terça-feira, 13 de agosto de 2013

Como é ser discípulo de Jesus?

                    

                                     

“Como é ser discípulo de Jesus?” — é a pergunta de muitos.

Ora, é simples e terrível; e é tão terrível justamente porque é tão simples; e gera tanto esforço justamente por isso, pois nada há tão difícil quanto a simplicidade, nem que demande mais esforço que descansar no descanso.

A tendência natural da alma humana é para oferecer os mesmos sacrifícios de produção própria de Caim. Em Caim nasceu a religião. E é no espírito da oferenda autojustificada de Caim que ela é praticada.

É difícil não oferecer nada a Deus. É muito difícil apenas confiar que o sangue de outro cobriu você. É loucura para os gregos e intelectuais; é escândalo para os judeus e todos os religiosos.

Para ser discípulo de Jesus a pessoa tem que renunciar o “si-mesmo”. Ora, isto significa desistir de si mesmo como “produção” de algo que comova Deus.

Negar ao “si-mesmo” é abandonar a presunção da persona.

Negar a si mesmo é o que se tem que fazer para que o “eu” seja alcançado, e, em seu estado mais verdadeiro, possa ser atingido pelo amor de Deus.

Negar a si mesmo é deixar toda justiça própria e descansar na justiça de Deus, que, antes de tudo, é justiça justificadora.

Negar a si mesmo é abandonar a presunção de agradar a Deus pela imagem e pelas produções próprias.

Quem quer negar a si mesmo?

Se alguém quiser, então tome a sua cruz. Cruz? Que cruz? Ora, a única. A minha cruz será sempre me gloriar na Cruz.

Alguém diz: Mas não sobrou nenhum sacrifício para mim?

O sacrifício é aceitar que o Sacrifício foi feito e consumado.

Alguém pensa que isto é fácil?

Tente!

Sim, tente apenas e tão-somente confiar que está pago e feito.

Tente crer que Jesus é suficiente, não como chefe de religião, mas como o Cordeiro que tira o pecado do mundo todo.

Tente rejeitar todo pensamento de autojustificação toda vez que você se vir tentado a se explicar para Deus e para os homens.

Tente apenas confiar na única Cruz, e, assim, levar a sua cruz, que é andar pela fé, nunca tendo justiça própria senão a que vem de Deus.

Tente, e você verá como todos os seus sentidos se revoltarão, e como todos os seus instintos se eriçarão, e você se sentirá inseguro, como se a Lei do Reino fosse a da Sobrevivência dos mais Aptos.

Sim, porque nos sentimos seguros no sacrifício de Caim, embora ele nada realize diante de Deus. E nos sentimos muito inseguros na hora de praticar na vida o sacrifício de Abel.

Jesus disse “Está Consumado”. E a nossa alma, em si mesma, pergunta: “O que mais eu devo fazer?”

Jesus terá que repetir Seu sacrifício todos os dias outra vez? Ou terei eu de oferecer alguma coisa a mais?

Ora, se a pessoa consegue desistir do “si-mesmo”, e tomar a sua cruz, então, Jesus diz que esse tal vai poder segui-Lo.

“Segue-me” — é o convite.

E aí? O que acontece? Fica tudo resolvido?

É claro! Está tudo resolvido! Eu, agora, é que preciso aprender a usufruir o que já está consumado. Assim, tendo já tudo consumado em meu favor, caminho para experimentar o que já está feito e pronto.

E como é esse caminho? Como se faz para seguir Jesus?

Ora, ande após Ele como Pedro... e os outros.

O discípulo é um ser em disciplina. Disciplina é o que o discípulo vai aprender.

Que disciplina? A dos centuriões?

É claro que não. A disciplina que o discípulo vai aprender é amor.

Assim, no caminho, o discípulo cai, levanta, chora, questiona, se oferece para o que não deve, ambiciona ser maior, menor, mais amado, mais crido, mais usado, mais devotado, mais, mais... e, então, vai aprender enquanto cai, enquanto erra, enquanto sugere equivocadamente, enquanto acerta, enquanto nega, enquanto corta orelhas, enquanto quer fazer fogo cair do céu e enquanto pensa que sabe, sem nada saber.

O caminho do discípulo é igual ao caminho dos discípulos no Evangelho, e acontece do mesmo modo. E só será discipulado se for igualmente acidentado, exposto, aberto, equivocado, humilde, capaz de aceitar a repreensão do amor e apto a aprender sempre sem jamais acreditar que se terminou qualquer coisa antes que se ouça: “Vem, servo bom e fiel; entra no gozo do teu Senhor”.

O caminho do discípulo não está escrito em manuais e nem em cartilhas de igreja.

O caminho do discípulo é todo o chão da existência.

O discípulo é forçado a só aprender se viver. E ele não precisa ter medo da vida, pois é na vida que ele vai seguir a Vida.

No caminho do discípulo o mar se encapela, as ondas se levantam e os ventos sopram. Por isso, o discípulo muitas vezes tem medo, grita, vê coisas, interpreta-as errado — “É um fantasma!”

Seguindo Jesus o discípulo está sempre seguro, mesmo quando pede o que não deve, e mesmo quando muitas vezes deseja o que lhe faz mal.

No caminho ele vê demônios saírem e não saírem; julga e é julgado e aprende que não pode julgar; afoga-se, é erguido e caminha sobre as águas; vê maravilhas; encara horrores... Mas adiante dele está Jesus!

Para ser um discípulo de Jesus a pessoa tem que ficar sabendo que o Evangelho não são quatro livros acerca do que aconteceu entre Jesus e alguns homens e mulheres muito tempo atrás.

Para ser um discípulo de Jesus a pessoa tem que ficar sabendo que o Evangelho está acontecendo hoje, do mesmo modo, na vida dela. E precisa saber que as coisas escritas no Evangelho são apenas para a gente ficar sabendo como é que acontece na nossa própria vida.

O Evangelho só é Evangelho se for vivido hoje. Não com a pretensão de dizer que seremos como Jesus. Mas pelo menos com a declaração de que seremos como os discípulos, e que adiante de nós, de todos nós, está o Senhor.


Caio

segunda-feira, 4 de março de 2013

Thalleco: Síndrome de Lúcifer?


Thalleco: Síndrome de Lúcifer?



Caio Fábio

O assunto em questão não me gera interesse, normalmente. Mas, neste caso, chama a atenção, em meio a um turbilhão de outras loucuras, pelo nível do surto narcisístico do cantor pastor artista boneco de si mesmo.

Nem o Padim Ciço admitiria que se fizessem réplicas industriais de si mesmo a fim de serem vendidas pela venda em si mesma. Ou seja: para erótico-infantilizar as fãs.

O que me assusta é o nível de doença psicológica e espiritual. Neste caso a doença espiritual, o Narcicismo [que é uma disfunção de natureza querubínica, segundo o proféta Isaías] precedeu tudo, pois, mesmo que se apenas na superficialidade, a alma experimenta qualquer coisa de Jesus, quando se entrega ao culto de si mesma em nome de Jesus, o aprofundamento da necessidade psicológica de idolatria, é profunda.

A Síndrome de Lúcifer é o que está em curso. E, neste caso, tem contornos de grotesca ilustratividade!

Também se pode ver o que o ambiente mágico/pentecostal/evangélico associado a uma vida de sonhos e aspirações de grandeza estimulados pela teologia endêmica da prosperidade [...] produz numa pessoa que, além de tudo, pense que ser alguém, é ser rico e famoso.

Minha oração não é pelo boneco, que é como o pastor cantor se trata e se retrata. Mas sim por alguma pessoa que por trás dessa bonecalização ainda lateje…, pedindo eu a Deus que o leve a se enxergar; e a ver o mal que faz a si mesmo; e a tantos outros, os quais ficam mais doentes do que os próprios ídolos aos quais cultuam.



EM: www.caiofabio.net


Lembro de um tempo na igreja protestante que nem imagem de Cristo se deixava fazer... Até em filmes, não se via o rosto de Jesus...



PROMOÇÃO “NA LIMOUSINE COM O THALLES” É VERDADEIRA?: THALLES DIZ QUE NÃO, ORGANIZADORES DIZEM QUEM SIM!


PROMOÇÃO “NA LIMOUSINE COM O THALLES” É VERDADEIRA?: THALLES DIZ QUE NÃO, ORGANIZADORES DIZEM QUEM SIM!




Antognoni Misael



A notícia da tal promoção da Limousine tem gerado polêmica entres os fãs do Thalles Roberto nas redes sociais.

Na verdade, muitos internautas foram abordados de surpresa em suas caixas de e mail, sendo convidados a participarem de tal promoção. O site Agita Vale Gospel, que não tenho certeza se organiza, mas que divulga eventos do mercado gospel, é o responsável pela peripécia bizarra, antropocêntrica e ridícula chamada de “Na Limousine com o Thalles”, onde se propõe a levar o fã premiado para o show, ao lado de seu ídolo. (Que prêmio, hein?)

Pois bem… a bomba explodiu e recebeu toneladas de críticas nas redes sociais e nos blog’s.

Quando vi a coisa, não acreditei. No Púlpito Cristão, o mano Leonardo Gonçalves postou a sua tristeza para com o público que aprovou a ideia: “O pior de tudo é que tem gente que curte esse tipo de idolatria gospel… lamentável”. Mas não demorou muito para o site do Thalles logo cuidar de se retratar e a outra ala de fãs do cantor (que não viu com bons olhos a ideia), a divulgar o que seria uma falsa informação.

Vejamos a defesa postada pela assessoria de imprensa do Thalles Roberto:


“O cantor e pastor Thalles informa por meio de sua assessoria de imprensa que não está realizando qualquer tipo de promoção referente à passeio em limusine ou similar. TODA E QUALQUER PROMOÇÃO, AGENDA E NOTÍCIAS OFICIAL SÃO publicadas primeiro neste site.

Somente depois da repercussão nas redes sociais Thalles tomou conhecimento desta promoção. “No dia que eu entrar em uma limusine com um fã para ir em um show, pode dizer que eu estou doido e jogar uma pedra na minha cabeça, jamais faria isso, sou pastor de ovelhas, não artista”.

Segundo Thalles, o responsável por esta agenda em sua equipe entrou em contato com a organização do evento informando que ele NÃO vai participar de nenhuma programação deste tipo. Mesmo que tenham feito sem qualquer autorização oficial dele.

“Nem todos que dizem Senhor, Senhor vão entrar no reino dos céus. Quando nos tornamos pessoas públicas esse tipo de informação se espalha sem tomarmos conhecimento. “Eu não sou artista, sou pastor. As pessoas que me acompanham não são fãs, são ovelhas. Tenho muito respeito e temor pelo chamado que o Senhor me confiou”, finaliza Thalles.”

No entanto, hoje, dia 22 de novembro, o portal Agita Vale Gospel replicou a declaração da assessoria do cantor, dizendo o seguinte:



“Em relação à nota divulgada pelo cantor Thalles Roberto sobre a Promoção:

O Portal Agita Vale Gospel informa que a promoção era sim de extrema veracidade e de conhecimento da assessoria do cantor.

A promoção, jamais teve a intenção de macular a imagem de quaisquer pessoas envolvidas, sejam elas das partes organizacionais do evento, assessoria do cantor ou do próprio cantor.

Toda a produção da promoção seria custeada através do nosso Portal. Não foi proporcionado nenhum custo ou cachê para a participação, tanto para os ganhadores quanto ao próprio cantor ou assessoria.

Porém, devido a imensa divulgação negativa por parte de alguns veículos que se dizem “cristãos”, que postaram matérias maliciosas e com isso impulsionaram uma repercussão muita negativa em relação à promoção, o Thalles decidiu não participar.

O cancelamento foi exatamente pelo fato de ter causado um boom por toda a rede de uma forma muito negativa. Muitos comentários foram lançados, sem antes mesmo do resultado final da Promoção.

Salientamos que em nossas redes sociais, até o momento não havia sequer comentários negativos e que as matérias postadas não expressam a opinião do nosso público. Sites postaram matérias através de uma visão isolada, como se fosse a opinião da unanimidade.
Agora, mediante a alguns comentários esdrúxulos, ressaltamos aqui:

Se o show fosse na época de Jesus, não seria alugado uma Limousine, seria sim alugado uma charrete ou um barco e aí seria: “Na charrete com o Thalles” que seria algo de mais moderno da época.
Impressionante! O tempo muda, mas ainda existem “cristãos” com mente pequena.

Se Jesus viesse à terra nos dias de hoje, será que ele ainda usaria um jumentinho?
A ideia era proporcionar algo diferente e inovador, mas infelizmente, grande parte do nosso público cristão ainda possui pensamentos pequenos e às vezes mesquinhos.
Nosso objetivo sempre foi proporcionar aos Levitas do Senhor ou entrevistados em geral, o melhor tratamento possível e entendemos que essa seria uma das grandes formas de honrar um servo de senhor.
Entendemos que, o Thalles sendo uma pessoa pública deva pensar primeiro em seu público. Só lamentamos pela falta de visão e entendimento de várias pessoas e até de alguns veículos de comunicação.”



O que penso sobre isso?

Primeiramente, a coisa está feia.

Segundo. Não sei ao certo quem está dizendo a verdade. Porém, de uma coisa não tenho dúvidas: qualquer contratante do Thalles, ou outro famoso qualquer, dificilmente terá acesso ao artista gospel, mas sim a uma equipe seja de assessoria, relações públicas, empresário, produtor, etc. Portanto, todos detalhes dos eventos, assim como os possíveis vexames, certamente envolvem estes setores , sem que o artista esteja diretamente ciente. Há esta possibilidade remota, mas há.

Terceiro. Do mesmo modo, com a presença desses profissionais intermediários, fica fácil dar um calote, sair pelos corredores, voltar atrás, ou inventar qualquer desculpa afirmando não saber de nada, usando-os como escudo.

Finalizando, “Mesmo sem entender” a situação, vamos esperar pra ver como termina esse impasse.

P.S.: Não sei o pior foi a ideia da Limousine divulgada pelo portal Agita Vale Gospel, ou a tréplica que fez em relação a declaração de negação do Thalles. (??????)



Publicado em A ARTE DE CHOCAR






Putz, mais um achando que o jumento de Jesus era a BMW da época! Crentes de mente pequena,rss!


LEITORES NOS COMENTÁRIOS ESTRANHAM AS JUSTIFICATIVAS DE TALLES, AFINAL, ELE JÁ FEZ COISA SEMELHANTE ANTES, ASSISTA:









Pra que mentir? Assume a coisa que fica mais bonitinho.


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Thalles Roberto libera geral: Corram para as montanhas!


Thalles Roberto libera geral: Corram para as montanhas!





Quando cantor gospel dá para "ministrar palavras proféticas" e "LIBERAR unções poderosas" recomenda-se REXONA DUPLA AÇÃO e uma maconha na validade.


Quem libera unção poderosa é DEUS.  Lembrando que última vez que se deu tal evento foi há uns dois mil anos passados e, desde então,  estamos todos debaixo do mesmo ungido. 

Outra possibilidade: Thalles está fazendo uma hora extra em uma oficina de troca óleo.  Neste caso, dá para trocar também o filtro e calibrar os pneus, meu rei?


Na boa, desde que o Thalles começou a andar com o Estevam Hernandes, ele só faz e fala fezes.


Campanha contra o analfabetismo teológico na música gospel! 

And last but not least: :  um dos maiores ministrO de louvor da atualidade. ??






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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O Segredo da Alegria Invencível


piper-15dias
Desiring God lançou no YouVersion(bíblia online e
para smartphone) um devocional de 15 dias com
John Piper. Confira uma amostra abaixo e não deixe
de acessar através do link ao lado. Clique para acessar

O Segredo da Alegria Invencível

Jesus revelou um segredo que protege nossa alegria da ameaça do sofrimento e da ameaça do sucesso. O segredo é este: Grande é a sua recompensa nos céus. E a soma desta recompensa é deleitar-se na completude da glória de Jesus Cristo (João 17:24).
Ele protege nossa alegria dos sofrimentos quando Ele diz,
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus. (Mateus 5:11-12) .
Nosso grande galardão nos céus resgata nossa alegria da ameaça da perseguição e injúrias.
Ele também protege nossa alegria do sucesso quando Ele diz,
Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus. (Lucas 10:20)
Os discípulos estavam tentados a colocar a alegria deles no sucesso do ministério. “Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam!” (Lucas 10:17). Mas isto teria separado o deleite deles de sua única âncora verdadeira.
Então Jesus protegeu a alegria deles da ameaça do sucesso ao prometer o grande galardão dos céus. Regozijem-se nisto: que os seus nomes são escritos no céu. Sua herança é infinita, eterna, certa.
Nossa alegria é segura. Nem sofrimento nem sucesso pode destruir sua âncora. Grande é seu galardão no céu. Seu nome é escrito lá. Está seguro.
Jesus ancorou a alegria dos santos que sofrem no galardão do céu. E Ele ancorou a alegria dos santos bem-sucedidos na mesma âncora.
E assim Ele nos livrou da tirania das dores e prazeres mundanos.

Direitos reservados ©2012 Desiring God Foundation – Fundação Desiring God. Encontre muitos recursos gratuitos de John Piper: escritos, em audio, ou em vídeo (incluíndo traduções!) www.satisfacaoemDeus.org


Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2013/02/15-dias-na-palavra-com-john-piper/#ixzz2M6AOEp8T

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Malafaia exposto pela mídia internacional está acuado e estrebucha entre mentiras tolas e xingamentos gerais


Malafaia exposto pela mídia internacional está acuado e estrebucha entre mentiras tolas e xingamentos gerais


Malafaia disse que vai entrar na justiça contra a revista Forbes para “ferrar esses caras”. Não satisfeito,  apresenta justificativas estapafúrdias para o seu imenso patrimônio e completa a farsa defendendo teorias conspiratórias





Na semana passada, Malafaia e outros pastores evangélicos “multimilionários” foram tema de reportagem da publicação norte-americana que listava o patrimônio de cada um e mostrava a fé como um “negócio altamente lucrativo” no Brasil.

Malafaia defende que seus bens somam 6 milhões de reais e não 150, como apontou estimativa da reportagem.

As declarações foram dadas à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Ou seja, segundo o pastor, sua fortuna chegaria a apenas 4% do divulgado pela reportagem, que, por sua vez, alega basear-se em números da imprensa brasileira e, em alguns casos, do Ministério Público e da Polícia Federal.

"Vivo de renda voluntária. Eles me prejudicaram. (O fiel) vê aquilo e pensa, 'ih, não vou (dar o dízimo), tá me roubando", disse ao jornal.

O SILÊNCIO DOS INOCENTES

Malafaia é o único dos 5 pastores mencionados a se posicionar publicamente contra a matéria da Forbes. Edir Macedo, que aparece como o mais rico do Brasil - com patrimônio de quase um bilhão de dólares - além de R.R. Soares, Valdemiro Santiago e o casal Sonia e Estevam Hernandes não divulgaram notas ou se manifestaram nas redes sociais.

No mesmo dia da publicação, Malafaia já havia divulgado resposta em que diz que nunca escondeu nada da imprensa.

Malafaia disse que a maior parte do seu patrimônio é formada por nove imóveis, entre eles, uma  casa na zona oeste do Rio de Janeiro, estimada em R$ 2,5 milhões, apartamentos para os três filhos avaliados em R$ 400 mil cada um, e um apartamento em Boca Raton, na Flórida, no valor de R$ 500 mil. 

Em sua página oficial no Facebook, Malafaia se defendeu postando por várias vezes o link de um comunicado oficial emitido por ele sobre o assunto na sexta-feira (18/01) e publicado no site Verdade Gospel, no qual diz que vai se defender da “safadeza” inescrupulosa da Forbes. 

O texto, assinado por Malafaia, diz que "existe um jogo muito bem organizado para denegrir pastores evangélicos a fim de que a sociedade tenha uma ideia de que pastor é um malandro usurpando dinheiro de imbecis e idiotas.".

Truque velho. Malafaia quer estender a servos fieis as críticas que recebe a fim de ganhar simpatizantes e defensores e, para tanto, apela para a conhecida propensão doentia de muitos evangélicos de produzir teorias conspiratórias.

Que injustiça contigo, Silas Malafaia!  Idi Amin Dada, Imelda Marcos, Pinochet e o barão das drogas Pablo Escobar também foram listados pela Forbes e discordaram dos critérios da revista. Gente perseguida, como você, por conta da bondade e desprendimento. Eu te aconselho a pedir o seu passaporte diplomático e se refugiar na Suiça... 

AS DESCULPAS ESFARRAPADAS DE SILAS MALAFAIA

O pastor diz que nunca negou informação a nenhum veículo de mídia, que todo o seu patrimônio foi constituído de forma legal e que há 25 anos não recebe salário pelo seu trabalho como pastor.

"Se juntarmos a receita da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que não é minha, mais a receita da Associação Vitória em Cristo, que não é minha, com mais o faturamento da Editora Central Gospel, que é minha propriedade, mais as ofertas voluntárias que recebo por palestras dadas, não dá a metade do que eles anunciaram como receita pessoal minha. É só para vocês verem a safadeza e a cachorrada desses inescrupulosos", diz um trecho da carta.

Por fim, Malafaia diz que todo o seu patrimônio foi declarado à Receita Federal e que entrará com processo contra a Forbes para provar a mentira.

Queremos ver esta façanha!

Segundo a Forbes, os dados mostrados na reportagem foram apurados a partir de informações públicas divulgadas em matérias de veículos de imprensa, incluindo dados originalmente divulgados pelo Ministério Público e a  Polícia Federal.

A FORTUNA E AS MARACUTAIAS DE MALAFAIA

O aviao de US$ 12 milhões ficou fora da conta de Malafaia

O Sr. Silas Malafaia pensa que todo mundo é tão estúpido quanto os incautos que colaboram com as suas campanhas. Suas observações são completamente estapafúrdias.

Passando ao largo da súbita crise de humildade de Silas Malafaia ao avaliar seus humildes imóveis, vale a pena lembrar alguns fatos importantes, os quais, certamente, não escaparam da análise dos jornalistas da Forbes:

- A Associação Vitória em Cristo é o destino de todas as doações e “sementes” dos contribuintes do ministério do Silas Malafaia. O telepastor afirma que a associação não lhe pertence. Sob o aspecto formal, o patrimônio da AVEC pode até não ser de sua propriedade pessoal declarada. A AVEC é uma entidade “sem fins lucrativos”. Estas associações são criações visando benefícios fiscais permitidos pela lei e são o formato legal de muitos “ministérios”. O que todo mundo sabe, exceto o néscio, é que, obviamente, o controlador do patrimônio e o beneficiário principal de tais associações não são outros se não os “donos” dos respectivos ministérios associados.


A AVEC é proprietária do avião de 12 milhões de dólares que o Malafaia usa. O avião é da associação, mas quem voa e se aproveita do alto luxo da aeronave é o Silas. Aliás, todo o patrimônio da tal associação serve tão somente ao Silas Malafaia e a sua família. Aí inclusos carros de luxo, imóveis, carretas, utilitários, retiradas vultosas e muito mais! A quem a Revista Forbes atribuiria este patrimônio? Ao Sunda? Ao Mário? Creio que não!

- A Central Gospel, todos sabem, é uma das principais editoras do país. O dono é o Malafaia. O pastor esqueceu de dizer isto a Mônica Bergamo da Folha de São Paulo, quando estimou o seu patrimônio pessoal em pouco mais de 6 milhões de reais. Contudo, em diversos outros momentos quando o contexto era outro, Malafaia fez questão de informar que é o maior vendedor de DVDs e livros evangélicos do Brasil. Lançou aos quatro ventos  os números de suas vendas impressionantes. Não é preciso muito esforço para estimar o valor desta empresa.


Sede do complexo de Malafaia ANTES das melhorias (2006)

Outro dia mesmo, o pastor em um ato de pura vaidade informou vender mais de 1 milhão de DVDs por ano, por isto dispensava o salário de pastor. A Central Gospel vende centenas de títulos. Os DVDs do Malafaia são apenas um dos milhares de produtos do seu catálogo. Se o Malafaia não exagerou nos números, só os seus DVDs (vendidos em média por R$ 20, cada) representam vendas anuais de R$ 20 milhões! Todo sabem que os DVDs do Malafaia são cultos e palestras (mal e porcamente gravados). Nada que dependa de grande produção. Estamos falando de um negócio com uma margem de, no mínimo, R$ 15 milhões ao ano! E este é só um item! Quanto vale uma empresa destas? Com suas muitas lojas, parque industrial ocupando quarteirão na zona leste do Rio de janeiro e a receita espetacular garantindo valor significativo para a empresa?


Contratos milionários. O dono é Gizuz!

Não precisa muita conta não. Vale uma fortuna! Ainda mais agora que temos a gravadora Central Gospel. Malafaia entrou no mercado fonográfico de forma contundente e contratou artistas de peso, como por exemplo: Eyshila, Perla, etc.


Voltemos  à Associação Vitória em Cristo. Malafaia frequentemente divulga seus gastos com a compra de horários de TV, realização de eventos, cruzadas e tal... A conta não fecha! A AVEC é uma máquina de fazer dinheiro e a sua comunicação com o patrimônio pessoal do Malafaia é tão evidente quanto a comunicação da TV Record (patrimônio de Edir Macedo) com a receita da Igreja Universal. No primeiro caso, a compra de espaço a preços inflados garante que o dinheiro dos dízimos escorra para os bolsos de Macedo. No caso de Malafaia, além do uso pessoal do patrimônio da sua associação de estimação (e hereditária, ou alguém imagina que quando o Malafaia morrer o avião será doado aos pobres, risos!), a AVEC compra os espaços na TV para o uso do Malafaia.

E o que o Malafaia faz com seus espaços na TV? Esculacha seus adversários e críticos, apresenta suas heresias e suas campanhas infames e... Vende livros, CDs, bíblias ungidas e DVDs! De quem? Da Central Gospel! A sua editora. Ou seja, a associação com benefícios fiscais financia as propagandas do negócio do Malafaia. As ofertas bancam os anúncios na TV da Central Gospel. Está tudo conectado!

Tá certo Malafaia. Aqui só tem idiota! O único esperto é você!


Opiniões abalizadas. Só que não.

Como se o constrangimento pesando sobre a  comunidade evangélica já não fosse o suficiente, fatos paralelos são somados ao descalabro geral. Levantam-se vozes dissonantes que, ao invés de admoestar os líderes milionários e pontuar o desagravo da sociedade se colocam na posição de defesa dos evangélicos, como se tais críticas feitas aos estelionatários da fé fossem, de alguma forma, dirigidas aos de boa-fé. Já outros, igualmente prejudiciais, se colocam na posição de oferecer justificativas para o descalabro dos seus líderes, desacreditar os números divulgados ou desviar o foco da questão e, ainda, dando fundamento de defesa aos pastores milionários.

E quando o autor do petardo é alguém que deveria ter mais preparo do que a média? Alguém de quem se esperava vigorosa defesa da ética?


Opiniões aleatórias.
Em um conhecido portal cristão (AQUI) encontramos a seguinte declaração de Uziel Santana Dos Santos, presidente da recém criada ANAJURE –Associação Brasileira dos Juristas Evangélicos- levantando suspeita de ilegalidade na realização do levantamento da Forbes: 
“Independentemente do mérito da questão, é grave o fato de que possivelmente houve violação de dados protegidos por sigilo bancário e fiscal. Isso é tão violento, quanto fazer mercancia da fé, enganando os que têm menor discernimento da realidade. Certamente, dois abusos a serem coibidos, inclusive penalmente. Certamente, dois ilícitos que mitigam princípios basilares do Estado Democrático de Direito. Com a palavra, a Polícia Federal e o Ministério Público”.

Que temeridade! Como o presidente de uma associação de juristas que pretende representar os evangélicos oferece um parecer sobre um assunto que pouco conhece e ainda cometendo a imprudência de afirmar que o principal periódico de economia e negócios do mundo pode ter cometido crimes durante a produção da referida matéria? O ilustre jurista deu um parecer em um veículo de imprensa  sobre um tema de repercussão internacional de "orelhada"? Agora, imagine, meu caro leitor, a impressão que fica no exterior acerca dos evangélicos brasileiros com a inclusão de mais  este detalhe na pilha de nossas vergonhas! 

Uziel Santana opina sobre o que desconhece e diz suspeitar que a revista Forbes pode ter se valido de informações protegidas por sigilo bancário ou fiscal. Meu Deus! Será possível que o presidente da ANAJURE não se dá ao menos ao trabalho de ler a matéria original em inglês antes de produzir uma declaração tão maliciosa? Eu até entendo que o ilustre jurista desconheça a tradição da revista Forbes na produção de listas de estimativas patrimoniais, mas dai a emitir opinião sem se inteirar dos fatos é lamentável!

A Forbes foi fundada em 1917. Está presente em dezenas de países e é a revista de negócios mais respeitada do mundo. Suas listas são famosas e os critérios para a sua elaboração são amplamente respeitados. A metodologia adotada varia segundo o perfil da lista, mas é sempre sólida e sujeita a checagens múltiplas. As fontes são sempre públicas e confiáveis e as avaliações seguem critérios conhecidos e adotados pelos mercados de arte, valores e imobiliário.

No caso da lista dos pastores, a revista deixou claro que se trata de uma estimativa baseada em informações públicas divulgadas pela imprensa ou pelo Ministério Público e Polícia Federal. Pode se reclamar da acuidade desta avaliação preliminar baseada em fontes secundárias, em comparação com os critérios mais estritos das listas tradicionais da revista, mas não tem qualquer cabimento desviar a discussão para uma eventual quebra de sigilo bancário e fiscal. Em todos os casos, as informações para a elaboração das listas são fontes primárias e secundárias de domínio público. Isto é um fato conhecido pelo mercado e que não poderia escapar a alguém que se apresenta como presidente de uma associação de juristas.

Relativamente aos dados do Ministério Público e Polícia Federal, a Forbes é franca ao afirmar que se está a tratar de fontes secundárias e/ou documentos divulgados na imprensa originados de informações apuradas nestes órgãos. Acreditamos que o exemplo a seguir ilustra bem a hipótese: Todos sabem que o casal Hernandes respondeu a processo no MP. Na ocasião, dados relativos ao seu patrimônio foram amplamente divulgados, sendo a origem dos mesmos, o MP de São Paulo. Informação de domínio público e dentro dos critérios da revista. Simples assim.

A criação da ANAJURE gerou expectativas positivas. Há questões da mais alta importância na pauta legislativa federal e estadual e a possibilidade de se poder contar com uma associação capaz de produzir pareceres jurídicos sobre temas afetando a agenda institucional da igreja seria muito bem-vinda. O mesmo vale para as questões locais da administração das comunidades que têm demandado a atenção dos pastores e, neste aspecto, um serviço de orientação jurídica encontraria muita utilidade e apreciação.

Contudo, a ANAJURE, até o momento não apresentou nenhum projeto na direção da prestação de um serviço útil a igreja, já o seu presidente, tem se valido de sua assessoria de imprensa para emitir opiniões aleatórias sobre assuntos diversos, sempre sob o manto institucional da associação. Ou seja, o meio evangélico ganhou mais um palpiteiro “ungido”. Fica a nítida impressão que a ANAJURE é mais uma daquelas associações criadas por compadres, que não representam ninguém, visando dar peso institucional a um projeto político ou profissional de ilustres desconhecidos.


Com informações de Exame/Época Negócios/Folha/Forbes




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Pastor da Assembléia de Deus filmado em motel com fiel no maior desfrute


Pastor da Assembléia de Deus filmado em motel com fiel no maior desfrute

As cenas picantes aconteceram em um motel da cidade.

Um vídeo se espalhou rapidamente em celulares e computadores da cidade de Canindé de São Francisco/SE, gerando repercussão em todo o Estado e na internet. As imagens filmadas em um motel da cidade mostram cenas picantes entre o pastor da Igreja Assembléia de Deus do povoado Capim Grosso, Manoel Macambira de Brito, conhecido como Dedé, e uma fiel de 35 anos, cujo nome foi preservado.

O vídeo foi gravado em 15 minutos pelo próprio religioso que registrou o momento íntimo entre ele e a fiel. Após o vazamento, o pastor foi imediatamente excluído da congregação, perdeu suas credenciais e foi impedido de exercer o cargo.

Consta no histórico do pastor que na década de 90, ele havia sido preso por tráfico de drogas em uma cidade de Alagoas. Após ter ganhado a liberdade, ele teria resolvido ingressar na Igreja Evangélica onde mais tarde foi promovido a pastor.

Populares da comunidade informaram ao Portal Minuto Sertão que a mulher era casada e tinha quatro filhos. Até o momento a Igreja não se pronunciou sobre o caso.

O vídeo da performance sexual do pastor visto pela congregação está AQUI.



Minuto Sertão - via Notícias Cristãs



GENIZAH COMENTA



É bom tornar publico este tipo de comportamento tão corriqueiro. Para isto, a internet vêm prestando grande serviço em prol do fim do império dos hipócritas escondidos na capa do ungido e do silêncio do falso piedoso.

Serve de aviso para quem gosta de idolatrar santo vivo. 

Ou pior ainda, para os idólatras dos usos e costumes, das regras e regrinhas da santidade falsa, da piedade das aparências, tão comum nas igrejas de TODAS AS DENOMINAÇÕES. 

A Palavra nos adverte sobre isto, mas fazemos questão de escolher as passagens bíblicas que mais nos convém, contudo, Aquele que governa não deixa nada escondido e alerta:



Já que vocês morreram com Cristo para os princípios elementares deste mundo, por que é que vocês, então, como se ainda pertencessem a ele, se submetem a regras:"Não manuseie! " "Não prove! " "Não toque! "?Todas essas coisas estão destinadas a perecer pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos humanos.Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne.Colossenses 2:20-23



Então, enquanto alguns se submetem às regras humanas acerca do que vestir, fazer, comer ou beber, os legisladores da causa dos bons costumes, apenas para os outros, pegam as meninhas da igreja nos motéis e no gabinete pastoral enquanto o néscio fica se perguntando se crente em Deus pode comer churros?  Chapéu de otário é marreta!

Vamos viver uma santidade digna? Voltada para a necessidade do outro? Para além das aparências e da fofoca de banco de igreja?


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A Igreja Evangélica é legitimadora da corrupção


A Igreja Evangélica é legitimadora da corrupção



Henrique Moraes Ziller




A afirmação que se faz no título desse artigo fundamenta-se em cinco percepções acerca da presença da Igreja Evangélica na nação brasileira, relativamente a sua atuação.

Em primeiro lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque não a denuncia. Não concebe que deva encarnar a função profética, relega ao segundo plano as questões sócio-políticas, e não se manifesta sobre aquela que é a maior manifestação do mal nas terras brasileiras: a corrupção. Não há denúncia.

Em segundo lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque sua ação social substitui a ação do Estado, não denuncia a situação e não exige que o Poder Público desempenhe suas obrigações. Se por um breve momento a Igreja Evangélica Brasileira deixasse de realizar suas ações de assistência social, o País se tornaria um caos, imediatamente. A distribuição da renda, consubstanciada na distribuição de cestas básicas e demais ações similares, a recuperação e inserção social, consubstanciadas nos trabalhos das inúmeras casas de recuperação, a promoção do ensino, por intermédio de milhares de escolas confessionais, o cuidado com a criança, realizado por creches e pela própria Escola Dominical, tudo isso, são funções do Estado negligente que não as realiza. Na medida em que a Igreja Evangélica faz tudo isso – e jamais deve deixar de fazer – sem a devida e obrigatória participação do Estado, e não denuncia a gravidade do fato, está sendo cúmplice de governantes e parlamentares criminosos, que utilizam em benefício próprio os recursos que deveriam ser destinados a essas atividades.

Em terceiro lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque se associa ao Poder Público sem a crítica adequada. Seus líderes sobem nos palanques políticos, impõem as mãos sobre as cabeças de gente cujo pensamento está voltado apenas para seus próprios interesses e para o crime, dá e recebe condecorações de e para gente sem a menor credencial ética para isso, cede os púlpitos a bandidos, enfim, associa-se a gente que deveria estar presa, mas que usufrui da liberdade que o seu poder lhes permite adquirir. Aqueles que deveriam ser alvo de denúncia e profetismo por parte da Igreja são seus grandes amigos e aliados.

Em quarto lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque não desenvolve ações consistentes de combate à corrupção. E nem poderia ser diferente, visto que ela nem mesmo a denuncia. Enfrentar esse mal é obrigação, mas nada faz a respeito.

Em quinto lugar, a Igreja Evangélica Brasileira é legitimadora da corrupção porque a pratica desavergonhadamente.

À denúncia acima pronunciada segue-se, necessariamente, a proposta de ação.
1. Para denunciar a corrupção nos púlpitos, e perante a nação, obrigação inadiável da Igreja Evangélica Brasileira, é necessário colocar ordem dentro de casa: transparência das contas. Igrejas precisam publicar seus balancetes e prestar contas do que fazem com os dinheiros de seus membros, se quiserem ter credibilidade e autoridade para profetizar contra o mau uso dos recursos pelo Poder Público. Os líderes de igreja não podem submeter-se apenas à prestação de contas – inevitável e certa – diante de Deus. Precisam entender o momento em que o País se encontra e dar o exemplo. Transparência, eis a exigência.

2. A Igreja não pode deixar de fazer ação social,
 mas tem que cobrar a ação do Governo, o emprego das verbas públicas nos programas sociais e as ações que promovam a distribuição de renda. Precisa-se, antes de mais nada, de informações acerca de todo o esforço que a Igreja Evangélica Brasileira está fazendo para amenizar a situação de dificuldade em que vive grande parte da nação. O Governo tem que conhecer a enorme dimensão dessas ações, e seu alcance. Trabalho que dá credibilidade para cobrar do Governo que faça a sua parte, em particular impedindo que o dinheiro público seja desviado para atender a interesses privados. A Igreja não pode substituir a ação do Estado, como ocorre hoje; esse esforço tem que ser complementar. O Estado tem a obrigação de zelar por seus cidadãos, a Igreja, de amar o próximo. O trabalho da Igreja não exime o Estado de sua responsabilidade. No entanto, a última coisa que se deve pleitear é a parceria na qual as igrejas recebam mais verbas públicas para a realização de ações de cunho social. Há generosidade e recursos suficientes para contribuir com as obras das Igrejas. Não se rejeitam parcerias com o Poder Público, mas elas só podem se estabelecer fundamentadas em sólidos sistemas de controle e transparência. Em parceria com o Poder Público, a Igreja tem demonstrado que é engolida pelo mesmo mal que assola a Nação.

3. Não há outra possibilidade, nesse momento, senão o rompimento radical com as práticas que a Igreja Evangélica Brasileira tem adotado em relação aos seus representantes no Poder Executivo e no Poder Legislativo. Se eles querem ir às igrejas, ou se mesmo já são membros, que se assentem nos bancos e ouçam, em silêncio. Se quiserem conversar com esse povo sobre política, que se marquem reuniões específicas para isso, e que nunca se tratem tais assuntos em cultos. Não se pode mais chamá-los aos púlpitos e impor sobre eles as mãos, manipulando a compreensão dos membros. Se querem oração que recebam-na nos gabinetes, pois o Deus que ouve em secreto em secreto os responderá. Pastores não devem receber condecorações das mãos de criminosos travestidos de prefeitos e parlamentares, há que se ter o mínimo de decência e discernimento.

4. A Igreja precisa adentrar o espaço público aberto a ela e a toda a comunidade. Participar dos Conselhos Municipais de Políticas Públicas criados por lei para exercer o controle das ações públicas em áreas como a educação, a saúde e a assistência social, entre outras. Pastores devem incentivar seus membros a participar, promover treinamento para eles, e facilitar-lhes o acesso a estas instâncias de participação política. Fazendo isso, a Igreja estará garantindo a merenda escolar para seus próprios filhos – e demais crianças de suas cidades, o salário adequado para os professores, os recursos para as entidades de assistência social, os programas de enfrentamento de moléstias, o dinheiro para a farmácia básica, entre tantas outras possibilidades. A legislação brasileira tem criado esses conselhos, dos quais devem fazer parte representantes da sociedade civil organizada. Espaço absolutamente adequado para a ação consistente da entidade que mais faz ação social nesse País, a Igreja Evangélica Brasileira.

5. Quanto à participação na corrupção desenfreada nesse País, já conhecida há tanto tempo, e vergonhosamente evidenciada, por exemplo, na CPMI dos Sanguessugas, é necessário, em arrependimento e quebrantamento, pedir perdão. Pedir perdão a Deus e à Nação, pois esperava-se muito mais da Igreja Evangélica Brasileira.

Sobre ela pesa duro juízo, por suas ações, por sua acomodação, por sua omissão cúmplice. Pois, ao invés de destruir as obras do diabo, tornou-se partícipe delas.




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Enviado por e-mail para divulgação no GenizahHenrique Moraes Ziller é membro da Igreja Metodista da Asa Sul, em Brasília – DF, é Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União e Presidente do Instituto de Fiscalização e Controle http://www.adoteummunicipio.org.br/.


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