ao redor de 30 irmãos. Sobre a tribuna estava a maca de onde ele costumava pregar suas mensagens. Confesso que apesar de sentir muita dor, olhar aquela maca vazia trouxe algum conforto ao meu coração. Zapata agora está livre da prisão. Certamente está caminhando neste momento, junto ao Senhor que o chamou.
Ele costumava dizer: “Eu posso estar paralitico, mas a Palavra não”. Mas hoje tao certo como a Palavra de Deus corre livremente, o pastor Francisco também pode caminhar sobre as ruas de ouro da Jerusalém celestial.
Descanse em paz, guerreiro. Te vejo no céu.
O pastor Zapata considerava a Palavra de Deus e o nosso Salvador acima de qualquer conforto e comodidade. Talvez esta seja uma oportunidade para refletirmos e nos arrependermos. Jesus nos chama para fora do conforto.